terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ratinho, Pirulito, Coala... Papai Joel batiza 'filhos' com apelidos inusitados

Treinador brinca com jogadores do Botafogo e afirma que prática deixa ambiente de trabalho mais leve

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Alguns jogadores Joel Santana trata como filhos. Mas no momento de se referir a outros, tem uma maneira muito curiosa de tratá-los. Nas conversas informais do dia e dia e muitas vezes nas palestras que precedem os treinos, é comum ver o comandante do Botafogo recorrer a apelidos para chamar ou brincar com alguns de seus atletas.

Os nomes têm origens e critérios variados. Alguns são criados pelos jogadores e rapidamente adotados por Joel. Outros, o próprio treinador cria, como forma de brincadeira. Em relação à semelhança física, os recém-contratados Lucas, João Filipe e Márcio Azevedo se tornaram Ratinho, Pirulito e Varejão (em referência ao jogador de basquete Anderson Varejão), respectivamente. O meia Bruno é chamado de Coala. Existem ainda os apelidos que se referem a características dos jogadores. Alessandro ganhou o nome Professor, pela experiência, e Caio virou Bip Bip (em referência ao personagem de desenho animado Papa Léguas) por causa da velocidade.

Desde o ano passado, o atacante Alex é chamado de Esperança, por se tratar uma promessa que, na visão do treinador, despontaria em 2011. O também homem de frente Willian, de 20 anos, ganhou o apelido de Sorriso logo em seus primeiros treinos nos profissionais, no fim de 2010. Joel Santana também não deixa Márcio Rosário em paz. Além de Caveirão, o batizou de Charmoso e Cheiroso.

- Eu brinco com o Rosário porque ele faz um estilo. Esses apelidos são um hábito antigo meu, fiz isso em outros clubes. Serve para descontrair o ambiente e tornar o trabalho mais prazeroso. Eu coloco pilha e eles caem. Quando digo que um errou na mão de tinta no cabelo, por exemplo, no dia seguinte ele aparece mudado - diverte-se Joel.

Os jogadores também garantem levar a brincadeira na boa. O meia Bruno, por exemplo, confessa nem ligar mais para o apelido que ganhou.

- Essa história de Coala é coisa do Loco Abreu e do Joel. Não ligo, mas em campo quero ser conhecido somente como Bruno mesmo - disse, sem esconder o sorriso.
FONTE: GLOBO