Luiz Fernando, que jogou em Campinas de 1999 a 2001, lidera a lista de credores, mas não guarda mágoas pela demora: "Que o clube seja grande como sempre foi"
A história de Luiz Fernando no Guarani durou só três temporadas (de 1999 a 2001), mas, mesmo longe há 14 anos, o ex-jogador faz parte dos problemas mais sérios do clube. Com pouco mais de R$ 11 milhões a receber do Bugre, por conta de salários atrasados, ele aguarda a anulação do leilão do Estádio Brinco de Ouro para receber o que lhe é de direito. Mesmo com a demora, não guarda mágoas da equipe.
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– A gente torce para o Guarani, meus filhos se criaram aqui quando eu joguei no clube, mas tenho que cobrar o que é meu de direito. Torço para as pessoas que estão precisando receber e para todo mundo sair feliz. Um dia teria que pagar a dívida – afirmou o ex-meia, hoje com 43 anos, que defendeu, além do Bugre, as camisas de Internacional, Real Madrid, Cruzeiro, Ponte Preta, Goiás, Santo André e Brasiliense.
A ansiedade em receber é tão grande que Luiz Fernando acompanha o leilão bem de perto. Na audiência desta quarta-feira, o ex-jogador foi um dos poucos credores a comparecer à sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e ouvir as propostas apresentadas pelo Grupo Zaffari e a empresa MMG, propriedade de Roberto Graziano. A juíza Ana Cláudia Torres Vianna divulgará se anula o leilão ou mantém o resultado da hasta pública no dia 19 de junho.
Luiz Fernando comparece à audiência de conciliação entre credores, Guarani e possível parceiro (Foto: Murilo Borges)
Para Luiz Fernando e todos os demais credores, é mais interessante que o leilão seja anulado, uma vez que a proposta de Roberto Graziano permite pagamento à vista imediatamente após a permissão da Justiça do Trabalho. Enquanto isso, o Grupo Zaffari ofereceu quitar a dívida em seis parcelas. O ex-jogador não esconde a preferência e sonha por um fim ainda este ano.
– A sensação é a melhor possível. A gente trabalhou, tem família e precisa receber. Espero que a juíza dê o acerto final e fique bom para todo mundo. Independente disso, quero ver o sucesso do Guarani. Que o clube seja grande como sempre foi.
Luiz Fernando lidera a lista de credores do Guarani, com R$ 11.255.602,78 a receber (valores atualizados). A relação das dez maiores dívidas tem também o técnico Toninho Cerezo (R$ 3.466.413,90), o volante Marcos Paulo (R$ 2.611.364,07), o zagueiro Ernani (R$ 2.361.503,81), o lateral-esquerdo Gustavo Nery (R$ 2.159.302,61), o meia Tucho (R$ 1.828.333,95), o atacante Viola (R$ 1.654.790,57), o meia Ênio (R$ 1.243.091,38), o lateral-direito Luis Gustavo (R$ 1.227.006,49) e o funcionário José Carlos da Silva (R$ 1.214.452,92).
fonte: globo