Diretoria, comissão técnica, jogadores e psicólogos já vinham alertando lateral-direito por conta de comportamento intempestivo em partidas da Libertadores
Por Fred Huber e Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
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Edílson em jogo contra o Unión Española: Botafogo em alerta (Foto: EFE)
Uma expulsão anunciada. Era questão de tempo. Esses eram os pensamentos de muitos dos integrantes de diretoria e comissão técnica do Botafogo em relação a Edílson. A falta de controle emocional do lateral-direito, principalmente nas partidas da Libertadores, teve seu ápice na última quarta-feira. No mesmo lance, o camisa 3 levou o cartão amarelo e em seguida vermelho, aumentando um prejuízo que já era grande quando Bolívar foi punido pelo árbitro na derrota por 2 a 1 para o Independiente Del Valle, no Equador. O clube vai avaliar a situação do jogador e analisar a possibilidade de uma multa.
Diretoria e comissão técnica ainda observarão com calma o lance da expulsão de Edílson para analisar se o cartão vermelho foi mais uma falha do árbitro Manuel Garay ou uma consequência do desequilíbrio do jogador. No Botafogo, entretanto, não faltaram tentativas de corrigir esse comportamento, já que existia o temor de ocorrer exatamente o ocorreu: uma expulsão que prejudicaria o Alvinegro num momento importante da Libertadores.
Psicólogos, diretores, técnico e jogadores. Todos já vinham conversando com Edílson para que ele atuasse de forma mais tranquila em campo. Até porque os dois cartões amarelos que o lateral-direito havia recebido até o jogo contra o Independiente ocorreram em lances que chamaram a atenção pela violência. Contra o Deportivo Quito, no jogo de volta da fase prévia, Edílson deu uma entrada considerada criminosa em Estupiñan no início do segundo tempo. Contra o Unión Española, o lateral acertou a cabeça de Jaime numa dividida ainda na primeira etapa.
SAIBA MAIS
Após a partida, o técnico Eduardo Hungaro admitiu que a situação de Edílson mereceria uma atenção especial e, dependendo da análise do lance, haveria uma conversa. O capitão Jefferson também reconheceu a importância de que a equipe do Botafogo tenha tranquilidade em campo para superar as adversidades características da competição.
- Não sabemos o que houve lá na roda. Vamos ver, o Hungaro disse que vai ouvir o Edilson sobre o que ele fez. Claro, com um a menos é difícil, com dois, fica quase impossível resistir a uma pressão como a que eles fizeram. Na Libertadores tem que ter cabeça fria, no lugar, porque é difícil jogar com dois a menos - disse o goleiro alvinegro.
FONTE: GLOBO