quinta-feira, 28 de março de 2013

Confira a escala de árbitros para a primeira rodada da Copa Primo Fernandes 2013


Confira a arbitragem para a primeira rodada da Copa Primo Fernandes 2013.

Sábado, 30 de março:

Grupo A



Santo Antonio x Amigos em Pau dos Ferros - Apita Trio de José da Penha - Adjailton

Grupo B:

Brejo dos Santos x São Bernardo em Brejo dos Santos PB - Apita Trio de Marcelino Vieira - Joaquin

Grupo C:

São Vicente x Beira Rio em Marcelino Vieira - Apita Trio de Pau dos - Gilvan 

Grupo D:

Paraná x 09 de Maio na Vila Caiçara - Apita Trio de Major Sales - Michel

Grupo E:

Palmeiras x 17 de Junho em Major Sales - Apita Trio de Riacho de Santana - Luciano

Grupo F:

Bom Sucesso x Motirão em Bom Sucesso - Apita Trio de José da Penha - Adalberto

Grupo G:

Nazaré de Cel João Pessoa x Adese de Dr Severiano - Apita Trio de Uiraúna - Paulo
No domingo 31, teremos:

Grupo A

América de Serrinha dos Pintos x Pilões em Serrinha dos Pintos - Apita Trio de Pau dos Ferros - Gilvan

Grupo B:

Bezerrão x Carapuça em Major Sales - Apita Trio de José da Penha - Joarly

Grupo C:

Real Madrid x Rafaelense em Tenente Ananias - Apita Trio de Uiraúna - Paulo

Grupo D:

São Judas Tadeu x Uiraúna em Pau dos Ferros - Apita Trio de José da Penha - Adalberto

Grupo E:

Poço de Pedra x Venha Ver em Riacho de Santana - Apita Trio de Marcelino Vieira - Joaquim

Grupo F:

América do Oeste x São José em São Francisco do Oeste - Apita Trio de Riacho de Santana - Luciano

Grupo G:

Caiçara x Barriguda na Vila Caiçara - Apita Trio de José da Penha - Adjailton

Apesar da vitória, treinador do América-RN reclama da pontaria


Para Roberto Fernandes, alvirrubro precisa 'quebrar tabu da temporada de não marcarmos mais de dois gols' e poderia ter ampliado a vantagem

Por GLOBOESPORTE.COM
Caicó, RN
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O América-RN saiu com a vitória no "primeiro tempo" da final do Campeonato Potiguar contra o Corintians-RN, que aconteceu no Estádio Marizão, em Caicó. Com dois gols de Cascata, o time alvirrubro joga neste domingo, em Goianinha, com a vantagem de empatar ou até perder por dois gols que mesmo assim levanta a taça da Copa Rio Grande do Norte.
Apesar do triunfo, quem esperava um discurso tranquilo do técnico Roberto Fernandes se enganou. O treinador não gostou nada das diversas chances perdidas pelos seus jogadores, que poderiam ter marcado mais gols e ampliado ainda mais a vantagem. Mesmo assim, Fernandes explicou que terá três dias para descansar o seu grupo para jogar novamente contra o Galo do Seridó.
Cascata e Roberto Fernandes comemoram gol do América-RN (Foto: Ilmo Medeiros Gomes)Cascata e Roberto Fernandes comemoram gol do América-RN (Foto: Ilmo Medeiros Gomes)
- Nós precisamos quebrar esse tabu da temporada de não marcarmos mais de dois gols. Foi impressionante o número de chances perdidas nesse jogo. Eu tenho certeza que no vestiário deles (Corintians) o discurso é de que ainda não está nada definido e o meu discurso também é esse. Não está nada definido, mas vamos continuar trabalhando, cobrando, exigindo, para que melhoremos nesse ponto - reclamou o treinador americano.
Desde que Roberto Fernandes retornou ao comando do América, o time acumula uma campanha sem derrotas. São sete partidas, sendo seis vitórias e um empate. Para o próximo jogo, o técnico rubro terá poucos dias para arrumar o grupo para o confronto decisivo em Goianinha. No entanto, RF conta que não tem condições de realizar treinos táticos, mas pretende apenas promover atividades com os jogadores de meio-campo e ataque, para aprimorar a pontaria.
- Infelizmente, não tem jeito de fazer treinos mais intensivos. Você joga na quarta e domingo, quarta e domingo... Não temos como realizar um trabalho aprofundado. Por isso, você precisa se ater ao poder ofensivo dos jogadores e muitas vezes isso não acontece - lamentou Roberto.
O jogo decisivo da final do primeiro turno do Campeonato Potiguar será neste domingo, às 17h, no Estádio Nazarenão, em Goianinha. O GLOBOESPORTE.COM fará a transmissão, em tempo real.

Convocação para amistoso diante da Bolívia é adiada para 2 de abril


Evento estava programado para esta quinta-feira. Seleção enfrentará os bolivianos quatro dias depois na cidade de Santa Cruz de La Sierra

Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
218 comentários
luiz felipe scolari felipão brasil coletiva (Foto: Agência EFE)
Luiz Felipe Scolari terá que convocar atletas que
atuam no Brasil (Foto: Agência EFE)


A convocação da seleção brasileira para o jogo diante da Bolívia, antes prevista para essa quinta-feira, foi adiada para 2 de abril. A lista do técnico Luiz Felipe Scolari será anunciada quatro dias antes do confronto, às 17h, através do site oficial da CBF.
Desta vez, o treinador só poderá chamar atletas que atuam no Brasil. Mesmo assim, Felipão ainda quer ver alguns jogadores que atuam na Europa. A CBF está tentando conseguir a liberação dos atletas para que eles possam atuar diante dos bolivianos. A partida será a penúltima antes da convocação final para a Copa das Confederações, que acontecerá entre os dias 15 e 30 de junho, no Brasil.

A Seleção Brasileira enfrentará a Bolívia no dia 6 de abril, às 16 horas, em amistoso na cidade de Santa Cruz de La Sierra. A renda da partida será destinada à família do jovem Kevin Espada, que morreu no dia 21 de fevereiro. O menino de 14 anos foi atingido por um sinalizador disparado por um torcedor do Corinthians, em Oruro, durante a jogo do Timão com o San José, pela Libertadores.

FONTE: GLOBO

COM MUITO SOFRIMENTO, FLAMENGO VIRA SOBRE O BANGU E RESPIRA NA TAÇA RIO

Rodolfo entra no segundo tempo, muda a cara do time e, com um belo gol, abre o caminho para a virada. Equipe segue fora da zona de classificação

O Flamengo respira na Taça Rio. Com o alívio da primeira vitória de Jorginho no comando da equipe, mas sem uma atuação convincente e que agrade ao torcedor. Na noite desta quarta-feira, o Rubro-Negro até que finalizou muito (24 vezes), mas sofreu para virar o jogo sobre o Bangu. O placar de 2 a 1 ameniza o clima, a pressão e dá mais tranquilidade para os próximos desafios. E mais moral para Rodolfo, de 19 anos. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Carlos Eduardo e foi o responsável por dar nova cara ao time, que esteve modificado nesta quarta: não contou com Léo Moura e Ibson, teve Luiz Antonio improvisado na lateral direita, e Gabriel titular no setor de criação.
Rodolfo, com uma bomba na gaveta, fez seu primeiro gol no time principal rubro-negro. Desta vez, Hernane não estava junto para roubar a bola açucarada, como fez contra o Nova Iguaçu, na quinta rodada da Taça Guanabara. João Paulo, já no finzinho, também fez seu primeiro pelo Fla, em falta batida para a área que Ives desviou contra a própria meta. A arbitragem, porém, deu o gol para o lateral-esquerdo. Sérgio Júnior havia anotado o gol do Bangu, logo no início do jogo.
A renda somou R$ 23.630, para um público pagante de 1.222 pessoas (1.660 presentes). Com a vitória, o Flamengo chegou a quatro pontos no Grupo B da Taça Rio e aparece na terceira colocação. O Bangu é penúltimo, com dois.
- As coisas não estavam acontecendo. A equipe veio de derrota na semifinal, perdeu o primeiro jogo, jogou razoavelmente na minha estreia. Estávamos mandando no jogo, tomamos um gol bobo. E é típico do Flamengo a raça. Esse é o espírito. Mas teve qualidade, tivemos oportunidades. Só faltou a conclusão final, mas a coisa vai acontecer - avaliou o técnico Jorginho, logo após o jogo.
O Flamengo volta a campo neste domingo, como mandante, em Moça Bonita. O adversário será o Audax Rio às 16h (de Brasília). No mesmo dia e horário, o Bangu visita o Resende, no Estádio do Trabalhador.
Gol relâmpago, falha de Luiz Antonio e vaias
Rpdolfo gol Flamengo x Volta Redonda (Foto: Celso Pulpo / Ag. Estado)Rodolfo celebra o primeiro gol do Flamengo em Volta Redonda (Foto: Celso Pulpo / Ag. Estado)FONTE: GLOBO

Representante da diretoria na derrota do time em Mirassol, Omar Feitosa diz que saída é lugar comum: 'Não sei que tipo de choque pode provocar' Por GLOBOESPORTE.COM Mirassol, SP Representante da diretoria do Palmeiras em Mirassol, onde a equipe alviverde foi goleada por 6 a 2, na noite desta quarta-feira, o gerente de futebol Omar Feitosa não garantiu a permanência do técnico Gilson Kleina. Com as ausências do presidente Paulo Nobre, que estava na Europa como chefe de delegação da seleção brasileira nos amistosos contra Itália e Rússia, e do diretor executivo José Carlos Brunoro, que tinha outros compromissos profissionais, foi Omar o responsável por dar o parecer em relação ao treinador. Mesmo considerando a demissão uma situação drástica, Feitosa não escondeu que existe o risco de demissão após a derrota para o Mirassol. Ele espera o restante dos dirigentes para uma decisão, e Kleina, por sua vez, já garantu que não pedirá para sair. – A saída é lugar comum. Não sei que tipo de choque pode provocar. A curto prazo, estatisticamente, pode ser que traga algum resultado. Mas a médio e longo prazo, sabemos que não traz os melhores resultados. Essa avaliação tem de ser feita em conjunto entre todos que estão envolvidos no trabalho, inclusive a comissão – disse Omar Feitosa. saiba mais Veja como foi a derrota do Verdão Atuações: as notas dos palmeirenses Confira a tabela completa do Paulistão O Palmeiras sofreu o primeiro gol aos 40 segundos, quando o estreante zagueiro Marcos Vinícius fez contra . Aos 11, o Mirassol já vencia por 3 a 0. O Verdão ainda descontou para 3 a 2, mas o time do interior foi para o intervalo com uma vitória de 6 a 2. – O resultado não serve para avaliar o trabalho de nenhum treinador. Um jogo apenas não serve para avaliar o trabalho de ninguém – disse Omar, que já preocupa-se em relação à classificação para o mata-mata do estadual. – Precisamos manter a tranquilidade, e o torcedor tem de serguir confiando. Ainda estamos fortes nas duas competições (Paulistão e Libertadores). Podemos tirar um aprendizado. Podemos reverter a competição em cima de um jogo. O Verdão voltará a campo no sábado, contra o Linense, às 18h30m, no Pacaembu. Gilson Kleina, durante jogo do Palmeiras contra o Mirassol (Foto: José Luis Silva / Agência Estado)

Atacante faz os dois gols da partida, volta a sorrir e coloca o Tricolor nas quartas de final do estadual. Galo da Japi perde chance de encostar no G-8

Em um time com oito reservas, coube a um polêmico titular absoluto colocar o São Paulo nas quartas de final do estadual. A cara fechada dos dias anteriores deu lugar ao sorriso aberto dos artilheiros. Com ótimo aproveitamento nas últimas quatro partidas, Luis Fabiano fez os gols da vitória por 2 a 0 sobre o Paulista, em Jundiaí, e classificou o Tricolor com cinco rodadas de antecipação.
Se o rendimento na Libertadores ainda preocupa, a campanha são-paulina no Paulistão até o momento é incontestável. Em seus 14 jogos (tem um a menos que os adversários), o clube contabiliza nada menos que 11 vitórias e 35 pontos. A vantagem de 14 pontos para o Bragantino, atual nono colocado, o coloca como o primeiro clube a assegurar um lugar na fase seguinte do torneio que não vence desde 2005.
Luis Fabiano também usa o Paulistão como alento para o momento complicado na competição sul-americana. Depois de evitar comemorar os últimos gols e dizer que “coisinhas” estavam minando o ambiente no elenco, o Fabuloso voltou a festejar: chegou a 12 na temporada, cinco somente nas últimas quatro rodadas. No segundo anotado nesta noite, Rogério Ceni atravessou o gramado para abraçá-lo.
Ele aguarda agora o julgamento do recurso pedido pelo clube após a suspensão de quatro partidas imposta pela Conmebol por causa da expulsão contra o Arsenal, no Pacaembu. Domingo, o Tricolor faz o clássico contra o Corinthians, às 16h, no Morumbi. Na quinta, tem o importante duelo diante do Strongest, em La Paz. O Fabuloso é a grande dúvida.
Já o Paulista perdeu a chance de se aproximar da zona de classificação e segue ameaçado pelo rebaixamento. O clube permanece com 17 pontos, em 12º lugar, e pega o Bragantino, sábado, às 16h, em Bragança Paulista.
Luis Fabiano jogo São Paulo Paulista (Foto: Marcos Bezerra / Ag. Estado)Luis Fabiano tenta desarmar Casado, do Paulista (Foto: Marcos Bezerra / Ag. Estado)FONTE|: GLOBO

Gerente de futebol não garante a permanência de Kleina no Verdão


Representante da diretoria na derrota do time em Mirassol, Omar Feitosa diz que saída é lugar comum: 'Não sei que tipo de choque pode provocar'

Por GLOBOESPORTE.COM
Mirassol, SP
Representante da diretoria do Palmeiras em Mirassol, onde a equipe alviverde foi goleada por 6 a 2, na noite desta quarta-feira, o gerente de futebol Omar Feitosa não garantiu a permanência do técnico Gilson Kleina. Com as ausências do presidente Paulo Nobre, que estava na Europa como chefe de delegação da seleção brasileira nos amistosos contra Itália e Rússia, e do diretor executivo José Carlos Brunoro, que tinha outros compromissos profissionais, foi Omar o responsável por dar o parecer em relação ao treinador. Mesmo considerando a demissão uma situação drástica, Feitosa não escondeu que existe o risco de demissão após a derrota para o Mirassol. Ele espera o restante dos dirigentes para uma decisão, e Kleina, por sua vez, já garantu que não pedirá para sair.
– A saída é lugar comum. Não sei que tipo de choque pode provocar. A curto prazo, estatisticamente, pode ser que traga algum resultado. Mas a médio e longo prazo, sabemos que não traz os melhores resultados. Essa avaliação tem de ser feita em conjunto entre todos que estão envolvidos no trabalho, inclusive a comissão – disse Omar Feitosa.
O Palmeiras sofreu o primeiro gol aos 40 segundos, quando o estreante zagueiro Marcos Vinícius fez contra . Aos 11, o Mirassol já vencia por 3 a 0. O Verdão ainda descontou para 3 a 2, mas o time do interior foi para o intervalo com uma vitória de 6 a 2.
– O resultado não serve para avaliar o trabalho de nenhum treinador. Um jogo apenas não serve para avaliar o trabalho de ninguém – disse Omar, que já preocupa-se em relação à classificação para o mata-mata do estadual. – Precisamos manter a tranquilidade, e o torcedor tem de serguir confiando. Ainda estamos fortes nas duas competições (Paulistão e Libertadores). Podemos tirar um aprendizado. Podemos reverter a competição em cima de um jogo.
O Verdão voltará a campo no sábado, contra o Linense, às 18h30m, no Pacaembu.
Gilson Kleina jogo Palmeiras Mirassol derrota (Foto: José Luis Silva / Agência Estado)Gilson Kleina, durante jogo do Palmeiras contra o Mirassol (Foto: José Luis Silva / Agência Estado)FONTE: GLOBO

FLU VIRA SOBRE MACAÉ COM TRÊS GOLS DE MICHAEL; RHAYNER PERDE PÊNALTI

Atacante de 20 anos marca seus gols em intervalo de 21 minutos diante de 703 pagantes. Meia chega a jejum de 82 jogos e chora no vestiário

Tudo se encaminhava para que Michael, de 20 anos, fosse o único destaque da noite. Com três gols num intervalo de 21 minutos, virou o jogo sobre o Macaé (3 a 1) nesta quarta-feira, em São Januário, e fez o Fluminense assumir a liderança provisória do Grupo B da Taça Rio. Mas o jogo morno, com o menor público de um grande neste Carioca (703 pagantes), foi apimentado pelo drama folclórico de Rhayner.
Assim como já acontecera na vitória sobre o Volta Redonda, na Taça Guanabara, ele recebeu a bola dos companheiros e, mesmo sem treinar, foi escolhido para bater um pênalti. Desperdiçou a chance no segundo tempo, com um chute por cima do travessão, e ampliou sua sina de não marcar um gol há nada menos do que 82 partidas. Rhayner riu após a cobrança, mas provavelmente apenas pelo nervosismo: ao chegar ao vestiário, não evitou as lágrimas.
- Com a atuação que vinha tendo, pediu para cobrar, coisa que ele não treina. Virei para o banco e (pensei): vai ter reprise. Já vi: vai fechar o olho e bater, porque não treina. O torcedor pediu, está no direito, só que fez aumentar para os próximos jogos a responsabilidade. E eu não coloco nele, nem em ninguém. Estava chorando no vestiário. Em vez de estar feliz, saiu de uma maneira como se tivesse feito a pior partida da vida. Não precisava - afirmou o técnico Abel Braga.
O resultado deixa o Fluminense com sete pontos, um à frente do Resende, que enfrenta o Duque de Caxias nesta quinta-feira. O próximo duelo é com o Boavista, no sábado, em Moça Bonita. Já o Macaé, que soma três pontos, recebe o Duque de Caxias no domingo.
O Tricolor começou a partida com surpresas na escalação. Abel escalou Diego Cavalieri e Jean, que estavam com a seleção brasileira, e deixou no banco de reservas Deco e Samuel, substituído por Michael. 
Bruno e Michel jogo Fluminense x Macaé (Foto: Nelson Perez / Fluminense. F.C.)Michael comemora um de seus gols com Bruno (Foto: Nelson Perez / Fluminense. F.C.)FONTE: GLOBO

Projetista da cobertura do Engenhão diz: 'A pressa é inimiga da perfeição'


Responsável pela cobertura que causou a interdição do estádio, Flavio D'Alambert diz que local é seguro para eventos: 'Eu levaria minha família'

Por Raphael Zarko
Rio de Janeiro
Flavio D´Alambert engenheiro Engenhão. (Foto: Raphael Zarko)
Flavio D'Alambert é o responsável pela cobertura
do Engenhão. (Foto: Raphael Zarko)


O engenheiro Flavio D'Alambert, da empresa Projeto Alpha, é o responsável pela cobertura polêmica que apresentou problemas e provocou a interdição do Engenhão. Chamado para uma reunião na tarde desta quarta-feira na prefeitura do Rio, ele saiu do encontro, com representantes da RioUrbe e do consórcio responsável pela construção do estádio, com a mesma certeza que entrou: o Engenhão é um local seguro para jogos esportivos.
O GLOBOESPORTE.COM encontrou o engenheiro, que também é responsável pelos estádios de Brasília e de Cuiabá da Copa do Mundo de 2014, antes de ele embarcar de volta para São Paulo. Ele não despreza nem duvida do novo estudo realizado pela empresa alemã Schlaich Bergerman und Partner (SBP), que, aliás, também é responsável pela cobertura do Maracanã. Mas confia plenamente na obra entregue para o Pan- Americano de 2007. No entanto, faz uma ressalva a respeito do tempo de execução do projeto que desenvolveu, até então de tecnologia inédita no Brasil.
- A pressa é inimiga da perfeição. Apesar de terem sido tomados todos os cuidados necessários, o ideal era que houvesse um prazo maior para a construção do estádio. O consórcio, quando houve a troca (da Delta para a dupla OAS/Odebrecht), só tinha mais quatro ou cinco meses para entregar - comenta D'Alambert.
INFO ENGENHÃO (Foto: arte esporte)
Confira a entrevista com o engenheiro responsável pela cobertura do Engenhão.
GLOBOESPORTE.COM: Por que houve essa diferença de cálculo entre o que vocês, da Alpha, fizeram e o que foi detectado agora?
É bom frisar que respeito muito a empresa alemã, porém confio muito no cálculo que fizemos e também nos canadenses (empresa RWDI), que são um dos maiores especialistas no assunto em todo o mundo também. Se houvesse qualquer dúvida da minha parte sobre segurança do equipamento, eu jamais teria liberado a obra"
Flavio D'Alambert
Flavio D'Alambert: Nós montamos um modelo teórico. Na prática, fazemos um monitoramento para ver se chega próximo ao estudo do teórico. No caso do Engenhão, a prática ultrapassou de 20% a 30% ao teórico. Mais do que eu e o auditor (a empresa portuguesa Tal, contratada para auditar toda a obra) tínhamos previsto. Os alemães falaram em diferença de 50%, ou seja, 20% ou 30% a mais, porém preciso checar esses cálculos deles. É bom frisar que respeito muito a empresa alemã, porém confio muito no cálculo que fizemos e também nos canadenses (empresa RWDI), que são um dos maiores especialistas no assunto em todo o mundo também. Se houvesse qualquer dúvida da minha parte sobre segurança do equipamento, eu jamais teria liberado a obra.
Houve pressa para entregar a obra em tempo do início dos Jogos Pan-Americanos de 2007?
(Demora para responder) A pressa é inimiga da perfeição. Apesar de terem sido tomados todos os cuidados necessários, o ideal era que houvesse um prazo maior para a construção do estádio. O consórcio, quando houve a troca (da Delta para a dupla OAS/Odebrecht), só tinha mais quatro ou cinco meses para entregar.
Documento Engenhão (Foto: Reprodução)
Relatório entregue pela Alpha em agosto de 2007, dois meses após a inauguração, já mostrava oscilações,
consideradas estáveis, que requeriam apenas monitoramento, segundo D'Alambert (Foto: Reprodução)
Vocês observaram algum problema estrutural?
Não, isso não quer dizer que há problema estrutural. O que detecta isso (um problema de estrutura) são vibrações excessivas, deformações que não param. Ou seja, você mede hoje, bate um vento, se aquele ponto estudado está mais baixo, quer dizer que se movimentou. Mas os desníveis observados desde o início (de 20% a 30%) sempre foram estáveis. Isso sempre nos deixou bem tranquilos.
Na prática, qual é a diferença entre o modelo real e o que vocês esperavam?
Algo em torno de 15 a 20 centímetros. No meu cálculo, teria que deformar 70cm, no máximo. Na observação real, chegou a 88cm. Deu uns 18cm de diferença. Mas foi o que disse. A última medição foi feita em janeiro. E sempre permaneceu estável (a estrutura medida, no topo da cobertura). Se alguém mede hoje, depois faz outra medição amanhã, a estrutura pode ir um pouco para cima ou para baixo. O importante é que estabilize de novo. Isso sempre ocorreu.
O material utilizado no Engenhão foi o mais adequado?
Sim, foram os mais adequados possíveis. Foram materiais da Gerdau e da Cosip (Usiminas). Todos materiais brasileiros. Acompanhei a construção, toda semana eu vinha para o Rio. Quando terminou a obra, saí de cena e deixei um documento em que registrei isso tudo.
Foi feito algum reparo naquele momento?
Não, nada. No momento em que se deforma um pouco, não se consegue recuperar mais. Assume uma posição de equilíbrio, não volta mais.
Quando você soube desse novo estudo?
Eles avisaram que iam pedir um novo estudo. Isso faz mais de um ano, e o resultado definitivo foi na semana passada. Se houvesse qualquer dúvida da minha parte sobre segurança do equipamento, eu jamais teria liberado a obra. O que fizemos foi exatamente o que está sendo realizado no Castelão e no Mané Garrincha.
Havia necessidade de interdição?
Documento Engenhão túnel de vento (Foto: Reprodução)
Relatório reproduz a simulação realizada com o
estádio num túnel de vento (Foto: Reprodução)
Eu acredito nos meus cálculos e acredito no ensaio que foi feito no Canadá. Segundo esses cálculos, não precisaria ser feito nada, a não ser esse monitoramento que está sendo feito até hoje. Agora, nesse cálculo dos alemães, os níveis de segurança caem mesmo. Ele prevê outro carregamento, outro cenário. Não tenho como dizer qual está certo. Eu confio no cálculo que foi feito no Canadá. Os alemães confiam no deles. Diante do que ele recebeu, o prefeito deve tomar a posição adequada. Mas eu levaria a minha família tranquilamente para assistir a um jogo. No cálculo dos alemães, os níveis de segurança diminuem, mas não haveria colapso. Ou seja, a cobertura não corre risco de cair nem há risco para as pessoas. Não dá para dizer qual velocidade de vento provocaria isso, porque é tudo teórico. O ideal seria fazer medições no local.
O que deve ser feito, segundo a reunião de que você participou nesta quarta?
Eles não sabem ainda, mas devem fazer o que os alemães pedirem.
FONTE: GLOBO