Jogador era considerado o centro do planejamento da diretoria para 2012
Ninguém esconde, no Grêmio, a frustração com o silêncio público de Douglas e de seus representantes. Ao final de outubro, quando a diretoria tricolor intensificou a montagem do elenco para a próxima temporada, o meia era considerado protagonista: em torno dele seriam posicionados reforços com virtudes que privilegiassem o estilo do "Maestro".
À época o diretor-executivo Paulo Pelaipe chamou Douglas de "inegociável", dando fim a boatos sobre uma eventual investida corintiana para contratá-lo.
- O jogador é inegociável. Ele está nos planos para 2012. Não iremos vender o jogador. Ele só sairá do Grêmio se algum clube depositar a multa rescisória (R$ 50 milhões). Não temos nenhum interesse. Já estamos tratando de uma prorrogação de seu contrato. O presidente Paulo Odone quer fazer uma equipe forte, competitiva - disse o dirigente.
O mesmo pensava o treinador Caio Júnior, que falou sobre Douglas ao chegar em substituição a Celso Roth, poucos dias depois do final do Campeonato Brasileiro:
- É um jogador extremamente técnico, do passe qualificado. Joga em zona restrita do campo. É preciso ter um sistema que o favoreça.
Mas o vínculo de Douglas se encerra em dezembro de 2012, o que lhe permitira assinar pré-contrato com qualquer outro clube a partir de junho. Temendo ver seu camisa 10 deixar o Olímpico sem um ressarcimento à altura, a diretoria procurou Douglas e seus empresários por duas vezes, desde setembro, oferecendo aumento salarial expressivo, e propondo uma renovação até 2014.
Douglas, entretanto, recusou ambas. Seus empresários limitam-se a dizer que o jogador vai se reapresentar normalmente em 04 de janeiro. Internamente, ele teria revelado aos dirigentes que pretende sair, seduzido pelo assédio corintiano, e por sondagens do Palmeiras.
Esta indefinição provocou mudanças no planejamento tricolor. Douglas não é mais considerado "inegociável", tampouco centraliza a montagem do time para 2012. Se não renovar contrato, não vestirá a camisa tricolor na próxima temporada, treinando separado do grupo principal com os "exilados" - jogadores fora dos planos - à espera de propostas que cheguem nos dois milhões de euros estabelecidos pelo Grêmio como meta para liberá-lo.
- Não iremos deixar o jogador no Grêmio até junho/julho, assinar pré-contrato e sair de forma gratuita do Grêmio. É evidente que estamos atentos. Aguardamos uma posição do jogador e do seu representante. A proposta é valorizar para colocar o Douglas entre os salários top do clube. Se não der, vamos tomar as medidas de proteção para o Grêmio. Ele não joga em 2012 no Grêmio se não renovar. O jogador foi valorizado, e muito bem valorizado, na proposta - justificou Pelaipe.
fonte: globo
