quarta-feira, 29 de junho de 2011

'Quero sair pela porta da frente', diz Bruno, chorando

Goleiro nega ter aceitado habeas corpus ou qualquer tipo de corrupção para se livrar das acusações


Bruno se emociona durante depoimento na Assembleia Legislativa de MG (Foto: Alex de Jesus/O Tempo/Futura Press)


Convidado a prestar esclarecimentos nesta terça-feira sobre uma suposta tentativa de venda de habeas corpus a seu favor, o goleiro Bruno negou ter sido corrompido para se livrar da acusação pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

- Quero sair da Nelson Hungria (penitenciária onde o jogador está detido) pela porta da frente, para dar continuidade à minha carreira e cuidar dos meus entes queridos - disse, aos deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, de acordo com o site G1.

Bruno responde acusações sobre habeas corpus e se diz inocente

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O goleiro aproveitou para mandar um recado aos seus fãs:

- Agora que tenho a oportunidade de estar com a imprensa, queria agradecer aos meus fãs pelas cartas recebidas. Eu não dei o retorno para quem me escreveu porque o único preso que não pode responder às cartas sou eu. O que posso dizer é que meus fãs podem acreditar em mim pois eu sou inocente - disse. Em determinado momento, o goleiro teve autorização para se sentar ao lado da noiva Ingrid. Os dois ficaram fazendo carinho durante a audiência.

Bruno ainda acusou o delegado Edson Moreira, da Polícia Civil em Belo Horizonte, de ter oferecido R$ 2 milhões para tirá-lo da prisão, caso o goleiro culpasse seu sobrinho pelos crimes.

- Como eu não devo nada, R$ 2 milhões para mim, na situação que eu me encontrava, eu resolvia em um estalar de dedos. Mas a justiça tem que ser feita. Não é assim que as coisas se resolvem - afirmou Bruno.

O delegado preferiu ignorar as declarações do goleiro:

- Deixa o Bruno pra lá. Ele já falou isto antes. Não tem o que negar. A gente só nega o que acontece - disse, ao portal G1.

Também participam da sessão no Plenarinho I da ALMG o advogado de Bruno, Cláudio Dalledone, e a noiva do jogador, Ingrid Calheiros Oliveira. Os depoimentos são conduzidos pelos deputados Durval Ângelo e Rogério Correio.

Encerrada a sessão, Bruno retorna à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde está preso desde agosto do ano passado por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Suposta venda de habeas corpus

A denúncia foi feita por Ingrid, que, segundo a comissão, contou aos deputados em depoimento na Assembleia que juíza Maria José Starling, da comarca de Esmeraldas, teria intermediado sua conversa com um advogado que participou da defesa do goleiro. O defensor teria proposto a Ingrid a assinatura de um contrato de R$ 1,5 milhão com cláusula de impetração de habeas corpus a favor de Bruno.

Réu pela morte de Eliza Samúdio

O jogador do Flamengo foi indiciado com mais oito pessoas pelo desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, que alegava ter um filho de Bruno. O goleiro está preso desde agosto de 2010 por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele, o amigo Macarrão e o primo Sérgio irão a júri popular.

fonte: lance