sexta-feira, 5 de junho de 2015

Alvo de investigação, Warner volta a negar suborno e critica Estados Unidos

Ex-presidente da Concacaf volta a se defender de acusações e diz que
encontro com executivo de futebol do Catar era ''compatível com prática da Fifa''

Por 
Rio de Janeiro
 Jack Warner voltou a se defender. O ex-vice presidente da Fifa disse novamente que não recebeu qualquer suborno ou roubou a tesouraria de seu país, Trinidad e Tobago. Em um encontro com partidários de seu grupo político, o Partido Liberal Independente, ele reiterou que esteve na entidade máxima do futebol por 30 anos e conhece todos os seregos.

- A África do Sul não me deu US$ 10 milhões de suborno, Blatter não me deu qualquer suborno - disse, de acordo com a edição digital do ''Daily Express'', de Trinidad e Tobago.

Os comentários foram feitos poucas horas depois de sua foto aparecer na lista de procurados da Interpol. A investigação que o incrimina está sendo feita pelos Estados Unidos. 

A ''defesa'' de Warner também ocorre depois que o depoimento de Chuck Blazer, ex-executivo da Fifa, foi tornado público. O documento diz que tanto ele quanto outros membros do comitê da entidade foram subornados em troca de votos para a a candidatura da África do Sul como sede da Copa de 2010. 
Jack Warner, ex-presidente da Concacaf Fifa (Foto: Reuters)Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, segue se defendendo (Foto: Reuters)
Além disso, Warner disse que, quando Mohamed bin Hammam, executivo do futebol do Catar banido da Fifa em razão de outro escândalo de corrupção, visitou Trinidad em 2011, não fez nada incompatível com os negócios da Fifa.
- Tudo o que ele fez ou deixou de fazer não era incompatível com a prática da Fifa há mais de 100 anos – disse o trinitino.
Ex-candidato ao cargo de presidente da Fifa em 20111, Hamman revelou na época que deu US$ 360 mil a Jack Warner, então vice-presidente da Fifa, para pagar viagem e hospedagem das delegações que participariam de uma conferência da União Caribenha de Futebol, realizada nos últimos dias 10 e 11 de maio, em Porto de Espanha. Em troca, ganharia o apoio de Warner para vencer o pleito.
Warner ainda completou dizendo que a visita de Bin Hammam não foi muito diferente da que David Beckham fez ao país caribenho na ocasião, para oferecer clínicas de futebol para crianças. O dirigente trinitino disse ver preconceito na investigação por se tratar de um muçulmano almejando à presidência da Fifa.
- A candidatura muçulmana fez os EUA a perder o lance, já que eles veem os muçulmanos em menor importância... Só que o mundo árabe pode pagar tanto dinheiro pelos direitos da Fifa do que qualquer outro lugar.
fonte: globo