Ronald Julião, do arremesso de disco, e Rafael Alarcón, do squash, são os
primeiros a notar mudança de cor e dizem que situação é inédita na carreira
Foi-se o tempo em que as medalhas dos Jogos Pan-Americanos eram feitas de ouro, prata e bronze puros. Atualmente, todo o esforço dos atletas é recompensado com um objeto banhado nestas cores. E apenas cinco dias depois do fim das competições em Guadalajara, alguns atletas brasileiros se depararam com uma situação inusitada: suas medalhas de bronze estão perdendo a cor.
O primeiro a apontar o problema foi Ronald Julião, terceiro colocado no arremesso de disco. Ele foi premiado no dia 24 de outubro e, em sua volta ao Brasil, dois dias depois, notou que a coloração da medalha estava completamente diferente de quando a recebeu.
- Quando eu voltava do México, ela já estava começando a manchar. Achei que fosse só a minha, que fosse descuido meu. Mas comentei com outros atletas, e todo mundo está tendo esse problema. Para alguns ela está descascando, para outros com mancha. Aí fiquei mais tranquilo.
Julião revela que esta é uma situação inédita na sua carreira. Ele lamenta a situação e diz que nem em torneios menores isso acontece. Porém, passada a chateação inicial, procura brincar com o fato.
- Nunca havia presenciado isso. Uma competição simples não tem medalhas que mancham. Como é que uma medalha de Pan-Americano mancha? Para piorar, minha mãe tentou limpar e ficou mais feio. Como fiquei a um centímetro do segundo lugar, acho que a medalha está mudando de bronze para prata.
Outro a constatar esse problema foi Rafael Alarcón, bronze no squash. Ele confessou não ter percebido a mudança inicialmente e só se deu conta depois que tirou o cordão da medalha.
- A única parte que ainda está com a cor original é a que fica coberta pelo cordão. O resto está prateado. Nunca tinha vivido isso.
Aparentemente, o problema aconteceu apenas com as medalhas de bronze. As de prata e ouro que foram vistas pela reportagem não sofreram qualquer tipo de alteração.