Treinador do Atlético-MG isenta goleiro Victor de culpa na estreia da Libertadores, não gosta da produção da equipe no segundo tempo contra o Colo Colo
Não foi a estreia que Levir Culpi esperava na Libertadores. Nem tanto pelo resultado, derrota por 2 a 0 para o Colo-Colo-CHI, mas sim pela maneira como o Atlético-MG se comportou em campo. Para o treinador, faltou o falado espírito de Libertadores, que exige jogadores mais ligados, e com vontade de ganhar a cada dividida. De acordo com o treinador, o segundo tempo evidenciou ainda mais esta situação, e nem mesmo a clara falha de Victor ganhou status de fundamental para o tropeço na estreia da Libertadores de 2015.
Segundo Levir, o time teve uma atuação razoável no primeiro tempo, mas muito ruim nos 45 minutos finais.
- Teve momentos distintos. O primeiro tempo foi equilibrado e dentro daquilo que se esperava. Mas não esperava uma produção tão baixa como tivemos no segundo tempo. É isso, não estamos no espírito ainda da competição.
SAIBA MAIS
Questionado sobre a tentativa de melhoria com as alterações na etapa final, Levir voltou a criticar o espírito da equipe.
- Diria até que o primeiro tempo foi bom, equilibrado. Tivemos oportunidade para fazer e o time estava equilibrado em campo. Esperava mais movimentação no segundo e não sei se foi o gol que tirou um pouco da confiança dos jogadores. Mas o que achei que foi fundamental na coisa foi o espírito, não gostei, não é esse o espírito da competição.
Veja outros trechos da entrevista do treinador:
Levir Culpi orienta o time na estreia do Galo na Libertadores 2015 (Foto: Agência AFP )
Conclusão com a derrota
- Libertadores você tem que se preparar porque é um campeonato diferente, não é parecido com o regional, com o Campeonato Brasileiro, é um campeonato entre países. O nível de competitividade tem que ser maior do que foi esse. Nosso time tem isso, mas não demonstramos.
Favoritismo atrapalhou?
- Absolutamente. Procuro cuidar muito desse aspecto, e a verdade ficou aí. Mas foi bacana, o importante da derrota é isso, mostrar que não somos muito bons e isso pode melhorar.
Falha de Victor foi fundamental para derrota?
- Não penso assim. O Victor está cansado de fazer milagres que nos salvam. No jogo passado ele fez uma defesa que acho que foi a melhor dos últimos tempos. Isso faz parte do jogo. Com o resultado de derrota tivemos que forçar mais e isso talvez tenha desestabilizado um pouco o time.
Time mesclado no estadual?
- A partir de agora vamos conversar com o departamento médico e o pessoal da fisioterapia. Vamos medir as possibilidades físicas para depois escalar o time.
Como encarar o Atlas-MEX?
- Acho que o time tem que entrar com outro espírito. Saber jogar nós sabemos e no primeiro tempo, taticamente, se desenvolveu tranquilamente. Mas acho que o espírito foi o fundamental.
FONTE; GLOBO