Mais experientes do elenco, lateral-direito e zagueiro têm agora a missão de comandar um elenco que passa por mudanças e continua muito pressionado
As maiores estrelas foram embora, e a responsabilidade de liderar um grupo em transformação está nas mãos dos “velhinhos” do Corinthians. Depois que Roberto Carlos e Ronaldo disseram adeus, caberá ao lateral-direito Alessandro e ao zagueiro Chicão, novo capitão, "chefiar" o elenco e recolocar o Timão no caminho dos títulos. Mais que isso, fazer a equipe suportar a pressão da torcida, ainda insatisfeita desde a eliminação na fase prévia da Taça Libertadores.
Alessandro e Chicão são os remanescentes do início da “era Andrés Sanches” no Corinthians. Contratados no fim de 2008 por indicação do técnico Mano Menezes, os jogadores são os últimos titulares, ao lado de Dentinho, que enfrentaram a crise de disputar a Série B de 2008 e viveram o ápice com os títulos do Paulistão e da Copa do Brasi de 2009.
- Responsabilidade todo mundo tem que ter. Temos mais tempo de clube, vamos ser cobrados por isso e vamos cobrar para que todo mundo tenha responsabilidade dentro de campo. Temos que fazer o que o Tite pede e dividir com o grupo para que (a cobrança) não caia em um ou outro – afirmou Chicão, novo capitão alvinegro após a aposentadoria do Fenômeno.
Apesar da presença de Roberto Carlos e Ronaldo, Alessandro e Chicão sempre tiveram bastante força no grupo e, em muitas vezes, tinham a missão de acalmar os ânimos dos companheiros. O ex-capitão William, que abandonou a carreira em dezembro e agora é gerente de futebol, era o responsável por negociar as premiações com a diretoria.
Alessandro não acredita que os jogadores que seguem no clube sentirão a ausência dos pentacampeões e pede que todos no grupo assumam a responsabilidade de fazer o Timão brigar pelos títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil.
- Costas largas o Ronaldo e Roberto têm muito. Mas nós também temos que ter. Todo mundo tem que ter responsabilidade. A repercussão é muito grande em perder dois jogadores no nível deles. Eu, Chicão e outros chegamos aqui na expectativa de apresentar um bom futebol e correspondemos. Os novos também têm essa mesma ideia, de ser titular, trabalhar bastante e buscar a titularidade. Precisamos ter confiança um no outro – completou.FONTE: GLOBO