Entidade acata ordem judicial, mas ressalta que decisão é passível de recurso
A CBF acatou a decisão da 10ª Vara da Justiça Federal e voltou a reconhecer o Sport como o único Campeão Brasileiro de 1987. Em nota, a entidade esclarece que a decisão judicial é passível de recurso e diz entender que o reconhecimento do Flamengo como campeão brasileiro daquele ano não contraria os limites da coisa julgada.
No dia 21 de fevereiro deste ano, a CBF reconheceu o Flamengo como campeão brasileiro de 1987. A decisão, a princípio, colocaria fim a uma polêmica que já dura mais de 24 anos. Na ocasião, o presidente do Sport, Gustavo Dubeux, afirmou que não aceitaria dividir o título com o clube carioca e ressaltou que tomaria as providências cabíveis.
Há três semanas, o Sport informou que a Justiça Federal de Pernambuco havia cassado o título do clube carioca, e a CBF deveria revogar a decisão imediatamente, ficando sujeita à multa diária de R$ 500. Na ocasião, Flamengo e CBF alegaram não terem sido informados da decisão judicial.
No Sport, o presidente Gustavo Duboux comemorou a decisão e disse que espera que essa assunto seja encerrado de uma vez por todas.
- Nós já esperávamos essa decisão. É o nosso direito. O Sport é o único campeão de 1987. Em relação ao campeonato daquele ano, não cabe mais. Essa questão já foi julgada em última instancia. Espero que esse assunto seja encerrado, e o Flamengo, que tem tantos títulos, esqueça esse assunto e deixe essa conquista para o Sport – disse o dirigente, por telefone ao GLOBOESPORTE.COM
Ao ser informado da decisão judicial, o Flamengo prometeu recorrer nas próximas horas e informou que levará o caso à Fifa.
- A CBF fez isso unicamente por se tratar de uma decisão judicial. Nas próximas horas o Flamengo vai entrar com recurso no Recife. Vamos fazer também uma queixa formal à Fifa por conta da decisão do Sport de recorrer à Justiça sem respeitar a autoridade da CBF – disse o procurador geral e vice jurídico do Flamengo, Rafael De Piro.
Posteriormente, o Flamengo divulgou uma nota oficial reiterando que vai recorrer da decisão na Justiça de Recife.fonte: globo