sábado, 21 de junho de 2014

Vexames ou vagas sofridas: a história da Itália nas Copas se repete

Precisando de empate contra Uruguai, Azzurra acumula seis eliminações na primeira fase e classificações dramáticas que viraram títulos

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Recife, PE
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Não há Copa do Mundo sem o sofrimento dos italianos. Parece um calvário. A tetracampeã tropeça em adversários menores, não joga bem e muitas vezes nem consegue passar pelos grupos. Nada mudou em 2014. Depois de um início animador com a vitória sobre a Inglaterra, a Azzurra corre o risco de voltar para casa pela sétima vez ainda na primeira fase ou conseguir mais uma dramática classificação, daquelas que a impulsionam para o mata-mata. 
Balotelli Costa Rica x Itália (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Balotelli se desespera ao desperdiçar ótima chance de marcar contra Costa Rica (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)


Em 20 edições da Copa do Mundo, a Itália acumula alguns vexames que colaboraram e muito para a fama de sofredora. Bicampeã em 30 e 34, a Azzurra teve uma sequência difícil de decepções. Ela caiu ainda na primeira fase em 50, 54, 62, 66 e 74 – não disputou em 58. 


Isso se repetiu recentemente. Vencedora em 2006, a Itália caiu logo de cara em 2010, na África do Sul. Com praticamente o mesmo time de quatro anos antes, os europeus fracassaram em um grupo relativamente fraco, com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia. Foram dois empates e uma derrota.
Um alento é que, às vezes, o sofrimento tem um final feliz. Em 82, ano do tri, a Azzurra começou o Mundial sem dar muita esperança para a torcida. A classificação veio com três empates, contra Polônia, Peru e Camarões. No entanto, embalou na fase seguinte, eliminando o favorito Brasil e conquistando o título diante da Alemanha.  
Em 94, quando ficou com o vice, o início também foi desanimador: derrota para a Irlanda, vitória sobre a Noruega e empate com o México. A vaga nas oitavas só veio graças ao regulamento, que classificava quatro equipes que ficassem em terceiro na chave. Depois, só o Brasil parou a Itália na final.

Já em 2006, o caminho até o quarto título teve um momento de preocupação na fase inicial. Depois de uma vitória sobre Gana na primeira rodada, a Azzurra tropeçou nos Estados Unidos com um empate, mas se salvou batendo a República Tcheca. 

Sossego mesmo, os italianos só tiveram em 78 e 90, quando venceu as três partidas dos grupos. O título, porém, não veio. Na primeira, terminou em quarto. Na segunda, ficou em terceiro.

O drama se repete em 2014. A inesperada derrota para a Costa Rica deixou a Azzurra pressionada. Ela precisa de um empate contra o Uruguai, terça-feira, às 13h, em Natal, para continuar sonhando com o penta. Caso contrário, fará os números de decepções aumentar.

fonte: globo