quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Batido em Leverkusen, Simeone deve trocar "estilo Libertadores" na volta

Cholo promete apostar na "tranquilidade", mas cutuca alemães e defende destempero de assistente, que chutou placa de publicidade em discussão com técnico adversário

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Leverkusen, Alemanha


Atlético de Madrid fez cera desde o começo do jogo contra o Leverkusen, em duelo de ida das oitavas de final da Champions. Na beira do gramado o tempo inteiro, Simeone não parou de pilhar seus jogadores, e acabou até envolvido em uma briga, ao lado de seu auxiliar Burgos, com o Roger Schmidt, técnico adversário.

Não adiantou. Os colchoneros foram dominados por um leve e ofensivo Leverkusen. A principal jogada do time, nos lançamentos longos para Mandzukic escorar de cabeça e a briga pelo rebote, como previsto por Schmidt na véspera, não funcionou. A pressão dos alemães prevaleceu, e assim o time conseguiu uma surpreendente vitória diante dos atuais vice-campeões.

A confusão entre as comissões técnicas foi o símbolo do descontrole do Atlético, que ainda teve Tiago expulso nos minutos finais da partida. Do outro lado do campo estava o brasileiro Wendell, que falou sobre a confusão.

Simeone Leverkusen x Atlético de Madrid  (Foto: Reuters)Simeone foi uma figura central na derrota do Atlético em Leverkusen (Foto: Reuters)

- Eu não vi muito porque estava concentrado, só prestei atenção quando a torcida começou a vaiar. Não sinto saudades, mas estou acostumado com esse clima, tive uma Libertadores pelo Grêmio antes de vir para cá - comparou.

A identidade argentina do Cholo costuma funcionar de maneira positiva, mas desta vez não ajudou a equipe. O zagueiro Miranda foi reservado ao falar sobre o assunto e saiu em defesa de seu comandante:

- O Simeone é um grande treinador que joga junto com a equipe - comentou.

Com a cabeça mais fria, o técnico falou sobre o assunto. Também não entrou em detalhes sobre a confusão, que teve como foco uma discussão de Burgos com Schmidt, mas defendeu seu assistente. Para o jogo da volta, dia 17, no Vicente Calderón, ele estuda uma mudança de postura e apostará na "tranquilidade".

- Eu vou embora da Alemanha feliz. Tivemos de fazer duas mudanças no primeiro tempo por lesão (Saúl e Siqueira) e ficamos com um a menos por 20 minutos. Me dá a sensação que nos deixaram com vida porque outro rival talvez tivesse apertado mais - cutucou o argentino.

FONTE: GLOBO