Meninos das equipes de base se espelham no goleiro-artilheiro, e alguns até se arriscam em cobranças de faltas ou pênaltis
Os nove goleiros das categorias de base que treinam em Cotia se espelham no ídolo Rogério (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)
O sol forte não intimida os meninos que usam luvas, calças e blusas de mangas compridas. Mesmo com os 35º C, eles não se cansam de correr, rebater bolas, defender ou cobrar tiros de meta. Afinal, o ídolo deles, que tem 38 anos e 100 gols no currículo, não reclama de repetir essa rotina há duas décadas. Em Cotia, onde o São Paulo mantém um moderno centro de treinamentos para suas categorias de base, garotos das mais variadas idades começam a trilhar o caminho para serem como Rogério Ceni, capitão e titular absoluto da meta tricolor.
- Eu procurei ser goleiro pela genética. Como sou alto, fica mais fácil. Mas o Rogério Ceni é referência para todos nós. É um jogador que tem liderança e humildade. Quando você o vê na televisão, percebe que tem amor ao São Paulo. Por isso é um ídolo - disse Michael Matias, de 15 anos, arqueiro da equipe sub-16 do Tricolor Paulista.
Por treinar no CT da Barra Funda, Rogério pouco aparece em Cotia. Mas, quando o São Paulo programa alguma atividade do time profissional no local, o goleiro faz questão de dar atenção aos jovens que sonham em seguir carreira evitando o ponto alto do futebol: o gol.
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Os garotos da base fazem pose para a foto (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
- Ele sempre conversa com a gente, dá conselhos e nos incentiva. Também já deu luvas para alguns garotos daqui - contou João Paulo Gonçalves, da equipe sub-15.
Os discípulos de Ceni não ficam só no gol. Como o ídolo, eles também se arriscam no ataque de vez em quando, nas cobranças de faltas e pênaltis, especialidade do goleiro-artilheiro. No CT de Cotia, dois procuram aprimorar a precisão nos chutes. Além de João Paulo, Lucas Anselmo tenta ser goleador como o camisa 1 do Morumbi. No time principal, os reservas Leonardo, Fabiano e Denis acompanham de perto as batidas do capitão e tentam aprender algo.
- Eu fiz três gols de faltas e um de pênalti no campeonato de Bauru. Aqui ainda não tive a oportunidade, mas sigo treinando para quando precisar - disse Lucas, da equipe sub-14.
O treinador de goleiros Luizinho, do time sub-13 e super-20 do São Paulo, afirma que os jovens goleiros são incentivados a treinar as cobranças, mas só depois das suas atividades debaixo das traves.
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- Primeiro eles têm de aprimorar as técnicas de um bom goleiro, como posicionamento, chutes, reposição, impulsão e defesas. Só depois dos treinos é que eles podem ficar trabalhando nas faltas e nos pênaltis, como uma atividade complementar – afirmou.
Em Cotia, a primeira preocupação é formar um goleiro como Rogério Ceni. Mas, se outro arqueiro-artilheiro aparecer, ninguém vai reclamar...
Alguns dos garotos também se arriscam com a bola no pé (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)
fonte: globo