quarta-feira, 1 de julho de 2009

Kléber discorda do amigo Souza: ‘Futebol é para homem, mas não para racismo’


Atacante do time celeste reprova a atitude do argentino Maxi López, denunciada por Elicarlos
Richard Souza Belo Horizonte

Kléber não entrou em polêmica com amigo Souza
Kléber conhece bem o estilo polêmico de Souza. Na época em que defendia o São Paulo, o atacante do Cruzeiro foi companheiro do meia gremista.


O Gladiador faz questão de ressaltar que admira e respeita muito o amigo, mas discorda quando o jogador do Tricolor gaúcho apimenta o duelo desta quinta-feira, pela semifinal da Libertadores, no estádio Olímpico. Souza criticou a atitude do volante Elicarlos que, no fim da primeira partida, no Mineirão, denunciou o argentino Maxi López por tê-lo chamado de “macaco”. Segundo o apoiador, “futebol é coisa para homem, não para menininha”.


O atacante da equipe mineira concorda, em parte. - Eu não ouvi o que ele disse. O Souza é muito meu amigo, e a gente jogou no São Paulo. Concordo plenamente com o Souza. Futebol é coisa para homem, mas não para racismo, se é que realmente aconteceu. Não tenho nada mais a falar. O Souza tem a opinião dele – afirmou.

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Toda a confusão do primeiro duelo acirrou os ânimos para a partida de volta. Os cruzeirenses desembarcam em Porto Alegre no início da tarde desta quarta-feira e dizem que não será surpresa se forem recebidos com hostilidade pela torcida rival. Kléber acredita que os jogadores precisam tomar cuidado durante as entrevistas, pois qualquer palavra pode ser mal interpretada.


- Abre precedentes. Tem que tomar cuidado com algumas declarações. Espero que não influenciem em nada, que seja um jogo tranquilo. Nós e eles temos que pensar em um bom espetáculo. Que vença o melhor e que se classifique o melhor. Temos que pensar mais nas coisas que a gente fala e faz.


O Souza é especial, tem um coração bom. Espero que seja um bom jogo – ressaltou. Se os jogadores do Grêmio ficaram ainda mais motivados depois da polêmica que foi parar na delegacia do Mineirão, os cruzeirenses esperam aproveitar o clima de guerra. - Acho que pode ser usado a nosso favor.


A gente sabe que a pressão vai ser grande, vão vir pra cima, provocar. Temos de tocar a bola, segurar, saber que a diferença (vantagem) é nossa. Jogamos por um resultado, e a torcida deles vai começar a pegar no pé se o gol não sair.


Eles vão começar a ter dificuldades. Temos que nos controlar e não podemos entrar em provocação – comentou. Como venceu por 3 a 1 no Mineirão, o Cruzeiro pode até perder por um gol de diferença que se classifica para a decisão.


fonte: globo