Confira a comparação, jogador por jogador, das duas seleções para o confronto pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010
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Brasil e Argentina fazem nesta quarta-feira, às 21h50m, no Mineirão, o maior clássico do futebol sul-americano. As duas seleções vêm de resultados ruins na última rodada das eliminatórias para a Copa de 2010, principalmente a equipe de Dunga, que foi derrotada por 2 a 0 pelo Paraguai em Assunção. Já o arqui-rival escapou por pouco de ser derrotado em casa, no Monumental de Nuñez - Palacio salvou o time ao marcar o gol do empate em 1 a 1 com o Equador aos 48 minutos do segundo tempo.
A situação das seleções na tabela, no entanto, é bem diferente. Os argentinos ocupam a segunda colocação, com dez pontos, três atrás dos paraguaios. O Brasil, com oito, está em quarto lugar e entra em campo sob pressão. Antes da derrota do Defensores del Chaco, a seleção passou vergonha em amistoso contra a Venezuela, perdendo para o adversário pela primeira vez na história.
Mas a aposta é no bom retrospecto recente contra a Argentina. Nos últimos seis jogos, apenas uma derrota: em Buenos Aires, pelas eliminatórias para a Copa de 2006. Tropeço bem compensado pelo bicampeonato da Copa América (2004 e 2007) em cima dos hermanos. A Rede Globo e o SporTV transmitem a partida ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM leva até você todos os detalhes em Tempo Real.
Julio César: O goleiro do Inter de Milão, da Itália, tem a fama de fechar o gol contra os argentinos. O camisa 1 se firmou na seleção após a conquista da Copa América de 2004, onde foi um dos heróis ao defender um pênalti de D'Alessandro. Foi campeão italiano e é respeitado na Europa. Virou titular da seleção brasileira após a Copa de 2006. Tem um reflexo apurado e também sai bem do gol. Aos 28 anos, tem 23 jogos e sofreu 17 gols pela seleção. Abbondanzieri: O veterano goleiro (35 anos) nunca foi espetacular, nem mesmo quando ganhou tudo na época áurea do Boca Juniors, no início desta década. Notabiliza-se por fazer bem o feijão-com-arroz. Está há duas temporadas no Getafe, da Espanha, onde é titular absoluto. Um frangaço que levou em confronto com o Bayern de Munique eliminou seu time da última Copa da Uefa. Quem leva vantagem: Brasil Lateral-direito:
Maicon: Não se firmou ainda como titular, mas fez uma boa temporada pelo Inter de Milão. Apesar de aparecer bem no ataque, na seleção de Dunga parece tímido e arrisca pouco a subida. Mas é seguro na defesa. Tem a sombra de Daniel Alves. Fez 32 jogos e dois gols pela seleção brasileira. Zanetti: Aos 34 anos, o capitão do Inter de Milão foi quem mais atuou pelo clube no último Campeonato Italiano (37 de 38 jogos). No entanto, há tempos Zanetti não joga como lateral-direito, posição da qual Maicon é o titular no Inter. O fato de jogar como meia em seu clube e a velocidade, que já não é a mesma de outros tempos, podem prejudicar sua atuação. Quem leva vantagem: Brasil Zagueiro central:
Lúcio: Capitão do time e um dos homens de confiança de Dunga, Lúcio é o mais experiente do grupo. Com duas Copas do Mundo nas costas (2002 e 2006), o zagueiro do Bayern de Munique tem 71 jogos e quatro gols pela seleção. O estilo sério agrada ao treinador. Ele "não perde a viagem". Bom nas bolas altas, tanto na defesa quanto no ataque. Burdisso: Zagueiro do Inter de Milão, Burdisso, 27 anos, destaca-se no jogo aéreo. Jogador de técnica apenas razoável, é conhecido pela rispidez com que disputa as jogadas. Dos 24 jogos que fez no último Campeonato Italiano, Burdisso recebeu sete cartões amarelos. Fez um gol. Quem leva vantagem: Brasil Quarto zagueiro:
Juan: Seguro e muito bem nas antecipações, Juan pode ser considerado um intocável na seleção. Recuperou-se de um problema no joelho para as partidas das eliminatórias. Faz uma boa dupla de zagueiros com Lúcio. Os dois parecem se completar. Juan é mais técnico, sabe sair jogando e também faz gols. Aos 29 anos, o jogador do Roma tem 66 jogos e quatro gols pela seleção. Foi um dos poucos jogadores a se salvar do fiasco da Copa de 2006. Coloccini: Ganhou a vaga no time titular por conta da suspensão de Demichelis. Comprado pelo Milan do Boca Juniors no início da carreira, passou duas temporadas no clube italiano e não se firmou. Está no La Coruña desde 2005, clube no qual é titular absoluto (atuou em todos os 38 jogos do último Campeonato Espanhol). Jogador de técnica regular, Coloccini, 26 anos, assim como Burdisso, não hesita em abrir a caixa de ferramentas. Quem leva vantagem: Brasil Lateral-esquerdo:
Gilberto: Herdou a posição de Roberto Carlos após a Copa de 2006, de quem foi reserva por muito tempo. Aos 32 anos, é experiente e não tem muitos jogadores para ameaçá-lo na posição. Não apóia tanto. Costuma ser eficiente na cobertura dos zagueiros. Teve uma temporada apenas regular no Tottenham, da Inglaterra. Tem 32 jogos pela seleção e fez um gol. Heinze: Jogador versátil, atua tanto como zagueiro de área quanto de lateral-esquerdo. Depois de boa passagem por PSG e Manchester United, está no Real Madrid, onde foi campeão espanhol na última temporada. Como lateral, não tem o apoio como uma de suas grandes armas.
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Brasil e Argentina fazem nesta quarta-feira, às 21h50m, no Mineirão, o maior clássico do futebol sul-americano. As duas seleções vêm de resultados ruins na última rodada das eliminatórias para a Copa de 2010, principalmente a equipe de Dunga, que foi derrotada por 2 a 0 pelo Paraguai em Assunção. Já o arqui-rival escapou por pouco de ser derrotado em casa, no Monumental de Nuñez - Palacio salvou o time ao marcar o gol do empate em 1 a 1 com o Equador aos 48 minutos do segundo tempo.
A situação das seleções na tabela, no entanto, é bem diferente. Os argentinos ocupam a segunda colocação, com dez pontos, três atrás dos paraguaios. O Brasil, com oito, está em quarto lugar e entra em campo sob pressão. Antes da derrota do Defensores del Chaco, a seleção passou vergonha em amistoso contra a Venezuela, perdendo para o adversário pela primeira vez na história.
Mas a aposta é no bom retrospecto recente contra a Argentina. Nos últimos seis jogos, apenas uma derrota: em Buenos Aires, pelas eliminatórias para a Copa de 2006. Tropeço bem compensado pelo bicampeonato da Copa América (2004 e 2007) em cima dos hermanos. A Rede Globo e o SporTV transmitem a partida ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM leva até você todos os detalhes em Tempo Real.
Julio César: O goleiro do Inter de Milão, da Itália, tem a fama de fechar o gol contra os argentinos. O camisa 1 se firmou na seleção após a conquista da Copa América de 2004, onde foi um dos heróis ao defender um pênalti de D'Alessandro. Foi campeão italiano e é respeitado na Europa. Virou titular da seleção brasileira após a Copa de 2006. Tem um reflexo apurado e também sai bem do gol. Aos 28 anos, tem 23 jogos e sofreu 17 gols pela seleção. Abbondanzieri: O veterano goleiro (35 anos) nunca foi espetacular, nem mesmo quando ganhou tudo na época áurea do Boca Juniors, no início desta década. Notabiliza-se por fazer bem o feijão-com-arroz. Está há duas temporadas no Getafe, da Espanha, onde é titular absoluto. Um frangaço que levou em confronto com o Bayern de Munique eliminou seu time da última Copa da Uefa. Quem leva vantagem: Brasil Lateral-direito:
Maicon: Não se firmou ainda como titular, mas fez uma boa temporada pelo Inter de Milão. Apesar de aparecer bem no ataque, na seleção de Dunga parece tímido e arrisca pouco a subida. Mas é seguro na defesa. Tem a sombra de Daniel Alves. Fez 32 jogos e dois gols pela seleção brasileira. Zanetti: Aos 34 anos, o capitão do Inter de Milão foi quem mais atuou pelo clube no último Campeonato Italiano (37 de 38 jogos). No entanto, há tempos Zanetti não joga como lateral-direito, posição da qual Maicon é o titular no Inter. O fato de jogar como meia em seu clube e a velocidade, que já não é a mesma de outros tempos, podem prejudicar sua atuação. Quem leva vantagem: Brasil Zagueiro central:
Lúcio: Capitão do time e um dos homens de confiança de Dunga, Lúcio é o mais experiente do grupo. Com duas Copas do Mundo nas costas (2002 e 2006), o zagueiro do Bayern de Munique tem 71 jogos e quatro gols pela seleção. O estilo sério agrada ao treinador. Ele "não perde a viagem". Bom nas bolas altas, tanto na defesa quanto no ataque. Burdisso: Zagueiro do Inter de Milão, Burdisso, 27 anos, destaca-se no jogo aéreo. Jogador de técnica apenas razoável, é conhecido pela rispidez com que disputa as jogadas. Dos 24 jogos que fez no último Campeonato Italiano, Burdisso recebeu sete cartões amarelos. Fez um gol. Quem leva vantagem: Brasil Quarto zagueiro:
Juan: Seguro e muito bem nas antecipações, Juan pode ser considerado um intocável na seleção. Recuperou-se de um problema no joelho para as partidas das eliminatórias. Faz uma boa dupla de zagueiros com Lúcio. Os dois parecem se completar. Juan é mais técnico, sabe sair jogando e também faz gols. Aos 29 anos, o jogador do Roma tem 66 jogos e quatro gols pela seleção. Foi um dos poucos jogadores a se salvar do fiasco da Copa de 2006. Coloccini: Ganhou a vaga no time titular por conta da suspensão de Demichelis. Comprado pelo Milan do Boca Juniors no início da carreira, passou duas temporadas no clube italiano e não se firmou. Está no La Coruña desde 2005, clube no qual é titular absoluto (atuou em todos os 38 jogos do último Campeonato Espanhol). Jogador de técnica regular, Coloccini, 26 anos, assim como Burdisso, não hesita em abrir a caixa de ferramentas. Quem leva vantagem: Brasil Lateral-esquerdo:
Gilberto: Herdou a posição de Roberto Carlos após a Copa de 2006, de quem foi reserva por muito tempo. Aos 32 anos, é experiente e não tem muitos jogadores para ameaçá-lo na posição. Não apóia tanto. Costuma ser eficiente na cobertura dos zagueiros. Teve uma temporada apenas regular no Tottenham, da Inglaterra. Tem 32 jogos pela seleção e fez um gol. Heinze: Jogador versátil, atua tanto como zagueiro de área quanto de lateral-esquerdo. Depois de boa passagem por PSG e Manchester United, está no Real Madrid, onde foi campeão espanhol na última temporada. Como lateral, não tem o apoio como uma de suas grandes armas.
O jogador de 30 anos é bom no jogo áereo, inclusive nas bolas paradas, quando vai ao ataque. Quem leva vantagem: Argentina Análise tática da defesa:Brasil: É o setor mais sólido do time de Dunga. O goleiro Julio César passa confiança e tem um histórico de boas atuações pela seleção. Juan e Lúcio jogam juntos há três anos e estão entrosados. Além disso, são dois dos zagueiros mais valorizados do futebol europeu. Só os laterais que ainda não se firmaram. Mas fazem bem o papel defensivo. No banco, há uma opção mais ofensiva pela direita com Daniel Alves. Kléber também sobe mais ao ataque do que Gilberto. Thiago Silva deve ser o zagueiro escolhido para ficar na reserva. Argentina: É um dos setores mais equilibrados da seleção argentina. Haverá uma mudança tática em relação ao empate com o Equador, no último domingo, em Buenos Aires: de três zagueiros, a seleção dos hermanos passa à habitual linha de quatro. Com Zanetti e Heinze como laterais, a tendência é que os dois pouco busquem o ataque. Burdisso e Coloccini, os homens de área, são jogadores viris. Primeiro volante:
Mineiro: Com apenas 1,69m de altura, é o baixinho do meio-campo. Destaca-se no desarme, mas teve altos e baixos no Hertha Berlin, da Alemanha, nesta temporada. Aos 32 anos, leva vantagem pela experiência e pela falta de concorrentes no setor. Quase não chega ao ataque. Tem 24 jogos pela seleção e nunca fez um gol. Gago: Contratado a peso de ouro pelo Real Madrid do Boca Juniors, o volante de 22 anos é bom na marcação e sabe distribuir bem o jogo. Não é titular absoluto no time merengue, embora tenha participado de 31 partidas das 38 do último Campeonato Espanhol. Gago não tem como característica chegar ao ataque para finalizar. Quem leva vantagem: empate Segundo volante:
Gilberto Silva: É um dos líderes do grupo. Já foi capitão do time, participou de duas Copas do Mundo (2002 e 2006). Teve uma temporada difícil no Arsenal, onde chegou a ficar um tempo na reserva. Mas sabe diminuir o espaço dos adversários e cabeceia bem. Em 69 jogos pela seleção, marcou três gols. Deve ter a missão de colar em Riquelme. Mascherano: O ex-corintiano, 24 anos, firmou-se como uma das peças importantes do time do Liverpool, que ficou em quarto lugar no Campeonato Inglês e chegou às semifinais da Liga dos Campeões . Masc, habitualmente primeiro volante na Argentina, será adiantado para a meia-direita contra o Brasil, ocupando assim a vaga do machucado Verón. Fez 25 jogos como titular no último Campeonato Inglês e marcou um gol. Quem leva vantagem: Argentina
Anderson: Foi quem mais recebeu elogios de Dunga nos tropeços para a Venezuela e o Paraguai. Pelo treino tático comandado por Dunga no Mineirão, ganhou a vaga de Josué. Aos 20 anos, é o mais jovem da seleção em campo, mas demonstra personalidade. Gosta de falar bastante. Tem seis jogos pela seleção e ainda não fez gols. Chuta bem de fora da área. Máxi Rodríguez: O meia do Atlético de Madri é muito habilidoso com a bola nos pés. Distribui bem as jogadas, aparece com constância no ataque, sem deixar de ajudar na marcação quando não tem a bola. O jogador de 27 anos é bom nos chutes de longe e foi um dos principais nomes do Atlético, que terminou a temporada em quarto lugar no Campeonato Espanhol (jogou 35 dos 38 jogos na competição). Quem leva vantagem: Argentina
Julio Baptista: Ganhou a posição de Diego. Teve ótima atuação na final da Copa América do ano passado, quando marcou o primeiro gol da vitória por 3 a 0. Forte, chuta bem de fora da área e também se destaca nas bolas altas. Tem 33 jogos e seis gols pela seleção. Riquelme: É o maestro da equipe argentina. Dono de rara categoria, o meia do Boca Juniors, prestes a completar 30 anos, além de armar jogadas com passes rápidos e também com lançamentos precisos, chega à frente, onde sempre conclui com perigo. É exímio cobrador de faltas. Contra ele, pesa o fato de, por vezes, esconder-se em campo em jogos decisivos. Quem leva vantagem: Argentina
Análise tática do meio-campo: Brasil: O setor não foi bem no último jogo contra o Paraguai. Tanto que sofreu duas mudanças. Entram Anderson e Julio Baptista nos lugares de Josué e Diego. Com as ausências de Ronaldinho Gaúcho e Kaká, o time sente a falta de um armador. Mas Anderson chuta bem de fora da área. No banco, as principais opções são Diego e Elano. Argentina: Com a saída de Verón, machucado, Mascherano será adiantado para a meia-direita e Gago assume como volante central. No lado esquerdo, Máxi Rodríguez compõe o setor, com um pouco mais de liberdade para chegar ao ataque. Riquelme joga como homem de ligação entre o meio e o ataque, com total autonomia para chegar à área brasileira. Atacante:
Robinho: É a estrela do time, o xodó de Dunga e da torcida. Apesar de não ter ainda o mesmo prestígio no futebol europeu, assume a responsabilidade na seleção. Mas não jogou bem nos últimos jogos. Foi o craque da conquista da última Copa América. E tem um bom retrospecto contra os argentinos. Foi campeão da Copa das Confederações em 2005 e da Copa América em 2007 em cima deles. Cresceu bastante de rendimento na finalização. Foi campeão espanhol pelo Real Madrid, mas fracassou na Liga dos Campeões. Com 24 jogos, tem 52 jogos e 15 gols pela seleção. Messi: Maior esperança do futebol argentino nos últimos anos, o craque do Barcelona já marcou seu nome na história com alguns lances geniais. Quase imarcável com a bola nos pés, dá sempre muito trabalho jogando pelos lados do campo e chegando também para concluir as jogadas. Contra Messi, que faz 21 anos dia 24, está o fato de não conseguir uma grande seqüência de jogos (sofre com lesões musculares). Quem leva vantagem: Argentina Centroavante:
Luis Fabiano: Fez a sua melhor temporada no futebol europeu. Não é o camisa 9 dos sonhos, mas aproveitou bem a fase de baixa dos atacantes da seleção com os problemas de Ronaldo e Adriano e a queda de rendimento de Fred e Vagner Love. Ganhou a confiança de Dunga com os gols contra o Uruguai pelas eliminatórias. Chuta forte e, na área, é sempre um perigo. Mas não teve boa atuação contra o Paraguai e tem a sombra de Adriano no banco. Tem 19 jogos e nove gols pela seleção. Agüero: Foi o grande nome na campanha que levou o Atlético de Madri de volta à Liga dos Campeões.
Mineiro: Com apenas 1,69m de altura, é o baixinho do meio-campo. Destaca-se no desarme, mas teve altos e baixos no Hertha Berlin, da Alemanha, nesta temporada. Aos 32 anos, leva vantagem pela experiência e pela falta de concorrentes no setor. Quase não chega ao ataque. Tem 24 jogos pela seleção e nunca fez um gol. Gago: Contratado a peso de ouro pelo Real Madrid do Boca Juniors, o volante de 22 anos é bom na marcação e sabe distribuir bem o jogo. Não é titular absoluto no time merengue, embora tenha participado de 31 partidas das 38 do último Campeonato Espanhol. Gago não tem como característica chegar ao ataque para finalizar. Quem leva vantagem: empate Segundo volante:
Gilberto Silva: É um dos líderes do grupo. Já foi capitão do time, participou de duas Copas do Mundo (2002 e 2006). Teve uma temporada difícil no Arsenal, onde chegou a ficar um tempo na reserva. Mas sabe diminuir o espaço dos adversários e cabeceia bem. Em 69 jogos pela seleção, marcou três gols. Deve ter a missão de colar em Riquelme. Mascherano: O ex-corintiano, 24 anos, firmou-se como uma das peças importantes do time do Liverpool, que ficou em quarto lugar no Campeonato Inglês e chegou às semifinais da Liga dos Campeões . Masc, habitualmente primeiro volante na Argentina, será adiantado para a meia-direita contra o Brasil, ocupando assim a vaga do machucado Verón. Fez 25 jogos como titular no último Campeonato Inglês e marcou um gol. Quem leva vantagem: Argentina
Anderson: Foi quem mais recebeu elogios de Dunga nos tropeços para a Venezuela e o Paraguai. Pelo treino tático comandado por Dunga no Mineirão, ganhou a vaga de Josué. Aos 20 anos, é o mais jovem da seleção em campo, mas demonstra personalidade. Gosta de falar bastante. Tem seis jogos pela seleção e ainda não fez gols. Chuta bem de fora da área. Máxi Rodríguez: O meia do Atlético de Madri é muito habilidoso com a bola nos pés. Distribui bem as jogadas, aparece com constância no ataque, sem deixar de ajudar na marcação quando não tem a bola. O jogador de 27 anos é bom nos chutes de longe e foi um dos principais nomes do Atlético, que terminou a temporada em quarto lugar no Campeonato Espanhol (jogou 35 dos 38 jogos na competição). Quem leva vantagem: Argentina
Julio Baptista: Ganhou a posição de Diego. Teve ótima atuação na final da Copa América do ano passado, quando marcou o primeiro gol da vitória por 3 a 0. Forte, chuta bem de fora da área e também se destaca nas bolas altas. Tem 33 jogos e seis gols pela seleção. Riquelme: É o maestro da equipe argentina. Dono de rara categoria, o meia do Boca Juniors, prestes a completar 30 anos, além de armar jogadas com passes rápidos e também com lançamentos precisos, chega à frente, onde sempre conclui com perigo. É exímio cobrador de faltas. Contra ele, pesa o fato de, por vezes, esconder-se em campo em jogos decisivos. Quem leva vantagem: Argentina
Análise tática do meio-campo: Brasil: O setor não foi bem no último jogo contra o Paraguai. Tanto que sofreu duas mudanças. Entram Anderson e Julio Baptista nos lugares de Josué e Diego. Com as ausências de Ronaldinho Gaúcho e Kaká, o time sente a falta de um armador. Mas Anderson chuta bem de fora da área. No banco, as principais opções são Diego e Elano. Argentina: Com a saída de Verón, machucado, Mascherano será adiantado para a meia-direita e Gago assume como volante central. No lado esquerdo, Máxi Rodríguez compõe o setor, com um pouco mais de liberdade para chegar ao ataque. Riquelme joga como homem de ligação entre o meio e o ataque, com total autonomia para chegar à área brasileira. Atacante:
Robinho: É a estrela do time, o xodó de Dunga e da torcida. Apesar de não ter ainda o mesmo prestígio no futebol europeu, assume a responsabilidade na seleção. Mas não jogou bem nos últimos jogos. Foi o craque da conquista da última Copa América. E tem um bom retrospecto contra os argentinos. Foi campeão da Copa das Confederações em 2005 e da Copa América em 2007 em cima deles. Cresceu bastante de rendimento na finalização. Foi campeão espanhol pelo Real Madrid, mas fracassou na Liga dos Campeões. Com 24 jogos, tem 52 jogos e 15 gols pela seleção. Messi: Maior esperança do futebol argentino nos últimos anos, o craque do Barcelona já marcou seu nome na história com alguns lances geniais. Quase imarcável com a bola nos pés, dá sempre muito trabalho jogando pelos lados do campo e chegando também para concluir as jogadas. Contra Messi, que faz 21 anos dia 24, está o fato de não conseguir uma grande seqüência de jogos (sofre com lesões musculares). Quem leva vantagem: Argentina Centroavante:
Luis Fabiano: Fez a sua melhor temporada no futebol europeu. Não é o camisa 9 dos sonhos, mas aproveitou bem a fase de baixa dos atacantes da seleção com os problemas de Ronaldo e Adriano e a queda de rendimento de Fred e Vagner Love. Ganhou a confiança de Dunga com os gols contra o Uruguai pelas eliminatórias. Chuta forte e, na área, é sempre um perigo. Mas não teve boa atuação contra o Paraguai e tem a sombra de Adriano no banco. Tem 19 jogos e nove gols pela seleção. Agüero: Foi o grande nome na campanha que levou o Atlético de Madri de volta à Liga dos Campeões.
O genro de Maradona (namora uma das filhas do ídolo) tem o cheiro do gol. Finaliza bem tanto com os pés quanto de cabeça, além de ser muito habilidoso. Em 37 jogos no último Campeonato Espanhol, fez 19 gols. Peca às vezes no lado emocional. Apesar de jogar no ataque, levou dez cartões amarelos e dois vermelhos no campeonato. Quem leva vantagem: empate Análise tática do ataque: Brasil: Robinho e Luis Fabiano ainda não têm o entrosamento ideal, mas vivem ótima fase. Robinho se movimenta muito e é sempre um perigo. Além disso, tem estrela com a camisa da seleção.
Luis Fabiano marca presença na área e chuta muito bem. Se a bola chegar, os dois têm capacidade de decidir. No banco, há o carrasco Adriano, que faz os argentinos tremerem de medo. Argentina: Messi joga mais pelos lados do campo, com Agüero atuando de referência. Municiados por Riquelme, os dois jovens jogadores são muito rápidos e habilidosos. Têm tudo para dar muito trabalho à defesa brasileira. Existe a possibilidade da entrada de Julio Cruz na vaga de Agüero. Cruz, do Inter de Milão, é um camisa 9 mais clássico - menos habilidoso e mais "matador". Técnico:
Dunga: Está sob pressão após as derrotas por 2 a 0 para a Venezuela e o Paraguai nos últimos dois jogos. Em 28 jogos, ele tem quatro derrotas. Foi campeão da Copa América em cima da Argentina. E tem duas goleadas por 3 a 0 em cima do nosso maior rival sul-americano. Mas um resultado negativo pode complicar o seu trabalho na seleção. Alfio Basile: Treinador muito respeitado na Argentina, Basile, 65 anos, está desde 2006 em sua segunda passagem pela seleção dos hermanos. Na anterior, no início dos anos 90, foi bicampeão da Copa América (1991 e 1993). No entanto, caiu nas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1994.
Dunga: Está sob pressão após as derrotas por 2 a 0 para a Venezuela e o Paraguai nos últimos dois jogos. Em 28 jogos, ele tem quatro derrotas. Foi campeão da Copa América em cima da Argentina. E tem duas goleadas por 3 a 0 em cima do nosso maior rival sul-americano. Mas um resultado negativo pode complicar o seu trabalho na seleção. Alfio Basile: Treinador muito respeitado na Argentina, Basile, 65 anos, está desde 2006 em sua segunda passagem pela seleção dos hermanos. Na anterior, no início dos anos 90, foi bicampeão da Copa América (1991 e 1993). No entanto, caiu nas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1994.
Depois de passagem vitoriosa no Boca Juniors, em 2005 e 2006, voltou à seleção, onde fazia trabalho notável até perder a Copa América de 2007 de forma humilhante para o Brasil (3 a 0 na final). Os brasileiros, por sinal, tiram o sono do técnico, que não se envergonhou em dizer: "Estou pensando numa maneira de vencê-los."
Quem leva vantagem: Argentina Banco: Brasil: Adriano é o grande nome brasileiro no banco, e Dunga chegou a testá-lo como titular em parte do último treino antes da partida. Carrasco dos argentinos, é o jogador mais temido pelos nossos rivais. E não é por menos. O Imperador fez em 2004 o gol do empate na final da Copa América nos acréscimos. O Brasil conquistaria o título nos pênaltis. No ano seguinte, Adriano fez outros dois gols na decisão da Copa das Confederações.
O atacante conseguiu recuperar a boa fase este ano no São Paulo, onde marcou 17 gols nesta temporada. Tem 43 jogos e 27 gols pela seleção. Mas o ataque pode ganhar força com Alexandre Pato, que aos poucos vem brilhando no Milan. Doni é o goleiro reserva, e pode ser o titular na rodada seguinte se Julio César levar o segundo amarelo. No meio-campo, Josué e Diego viraram opções defensiva e ofensiva, respectivamente. Para o setor defensivo, o zagueiro Luisão e o lateral-esquerdo Kléber podem ser utilizados. Argentina: O goleiro reserva da Argentina é Carrizo, um dos pilares do River Plate na conquista do título do Torneio Clausura.
Está em alta e vai jogar no Lazio, da Itália, após o meio do ano. A presença de Gonzalo Rodríguez (Villarreal), um jogador versátil, que atua como lateral ou até mesmo compondo pelo meio, é outro ponto forte do banco argentino. Bottineli, jogador do San Lorenzo convocado às pressas após a suspensão de Demichelis, pode ser um dos pontos fracos.
O zagueiro ainda é verde na seleção argentina. Do meio para a frente, Battaglia, do Boca, e Gutiérrez (Mallorca) ou Sosa (Bayern) - há dúvida entre um e outro - são jogadores eficientes, mas não brilhantes. O grande trunfo do banco argentino está no ataque: Palacio, do Boca, e Julio Cruz, do Inter de Milão, são jogadores de renome internacional, acostumados a grandes clássicos. Clima: Apesar de chegar a Belo Horizonte trazendo duas derrotas seguidas na bagagem, a seleção brasileira contará com o apoio da torcida no Mineirão.
Os ingressos já estão esgotados desde a semana passada e o estádio estará lotado. Tudo isto, no entanto, pode se virar contra a seleção no decorrer da partida no caso de um mau desempenho em campo. A Argentina, por sua vez, também não chega em seu melhor momento.
Salvou-se da derrota em casa para o Equador, no último domingo, com um gol nos acréscimos. Além disso, carrega o fantasma de vexames contra o Brasil nos últimos confrontos das duas seleções. No que diz respeito ao campo de jogo, o gramado do Mineirão, habitualmente alto, não acarreta em vantagem para qualquer das equipes.
FONTE: GLOBO