Barrado poucas horas antes do jogo com uma contratura muscular, craque vê atuação pouco empolgante dos hermanos: 0 a 0 no Nuevo Estádio Nacional
Com contratura muscular, Messi viu a Argentina empatar sem gols com a Costa Rica (Foto: Reuters)
O Lionel Messi que veste a camisa da Argentina não é aquele do Barcelona por inúmeros fatores, entre eles o entrosamento. Mas quando uma seleção já entra em campo sem inúmeros titulares, a ausência de seu maior craque é ainda mais latente. Com os promissores Gaitán, Pastore e Sosa comandando o ataque após decisão interna, os hermanos não encantaram a torcida da Costa Rica, que esperava um show do astro do Barcelona no abarrotado Nuevo Estádio Nacional, na noite desta terça-feira, na capital San José. O resultado? Um 0 a 0 sem muita empolgação.
A seleção do técnico Sergio Batista volta a campo somente em junho, em amistoso contra a Nigéria, em Abuja. No sábado, a Argentina já havia empatado, mas com os Estados Unidos, por 1 a 1, em Nova Jersey.
A polêmica sobre a escalação de Messi surgiu na última semana, quando se cogitou poupar o jogador, que vem de uma temporada quase sem descansos. A confirmação do veio na tarde desta quarta, com o presidente da AFA, Julio Grondona, e o treinador Sergio Batista alegando uma contratura muscular para justificar a ausência do astro do Barcelona. Segundo o Marca, da Espanha, ele é dúvida até para o confronto diante do Villarreal, sábado, pelo Campeonato Espanhol.
BRASIL MUNDIAL FC: jogadores da Costa Rica fazem fila por autógrafo de Messi
A Costa Rica, é claro, chiou. Torcedores que lotaram o estádio pagaram até US$ 500 (R$ 825) para ver o melhor jogador do mundo de perto. Especulou-se que o contrato do amistoso exigia a presença de ao menos cinco titulares, entre eles Messi, que deveria jogar 30 minutos. Como não cumpriu, a AFA teria deixado de arrecadar US$ 500 mil (R$ 825 mil). Julio Grondona negou.
– Nem com Maradona existiria uma cláusula de recessão dessas – disse.
Sosa toca na saída de Navas, ainda no primeiro tempo: pequeno instante de criatividade argentina (EFE)
Criatividade em falta na Argentina
Em campo, a Argentina sentiu os “desfalques” forçados por Batista. Não conseguiu se impor diante de um adversário frágil e teve um volante como melhor opção ofensiva. Seja com passes para Sosa, aos 8, ou finalizações perigosas, como aos 40, Banega foi o nome dos hermanos no primeiro tempo.
Marcos Rojo e Heiner Mora disputam bola (Foto: AP) A Costa Rica, por sua vez, assustou com Ruiz, que obrigou Andújar a fazer boa defesa logo aos 19 minutos. O goleiro, que falhou no gol de empate dos Estados Unidos, no último sábado, quase se complicou aos 40, e contou com o desarme salvador de Garay, aos 32, evitando o chute de Saborío.
A seleção albiceleste mudou para a etapa final e melhorou. Foi dos pés do volante Bolatti, do Internacional, inclusive, que saiu a melhor oportunidade para os visitantes. Aos 37, após lançamento dele, Gaitán deixou para Pastore, que chutou de biquinho. Navas caiu para defender. O goleiro também foi fundamental em lance aos 17, quando Angeleri recebeu livre pela direita e chutou com força, no ângulo. Navas pôs para escanteio.
Quando viu que poderia até vencer o jogo, a Costa Rica saiu para o ataque e deixou o jogo aberto. Mas faltou à Argentina um toque a mais de criatividade. Leia-se: Lionel Messi, que viu a partida do banco e ainda distribuiu autógrafos aos costarriquenhos após o apito final.
De tênis, Lionel Messi foi apenas um espectador na noite desta terça-feira (Foto: agência AP)