O fundo de investimento Doyen foi à Justiça contra o Santos para garantir o recebimento do valor que afirma ter direito sobre a venda do atacante Geuvânio ao Tianjin Quanjian, da China. A empresa defende que o pagamento é essencial para cumprir parte da dívida do clube de R$ 81 milhões com os investidores, que incluem na conta a compra de Leandro Damião, hoje sem vínculo com a equipe da Vila Belmiro.
A Doyen era dona de uma fatia de 35% dos direitos econômicos de Geuvânio, vendido aos chineses por 11 milhões de euros (cerca de 17 milhões). O Santos, porém, contesta a forma como o negócio foi feito com o grupo, no final de 2014, pela administração anterior, e não pretende repassar os R$ 17 mihões da empresa.
Os investidores pedem que o valor seja depositado em juízo. Argumentam que o Santos vive um “caos financeiro” e que o repasse de parte do dinheiro pago pelo clube asiático é a “única esperança da Doyen de não tomar um calote completo”.
Na ação, ajuizada na 39ª Vara Cível de São Paulo, o fundo lista uma série de situações recentes vividas Santos, como penhoras, dívidas e decisões judiciais contrárias ao clube.
Há um pedido para que o processo tramite em segredo de justiça, que ainda não foi analisado.
A maior parte da dívida cobrada pela Doyen é referente à compra de Leandro Damião em 2013, por 13 milhões de euros, do Internacional. O contrato, porém, aponta que os investidores tinham direito a uma remuneração mínima de 18 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões) se o atleta ficasse sem vínculo com o Santos – o jogador conseguiu rescindir seu acordo na Justiça do Trabalho após atrasos nos pagamentos.
O fundo diz ter notificado a diretoria do Santos, que não respondeu. Agora, promete ajuizar nova ação para cobrar a dívida referente à compra dos direitos de Damião.
fonte: globo