segunda-feira, 24 de março de 2014

Atuações: seleção carioca tem zaga vascaína e dupla Walter e Alecsandro

Confira a equipe formada por jogadores de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco que tiveram as maiores médias na avaliação do GloboEsporte.com durante o estadual

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Rio de Janeiro
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Fred e Jefferson da seleção brasileira, Lodeiro da uruguaia, Cáceres da paraguaia, González da chilena e Erazo da equatoriana não tiveram vez na seleção dos melhores do Campeonato Carioca. Alguns por terem feito poucos jogos, como por exemplo o goleiro brasileiro e o meia uruguaio. Outros por terem vivido fase ruim em seus clubes, como foi o caso do centroavante titular de Felipão e do zagueiro do time principal do Equador. De todos os selecionáveis que disputam o estadual do Rio de Janeiro, apenas o uruguaio Martín Silva integra a equipe, formada por jogadores que tiveram as maiores médias nas notas dadas pelo GloboEsporte.com até a 15ª rodada. As avaliações foram feitas apenas com atletas de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, já que os clubes de menor investimento não recebem notas individuais, apenas uma análise geral da atuação. Há também a necessidade de um mínimo de seis partidas disputadas na Taça Guanabara, equivalente a 40%, mesma regra do Troféu Armando Nogueira durante o Brasileirão.
SELECAO_Carioca_2014 (Foto: Infoesporte)
Flamengo e Vasco têm o maior número de representantes na seleção, com quatro jogadores cada um. Campeão da Taça Guanabara, o Rubro-Negro conta com pelo menos um atleta de cada setor: defesa, meio de campo e ataque. Já o Cruz-Maltino, dono da zaga menos vazada do estadual com 11 gols sofridos em 14 jogos, concentra todos os seus candidatos no campo defensivo. O Fluminense vem logo depois com dois destaques ofensivos, enquanto o Botafogo, único dos grandes que não se classificou para a semifinal e que jogou a maior parte das partidas com um time reserva, tem só um entre os melhores.
O craque do campeonato é o rubro-negro Alecsandro, vice-artilheiro do estadual com nove gols e média de 6,75 em oito partidas. O centroavante superou o goleador Edmílson, que já balançou a rede dez vezes em 14 jogos. Porém, o homem gol vascaíno viveu mais altos e baixos durante a competição e terminou a Taça Guanabara com média inferior, de 6,29.
GOLEIRO: A PAREDE HUMANA
O único gringo da seleção tem nome e sobrenome: Martín Silva solucionou de vez os problemas na meta vascaína e conquistou a torcida. Na estreia, antes mesmo de ter uma atuação de destaque, os vascaínos já começaram a gritar o nome do novo ídolo. O início do goleiro no clube foi realmente animador, com quatro notas 7 na sequência. Depois, viveu altos e baixos e expôs o que talvez seja sua única deficiência: as saídas do gol nas bolas aéreas. O arqueiro passou por alguns momentos irregulares, com notas entre 5 e 6, mas nas últimas rodadas se recuperou. Nem mesmo o período afastado dos treinos para acompanhar o nascimento prematuro da filha Pilar no Uruguai atrapalhou a sua forma. Contra o Fluminense, operou milagres e foi o melhor em campo com 8 em sua avaliação e média de 6,41 (veja lances do goleiro no vídeo acima).
Outros goleiros:
Jefferson (Botafogo): média 7,17 / 3 jogos
Helton Leite (Botafogo): média 6,40 / 5 jogos
Paulo Victor (Flamengo): média 6,17 / 3 jogos
Felipe (Flamengo): média 6,0 / 11 jogos
Diego Cavalieri (Fluminense): média 5,90 / 15 jogos
Diogo Silva (Vasco): média 5,88 / 4 jogos
Renan (Botafogo): média 5,86 / 7 jogos

ZAGUEIROS: A REGULARIDADE EM DUPLA
Eles simplesmente formam a zaga menos vazada do Carioca, com 11 gols sofridos em 15 jogos. Juntos, disputaram dez partidas pelo Vasco com 66,6% de aproveitamento. Contratado no início da temporada, Rodrigo transmitiu para os companheiros e torcedores a experiência e tranquilidade que sequer Cris, com bagagem na seleção brasileira, conseguiu no ano passado. Além de se destacar na marcação, o zagueiro é opção nas cobranças de falta com sua pancada de perna direita. Não teve notas abaixo de 6 e possui média de 6,21. Luan também se destaca nos desarmes e nas bolas aéreas. O jovem defensor, de apenas 20 anos, teve a maioria de suas notas entre 6 e 6,5 e também a média de 6,21 (veja lances da dupla no vídeo acima).
Outros zagueiros:
Chicão (Flamengo): média 6,50 / 4 jogos
Dória (Botafogo): média 6,17 / 6 jogos
Samir (Flamengo): média 6,13 / 8 jogos
Wallace (Flamengo): média 5,88 / 8 jogos
Rafael Vaz (Vasco): média 5,75 / 4 jogos
Bolívar (Botafogo): média 5,67 / 3 jogos
Leandro Euzébio (Fluminense): média 5,67 / 3 jogos
Elivélton (Fluminense): média 5,62 / 13 jogos
André Bahia (Botafogo): média 5,50 / 8 jogos
Gum (Fluminense): média 5,46 / 14 jogos

LATERAIS: OUSADIA E PRODUTIVIDADE
As laterais são as donas das médias mais baixas da seleção. Os jogadores do setor foram os que mais oscilaram, o que não impediu atuações de destaque em algumas rodadas. É o caso de Léo Moura. O ala do Flamengo começou o estadual com notas 6 e 6,5 e depois caiu para 5 e 5,5. Mas também ganhou 7 contra o Resende, quando deu um chapéu espetacular e criou a jogada de um dos gols. O camisa 2 ainda mostrou ousadia em dribles no clássico com o Botafogo e boas participações defensivas, fechando com média 6,06. Do outro lado do campo, o destaque foi Marlon. Cara nova do Vasco na temporada, o lateral teve um início discreto, mas melhorou rápido com direito a gols e participações em outras jogadas que terminaram com a bola na rede. Vinha bem, com notas 6,6 e 7, quando se machucou e ficou fora do time por sete rodadas. Na volta, foi mal no clássico com o Fluminense e virou alvo de reclamação da torcida. Mas sua média ainda é boa, de 6,13 (veja lances da dupla no vídeo acima).
Outros laterais:
Edílson (Botafogo): média 6,88 / 4 jogos
Julio Cesar (Botafogo): média 6,63 / 4 jogos
Léo (Flamengo): média 6,38 / 4 jogos
Diego Renan (Vasco): média 6,0 / 8 jogos
André Santos (Flamengo): média 5,94 / 8 jogos
Carlinhos (Fluminense): média 5,89 / 9 jogos
André Rocha (Vasco): média 5,81 / 13 jogos
Bruno (Fluminense): média 5,77 / 13 jogos
Lucas (Botafogo): média 5,75 / 4 jogos
João Paulo (Flamengo): média 5,58 / 6 jogos
Junior Cesar (Botafogo): média 5,50 / 7 jogos

VOLANTES: TOQUES REFINADOS
O argentino Bolatti pode dizer que foi um dos poucos a aproveitar a chance de jogar o Carioca pelo Botafogo. Novidade alvinegra para 2014, o volante se destacou nos jogos pelo time B e mostrou vocação ofensiva. Ele já sofreu e converteu pênalti e apresentou bons lançamentos. Começou voando desde que estreou na quarta rodada, com notas 7,5 e 8, só que na reta final alternou entre 5 e 6, mas manteve a média alta em 6,30. Ao seu lado na seleção está Muralha, do Flamengo. Apesar de ser muito contestado pela torcida, o volante foi um dos destaques do time no estadual, principalmente no quesito visão de jogo, com lançamentos e passes imprevisíveis. Mostrou personalidade para arriscar jogadas que muitas vezes deram certo. Foi mais discreto no início, com notas 5 e 6, mas cresceu de produção na reta final, subindo para 7 e 8. Sua média ficou em 6,36 (veja lances da dupla no vídeo acima).
Outros volantes:
Marcelo Mattos (Botafogo): média 6,25 / 4 jogos
Cáceres (Flamengo): média 6,21 / 7 jogos
Jean (Fluminense): média 5,97 / 15 jogos
Aranda (Vasco): média 5,92 / 12 jogos
Gabriel (Botafogo): 5,83 / 6 jogos
Valencia (Fluminense): média 5,83 / 9 jogos
Fellipe Bastos (Vasco): média 5,79 / 12 jogos
Diguinho (Fluminense): média 5,73 / 11 jogos
Guiñazu (Vasco): média 5,73 / 11 jogos
Pedro Ken (Vasco): média 5,59 / 11 jogos
Amaral (Flamengo): média 5,50 / 6 jogos
Airton (Botafogo): média 5,25 / 8 jogos

MEIAS: PRECISÃO E HABILIDADE

Decisivos em determinados momentos para seus clubes, Conca e Elano formam a meia da seleção do Carioca. O argentino do Fluminense retornou este ano ao time e manteve seu status de ídolo da torcida com grandes atuações. Foi o jogador que teve mais notas altas do estadual, com 7, 7,5, 8, 8,5 e até um 9 no clássico contra o Flamengo, com direito a drible desconcertante e criação das jogadas dos gols. Apesar da queda de produção que sofreu nas últimas rodadas, com 5,5 e até 4,5 diante do Vasco, manteve a média alta de 6,58. Elano vem logo depois. Também cara nova no Rubro-Negro, viveu um começo encantando os torcedores, com gol, assistências e bons rendimentos de 7,5 e 8. Só que foi outro a apresentar uma queda, chegou a ganhar 5,5 diante do Fluminense, mas se reabilitou com notas 7. Sempre se mostrou ótima opção nas bolas paradas e sua média é de 6,71 (veja lances da dupla no vídeo acima).

Outros meias:
Jorge Wagner (Botafogo): média 6,80 / 5 jogos*
Lodeiro (Botafogo): média 6,38 / 4 jogos
Gabriel (Flamengo): média 6,33 / 12 jogos
Douglas (Vasco): média 6,25 / 8 jogos
Zeballos (Botafogo): média 6,17 / 3 jogos
Montoya (Vasco): média 6,17 / 9 jogos
Wagner (Fluminense): média 6,14 / 11 jogos
Bernardo (Vasco): média 5,95 / 10 jogos
Everton (Flamengo): média 5,83 / 6 jogos
Mugni (Flamengo): média 5,83 / 6 jogos
Chiquinho (Fluminense): média 5,61 / 14 jogos
Carlos Eduardo (Flamengo): média 5,38 / 4 jogos

* Fora da disputa por não atingir o número mínimo de jogos.
ATACANTES: CATEGORIA E GOLS

Eles deixaram Edmílson, artilheiro do Carioca, no banco da seleção estadual. Recém-chegados e mesmo sem o status de titular garantido em seus clubes, Walter e Alecsandro roubaram a cena no quesito atacantes do campeonato. O tricolor demorou a estrear para perder peso. Só começou a jogar a partir da sétima rodada, de cara virou xodó da torcida e já marcou seis gols. Embora tenha ido mal em duas rodadas com nota 5,5, já ganhou quatro 7,5 e tem média de 6,72. Outro que vive bom momento com as redes é Alecsandro. Na teoria, o centroavante chegou ao Flamengo para fazer sombra a Hernane, mas na prática brilhou mais que o titular e é o artilheiro do time com nove gols. Também esteve mal em duas rodadas, com um 5 e outro 5,5, mas já levou dois 8 contra o Boavista e Resende. Sua média é de 6,75 (veja lances da dupla no vídeo acima).

Outros atacantes:
Reginaldo (Vasco): média 6,42 / 6 jogos
Ferreyra (Botafogo): média 6,38 / 4 jogos
Michael (Fluminense): média 6,36 / 7 jogos
Edmílson (Vasco): média 6,29 / 14 jogos
Everton Costa (Vasco): média 6,25 / 6 jogos
Hernane (Flamengo): média 6,14 / 7 jogos
Fred (Fluminense): média 5,89 / 9 jogos
Wallyson (Botafogo): média 5,80 / 5 jogos
Henrique (Botafogo): média 5,79 / 12 jogos
Paulinho (Flamengo): média 5,67 / 6 jogos
Rafael Sobis (Fluminense): média 5,64 / 14 jogos
FONTE: GLOBO