Correndo o risco de perder o meio-campista Jorge Wagner na reta final do Campeonato Paulista e Libertadores da América, a defesa do São Paulo usou o exemplo do meia Rivaldo, durante a Copa do Mundo de 2002, para isentar o jogador de agressão ao chileno Valdívia, em jogada ocorrida durante o clássico contra o Palmeiras.
Durante a defesa, o advogado Roberto Armelim acusou Valdívia de simular uma contusão após sofrer uma joelhada de Jorge Wagner. Aos auditores do Tribunal de Justiça Desportiva, ele comparou a atitude do palmeirense com um lance na Copa de 2002, quando Rivaldo levou uma bolada na barriga na estréia contra a Turquia, e levou a mão ao rosto.
Contudo, Armelim avisou que a diretoria do São Paulo descartou qualquer tipo de denúncia a Valdívia no TJD, que prolongaria ainda mais a rivalidade entre as duas equipes. "O jogador poderia ser julgado por isso, mas não faz parte do perfil do clube", disse o advogado do time tricolor.
A joelhada em Valdívia rendeu a suspensão de um jogo ao são-paulino, exatamente na partida decisiva contra o Juventus, a última da primeira fase e que pode selar a classificação da equipe do Morumbi às semifinais da competição estadual.
Mesmo sendo punido com a pena mínima no artigo 255 (ato de hostilidade), Jorge Wagner se mostrou chateado e evitou o contato com a imprensa após a divulgação da pena. "Desculpa, mas amanhã (terça-feira) a gente conversa", disse o camisa sete, confirmando mais tarde que estava tenso com o julgamento.
Mesmo considerando que a pena de uma partida é normal, Armelim não gostou do resultado e gostaria de deixar o tribunal com a absolvição do jogador. "Foi dentro do esperado, mas não o que queríamos", afirmou o representante do bicampeão brasileiro.
Sobre a atitude de Jorge Wagner em evitar os jornalistas, Armelim justificou. "Ele está muito chateado. O jogador tinha uma boa reputação que acabou maculada por um fato como esse", finalizou o advogado do clube tricolor.
Fonte: Globo