Ano promete ser agitado por conta do pleito que acontecerá em dezembro. Ex-vice de futebol em 2009, Marcos Braz será candidato de oposição
Por Janir Júnior
Rio de Janeiro
O ano de 2012 será quente para o Flamengo com a disputa da Libertadores. O time fará sua estreia na fase classificatória no dia 25 de janeiro, contra o Real Potosí. Fora de campo, a temporada também promete ser um caldeirão na Gávea. Motivo: o Rubro-Negro viverá um ano eleitoral, e a oposição começa a trabalhar para tentar derrubar a presidente Patricia Amorim do trono. A dirigente buscará a reeleição.
O primeiro adversário já conhecido é Marcos Braz, vice-presidente de futebol na conquista do hexacampeonato, em 2009. Recentemente, o dirigente chegou a ser sondado para assumir um cargo no departamento, mas nada evoluiu. Braz também tentará a eleição para vereador, pelo PSB, mesmo partido de Romário. Ele deixará para homologar sua chapa na corrida presidencial do Flamengo no última dia: 30 de setembro.
Em abril de 2010, Patricia demitiu Marcos Braz do cargo de vice de futebol juntamente com o técnico Andrade.
O pleito só acontecerá em dezembro, mas a política sempre fervilhante da Gávea promete esquentar ainda mais. Outros possíveis adversários ainda não estão definidos, mas nos bastidores as diversas correntes políticas já preparam suas estratégias.
Em um almoço de fim de ano entre conselheiros rubro-negros houve forte pressão para Márcio Braga se candidatar, mas muito dificilmente ele deverá topar encarar o seu sétimo mandato. Da última vez que foi eleito, em 2006, Márcio seguiu no cargo até o início de 2009, quando pediu afastamento por conta de problemas de saúde. Delair Dumbrosck assumiu e posteriormente foi derrotado por Patricia nas urnas.
Um consenso entre adversários políticos de Patricia é que dessa vez a oposição não deverá se dividir tanto, pois eles analisaram que erraram na última eleição, quando Patricia foi eleita relativamente com poucos votos. Os opositores acreditam que se tivessem se unido conseguiriam eleger um candidato.
Candidata da Chapa Branca em 2009, Patricia Amorim foi a primeira mulher eleita para comandar o Flamengo, com 792 votos, contra 699 de Delair Dumbrosck, que ficou na segunda posição. Clóvis Sahione ficou em terceiro, com 388 votos, Plínio Serpa Pinto foi o quarto (311), Pedro Ferrer teve 89 e terminou em quinto, enquanto Lysias Itapicurú acabou em último (49). Na ocasião, foram contabilizados 14 votos brancos e nulos.
Na análise de quem vive o dia a dia do clube, os resultados do futebol - se não forem trágicos - pouco influenciam na eleição. Como apenas os sócios têm direito a voto e Patricia fez grande reformas na sede da Gávea, com melhorias em toda estrutura para os associados, ela entra como favorita ao pleito.
fonte: globo