sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sem brasileiros, Fifa anuncia 15 meias candidatos à seleção do ano

Nomes como James Rodríguez, Toni Kroos, Di María e Schweinsteiger estão na lista

Por 
Zurique, Suíça
A Fifa divulgou nesta sexta-feira a lista de 15 meio-campistas que concorrem à escolha da seleção do ano pela entidade. No grupo não há brasileiros, mas nomes como James Rodríguez, do Real Madrid, destaque na Copa do Mundo, e os alemães Toni Kroos, Özil eSchweinsteiger, campeões por sua seleção. A Espanha é o país com mais representantes, com quatro: Xavi, Iniesta, Xabi Alonso e Fàbregas. 
Uma das ausências notáveis é a de Franck Ribéry, que esteve na seleção da Fifa no ano passado e ganhou o prêmio de melhor jogador da Europa em 2013. Xavi e Iniestaforam os outros escalados anteriormente.
Além de James e Kroos, outros dois jogadores foram escolhidos pela primeira vez: o francês Pogba e o argentino Di María
A seleção da Fifa é decidida por profissionais do futebol através de formulários distribuídos aos afiliados aos sindicatos vinculados ao FIFPro em 70 países. A equipe será armada no 4-3-3 e sua divulgação completa acontecerá no dia 12 de janeiro, durante a cerimônia que também revelará o vencedor da Bola de Ouro. 
Seleção Fifa meias (Foto: Divulgação)Meias escolhidos pela Fifa para concorrerem na seleção do ano (Foto: Divulgação)

Confira a lista completa:
Xabi Alonso (Bayern de Munique)
Ángel Di Maria (Manchester United)
Cesc Fàbregas (Chelsea)
Eden Hazard (Chelsea)
Xavi Hernández (Barcelona)
Andrés Iniesta (Barcelona)
Toni Kroos (Real Madrid)
Luka Modric (Real Madrid)
Mesut Özil (Arsenal)
Andrea Pirlo (Juventus)
Paul Pogba (Juventus)
James Rodríguez (Real Madrid)
Bastian Schweinsteiger (Bayern de Munique)
Yaya Touré (Manchester City)
Arturo Vidal (Juventus)

FONTE: GLOBO

Erros, acertos e legado para Eurico: Rodrigo Caetano analisa temporada

Antes de nova despedida, marcada para sábado, dirigente faz balanço sobre o ano: comemora novo acesso à Série A, lamenta perda do Carioca e admite 'erro' na Segundona


Rodrigo Caetano - Vasco (Foto: Paulo Sérgio/ LANCE!Press)
Se somar a primeira e a segunda passagem, Rodrigo Caetano conviveu em quatro dos últimos seis anos no Vasco. Neste período, talvez poucas pessoas tenham participado mais do dia a dia do clube. Entre erros e acertos, ele se despede novamente do clube com mais um acesso à Série A, ainda que diante de campanha muito inferior à de 2009.
Na noite da última quinta-feira, no dia que foi confirmado oficialmente o desligamento do Cruz-Maltino, o dirigente recebeu a reportagem do LANCE!Net, no CFZ, e fez um balanço sobre esta nova passagem. Admitiu que montou um elenco “diferente” do perfil da Série B, mas ressaltou o trabalho conduzido na temporada e garantiu que a próxima gestão, de Eurico Miranda, terá um legado já iniciado.
ANÁLISE DA TEMPORADA
"Quando fui convidado para vir, o objetivo era participar de uma remontagem de um time para levar o Vasco à Série A. Foi alcançado. Mas tínhamos como meta conquistar a Série B e também o Carioca. E o Estadual foi até mais frustrante, principalmente da forma como foi, porque nos foi tirado. Sabia que seria um ano duro, mas aos poucos montamos uma equipe que se não foi a dos sonhos do torcedor, nos representou bem e deu o acesso. Na parte administrativa, reduzimos a folha pela metade e vamos entregar com uma brecha boa no orçamento para a gestão que vai assumir."

ERROS E ACERTOS
"Daquilo que foi possível, fizemos a montagem do elenco com nomes consagrados e conseguimos nosso objetivo. A sobrevivência financeira foi muito pelas pessoas que aqui trabalharam nesse período. Ercolino de Luca (vice de futebol), Cristiano Koehler (diretor geral), foram fundamentais. Acho que talvez o que tenha faltado é uma equipe com perfil diferente para a Série B. Formamos um time altamente técnico que enfrentou problemas por ser um campeonato diferente. Tem algumas coisas a serem corrigidas, mas estou fazendo a transição com o José Luis Moreira, que é meu amigo."

VAIAS E DIFICULDADE NO ACESSO
"Primeiro que o Vasco ficou 28 rodadas em 38 no G4, sendo que muitas vezes foi vice-líder. Mas é claro que tínhamos que estar mais na frente, buscar o primeiro lugar. Isso não é justificativa. Sobre as vaias, acredito que esse espírito do torcedor está relacionado a uma segunda queda em cinco anos. A manifestação após o jogo é legítima. O que não concordo é com o conteúdo e com xingamentos."

SAÍDA DE ADILSON BATISTA
"Aquele jogo com o Avaí foi um ponto fora da curva. Perder daquele jeito em casa... O que muitas vezes foi mal interpretado é que falaram que eu poderia ser contra A, B ou C. Na verdade, sou contra mudança de técnico. Acredito que tudo se resolve com correção interna, diálogos. Mas o Adilson tomou aquela decisão que não invalida a participação dele. Em relação ao Joel, a chegada sempre surge de alguém, mas quem contrata é o clube e ele foi um nome de consenso entre todos nós."

JOEL SANTANA
"É aquela situação. A ideia sempre surge de alguém, mas quem contrata é o clube. O Joel foi um nome de consenso, da mesma forma como foi assim na manutenção do Adilson no meio do ano. Não quero personalizar a escolha de ninguém, assim como a opção pelos jogadores foi de toda a diretoria."

VAZAMENTO DE VÍDEOS
"Que eu tenha identificado, não. Houve um desconforto, claro, por ter sido algo que fugiu dos padrões, daquilo que pregamos e determinamos. Mas todos os jogadores tiveram a devida cobrança e não fizemos questão de identificar os culpados. Viramos a página, pois o compromisso maior era subir. Foi um caso isolado e considero muito pouco para praticamente 12 meses de trabalho ao longo da temporada."

REUNIÃO COM EURICO
"Todos sabem que tive algumas situações que se tornaram públicas de consultas ao longo do ano. Tive até chance de sair do Vasco porque não tenho multa com o clube, mas meu compromisso era terminar o que foi iniciado, recolocar o time na Série A. Quando houve a definição política, aguardei o contato. Agora, o clube vai enfrentar outra realidade e aí foi questão de escolha. Portanto, foi acordada a minha saída e vou começar a pensar no meu futuro em breve. Tenho excelente relação com o José Luis Moreira, conheço alguns que estão entrandol e tenho respeito pelo Eurico, algo que sei que é recíproco."

TRANSIÇÃO
"É evidente que estou passando todas as informações a eles. Minha obrigação é passar o diagnóstico e tudo o que estou falando será considerado por eles. Tenho conversado diariamente com o José Luis Moreira, que é umamigo, e passado todas as informações necessárias. Da mesma forma que muitos jogadores encerram contrato no fim do ano, outros tantos nós renovamos e ampliamos os vínculos, principalmente os mais jovens. Esse ativo fica no clube. Divisão de base trabalhou muito bem nesse período e temos de enaltecer. Estamos conversando muito e acredito que algum legado ficou."

RELAÇÃO COM A TORCIDA
"No Grêmio, até por conta da minha infação, onde fui atleta e frequentei o clube, a relação também é muito boa e estreita com os torcedores. Em relação ao Vasco, me identifico muito mais porque em todos os momentos de dificuldades recentes eu estava aqui. Fui chamado para trabalhar duas vezes e consegui o acesso. Além disso, teve título inédito de Copa do Brasil, vice brasileiro, boas campanhas, como na Sul-Americana. Acho que quanto mais o torcedor está sofrido, mais carece de profissionais e jogadores que se identifiquem. Por onde eu passo tenho bom relacionamento, carinho e gratidão com os torcedores. Eles percebem meu comprometimento elevado. Isso me deixa muito feliz."

ATÉ BREVE
"É difícil projetar o futuro, mas o Vasco é um clube que me acolheu duas vezes e deu visibilidade e reconhecimento. Agora vou seguir meu caminho e mantenho respeito por todos aqui de dentro. Só espero que se um dia acontecer essa volta, seja como foi em 2009 e 2014."


FONTE: LANCE 

Boca perde pênalti-relâmpago. River Plate vence o rival e vai à final da Copa Sul-Americana

Goleiro Barovero salva o atual campeão argentino após penalidade assinalada com 19 segundos de jogo. Millonarios enfrentam o Atlético Nacional na decisão do torneio


River Plate x Boca Juniors (Foto: Juan Mabromata/AFP)
Um pênalti marcado com poucos segundos de jogo. Mas o Boca Juniors não aproveitou a chance de ouro deixada pela segundo Superclássico da semifinal da Copa Sul-Americana. O River Plate, ao contrário, cresceu, despachou o rival por 1 a 0, se garantindo na final do torneio, nesta quinta-feira, no Monumental de Núñez. Na Bombonera, na semana passada, os gigantes não saíram no zero.
Invicto, o atual campeão argentino enfrentará o Atlético Nacional, da Colômbia a partir da próxima quarta-feira. O time portenho decide em casa.
O relógio não tinha dado a primeira volta no ponteiro e o Boca Juniors já tinha um pênalti para bater. Gigliotti foi para a cobrança. Herói, o goleiro Barovero fez a defesa que mudou os rumos do clássico.
Gigliotti deve ter cruzado com um gato preto ou passado debaixo de uma escada antes de colocar os pés no Monumental. O atacante do Boca Juniors ainda perderia duas chances claras, na frente do gol. Para piorar, quando acertou, teve o gol mal anulado pelo árbitro Germán Delfino.
E MAIS

O River Plate, num dos seus poucos momentos de perigo do primeiro tempo abriu o placar numa jogada bem ensaiada. Vangioni apareceu na esquerda e rolou para o meio. Pisculichi emendou numa finalização certeira.
Perigoso no primeiro tempo, o Boca Juniors não conseguiu mais pressionar o rival na segunda etapa. A equipe visitante foi se perdendo em faltas duras e substituições desesperadas.
Com espaço, o River melhorou e trabalhou no corredor cedido pelo adversário. No final, foi só esperar o apito final e soltar a euforia contida com a primeira série vencida sobre o Boca em mata-matas.



FONTE; LANCE

Retrato do futebol paulista: ano sem títulos pela primeira vez na história

LANCE!Net mostra que a era profissional nunca vivenciou um ano como 2014, ouve a opinião de especialistas e tenta mostrar razões e perspectivas da decadência local


Gabriel Carneiro 28/11/2014 - 07:31 São Paulo (SP)
Em 2012, cada grande paulista ergueu pelo menos uma taça - Corinthians (Libertadores e Mundial), Palmeiras (Copa do Brasil), Santos (Paulistão e Recopa) e São Paulo (Sul-Americana). Em 2013, só um deles, o Corinthians (Paulistão e Recopa). Já neste ano, a eliminação do São Paulo, nos pênaltis, na Copa Sul-Americana, marca a primeira vez na história do futebol do Estado em que os grandes sairão sem títulos, já que o Ituano foi campeão estadual em cima do Santos, justamente o grande que chegou mais perto de uma conquista.
O Campeonato Paulista já teve anos atípicos desde a profissionalização do esporte, na década de 30, e da fundação da Federação Paulista de Futebol, em 1941. A questão é que algum clube do Estado sempre "salvou" os grandes no Brasileirão. Em 1986, quando a Inter de Limeira surpreendeu em cenário estadual, o São Paulo foi campeão brasileiro sobre o Guarani. Quatro anos depois, em 90, foi a vez do Bragantino ser campeão paulista e o Corinthians do Brasileirão. O São Caetano foi campeão paulista de 2004, sob o comando de Muricy Ramalho, mas o campeão nacional foi o Santos.
E MAIS:

Já o Ituano ganhou as edições do Paulistão de 2002 e 2014, mas na primeira o São Paulo foi campeão do "Supercampeonato paulista", o Corinthians da Copa do Brasil e o Santos do Brasileirão. E na segunda vez é que a história foi escrita.
Em um ano marcado pela hegemonia mineira graças aos títulos da Copa do Brasil (Atlético-MG) e do Brasileirão (Cruzeiro), o futebol paulista ficou pelo caminho. Já garantiu uma vaga na Libertadores com o São Paulo e ainda deve assegurar outra o Corinthians, mas a falta de títulos é notável. Por isso, o LANCE!Net ouviu de seus colunistas opiniões e perspectivas de futuro para os clubes do Estado. Além disso, relembra o drama da Portuguesa e a única chance de um paulista ser campeão em 2014: a Ponte Preta.
PROBLEMA DOS PAULISTAS É A GESTÃO, diz Amir Somoggi, consultor de marketing
"Esses times se vangloriam quando são campeões e atingem melhores contratos de patrocínio e renda, e obviamente tudo piora quando as conquistas não vêm. Mas os paulistas têm mídia, torcida, e dificilmente uma temporada sem títulos afeta tanto os negócios. Mas deixa claro um elemento: como os clubes estão sendo mal geridos. Um título valoriza a marca, passa imagem positiva para o mercado, bônus de patrocinadores, receita com bilheteria... Mas é necessário ter eficiência na gestão desses recursos, e os paulistas têm ineficiência nisso. O São Paulo, por exemplo, monta times caros e nem por isso têm bom desempenho. A dupla mineira consegue mais com muito menos".
VACAS MAGRAS E CLUBES POBRES, diz Mauro Beting, colunista do LANCE!
"O futebol dos principais clubes do Estado de São Paulo está perdendo a Lusa, não está achando o Palmeiras nem na própria casa, está perdendo dinheiro e tempo no Santos. O São Paulo trouxe muita gente, mas ainda não refez a hora. O Corinthians ganhou uma bela casa. Mas ainda não sabe como pagar. Embora tenha sabido remontar o time. Vacas magras e clubes pobres".
LIBERTADORES É POUCO, diz Rafael Bullara, editor do LANCE!
"A não presença de paulistas na Libertadores deste ano após 15 temporadas foi o primeiro sinal de que algo estava fora do eixo no futebol do Estado. A confirmação veio com a ausência de taça entre os grandes. Para piorar, o Palmeiras ainda corre sério risco de rebaixamento enquanto o Santos fez mais um ano de mero coadjuvante no torneio nacional. São Paulo e Corinthians vão "salvar" a temporada com a classificação para a competição continental de 2015, mas é pouco se comparado aos altos investimentos".
HÁ UMA PIORA GENERALIZADA NO NÍVEL, diz João Carlos Assumpção, editor do LANCE!
"Essa temporada sem títulos, para mim, é algo circunstancial. O Corinthians tem um time forte, vai para a Libertadores, o São Paulo perdeu a Sul-Americana, mas deve ficar em segundo no Brasileiro e o Santos está em período de renovação, busca o futuro. O que me preocupa é o Palmeiras, que vive uma crise que não é de hoje, e todos os outros. Há uma piora generalizada no nível do futebol paulista, e o campeonato estadual só mostra isso com o título do Ituano. São Paulo e Corinthians têm perspectivas para a temporada 2015".
DECADÊNCIA LEVA A PORTUGUESA À SÉRIE C EM 2015:
A perda de quatro pontos por conta da escalação irregular do meia Héverton, no Brasileirão de 2013, rebaixou a Portuguesa para a Série B e causou revolta em seus torcedores. Mas, dentro de campo, o time paulistano não conseguiu se recuperar e terminará a Segunda Divisão nacional em último – foram cinco trocas de técnico e só 25 pontos de quatro vitórias, 13 empates e 20 derrotas. A Lusa foi campeã da Série A2 do Paulistão em 2014 e, por essa razão, disputará a elite estadual na próxima temporada. No segundo semestre, entretanto, precisará disputar a Série C do Brasileiro indicando uma decadência impensável para o time que terminou 2013 em 12º lugar.
PONTE PRETA É A ÚNICA CHANCE DE TÍTULO DO FUTEBOL PAULISTA:
A eliminação do São Paulo nas semifinais da Copa Sul-Americana acabou com as chances de um grande paulista ser campeão em 2014. No entanto, uma força emergente do interior é o único que ainda tem esperanças de levantar uma taça: a Ponte Preta. Atual vice-líder da Série B do Campeonato Brasileiro, a Macaca tem 68 pontos, dois a menos que o Joinville, e enfrenta o Náutico neste sábado, fora de casa, pela última rodada. Os catarinenses, por sua vez, têm duelo contra o Oeste, em Itápolis, e o empate garante o título fora de casa. Curiosamente, a Ponte caiu junto com a Portuguesa em 2013.


FONTE:  LANCE

Luan vinga foguetório cruzeirense com título: "Mais pilhado ainda"

Um dia depois de ganhar Copa do Brasil, com medalha no peito, atacante do Galo pede desculpas a torcedores rivais por dizer que Cruzeiro treme contra o Atlético

Por Belo Horizonte

Luan parece a personificação daquela imagem, comum em filmes americanos ou desenhos animados, do anjinho e do diabinho soprando orientações diferentes no ouvido do protagonista. No dia seguinte à conquista da Copa do Brasil sobre o Cruzeiro, a impressão é de que um deles diz ao atacante: “Pare com isso, menino, não fique cutucando o rival”. E que o outro discorda: “Continua! Continua! A torcida adora isso, cara!”. Fato é que Luan, encerrada a partida desta quarta-feira, disse que a Raposa treme quando enfrenta o Atlético-MG. Também é fato que, horas depois, com a medalha de campeão pendurada no pescoço, ele se diz arrependido pela provocação. Será?
O lance é que Luan estava bufando de vontade de vencer o Cruzeiro. Por todos os motivos gerais que fazem um jogador querer bater o rival, mas também por uma razão particular. É que como o Galo aboliu a concentração para seu elenco, os atletas dormem em casa nas vésperas de partidas. E cruzeirenses aproveitaram a situação para soltar fogos na residência do atacante. Luan entrou em surto. Afinal, é pai de Lara, uma bebê de cinco meses que teve o sono prejudicado pelo barulho.

- Algumas declarações minhas foram um desabafo. Jogaram muitos fogos na frente da minha casa na terça-feira. Tenho uma criança pequena. Fiquei muito chateado. Isso me deixou mais pilhado ainda – disse o jogador.

Luan Atlético-MG, medalha Copa do Brasil (Foto: Alexandre Alliatti)Luan beija medalha de campeão da Copa do Brasil um dia depois da conquista (Foto: Alexandre Alliatti)

Foi por isso que Luan disse que o Cruzeiro treme diante do Galo – foram sete clássicos em 2014, e a Raposa não venceu. Estava soltando sua irritação. Mas também houve outro elemento: declarações de jogadores cruzeirenses incomodaram o atleticano.
FONTE: GLOBO

"Novo Diego Costa", brasileiro faz sucesso na Espanha e quer Seleção

Jonathas, artilheiro do Elche na temporada com seis gols, vê similaridade com craque do Chelsea: "Temos a cabeça quente". No entanto, quer brilhar vestindo a amarelinha

Por 
Elche, Espanha
Goleador, forte e temperamental. As palavras poderiam facilmente descrever Diego Costa, craque do Chelsea e ex-Atlético de Madrid. Só que atualmente, na Espanha, têm sido mais atribuídas a outro jogador: Jonathas, brasileiro, 25 anos. O atacante do Elche já marcou seis gols no Campeonato Espanhol, e seu estilo tem chamado a atenção da mídia espanhola, que o compara com o famoso jogador, hoje naturalizado e centroavante da seleção do país.


O jeitão vem desde pequeno, quando entrou no Cruzeiro, aos 10 anos de idade. Com 1,90m, Jonathas era o mesmo menino briguento, dentro e fora de campo. Sua infância, em Betim (MG), foi um pouco conturbada, como ele mesmo descreve, e influenciou sua forma de ser. Quando nasceu, o atleta foi adotado por Dona Olívia, uma conhecida de sua mãe, porque a família biológica não tinha condições de criá-lo. Falecida há dois anos, sua mãe de criação não conseguiu ver de perto o sucesso do filho, mas ainda é um dos principais incentivos para o que Jonathas tem conseguido dentro de campo.

- Eu sinto muita falta dela. Sou muito grato por tudo o que fez por mim, desde quando me levou em um campo de futebol pela primeira vez até o apoio que me deu para sair do Brasil. Talvez nada disso estivesse acontecendo na minha vida agora se não fosse por ela.

A saída do país natal foi precoce. Recém campeão da Copa São Paulo de 2007 pelo Cruzeiro, ele recebeu uma proposta do AZ Alkmaar, fez as malas e foi jogar na Holanda. De lá, passou por quatro clubes menores na Itália, até chegar ao Elche no início desta temporada. Depois de passear pela Europa, ele parece ter encontrado seu caminho. Atualmente é o segundo brasileiro com mais gols no Espanhol, empatado com Léo Baptistão, do Rayo Vallecano, e atrás somente de Neymar.

- O pessoal tem me comparado com o Diego Costa mesmo. Tem gente no clube que já trabalhou no Atlético e diz que somos muito parecidos dentro e fora de campo. Muito "cabeça quente". Me irrito com coisas que não deveria, mas isso também me ajuda a chegar mais perto da perfeição no que busco.

Jonathas, o novo Diego Costa (Foto: Cassio Barco)Jonathas, o novo Diego Costa (Foto: Cassio Barco)

Embora se descreva como "um cara bem chato", Jonathas vive um momento de paz e evolução nessa parte. A estabilidade na vida pessoal influencia bastante. Agora, além da esposa Camila e da sogra Sônia, ele vive também com um dos melhores amigos, Bruno, com quem jogou nas categorias de base do Cruzeiro.

- Esse daí tem jeito mais esquentado porque é muito competitivo. Se um dia receber uma chance na Seleção, agarra e não solta nunca mais - aposta Bruno, que deixou a academia que montou em Belo Horizonte para morar na Espanha e treinar o amigo diariamente - o Elche treina somente em um período e os dois fazem complementos por conta própria pela tarde.

A obsessão de Jonathas pelo sucesso é grande. Guardadas as devidas proporções, lembra craques como Cristiano Ronaldo. Assim como o português, quando volta para casa sem marcar gols, o brasileiro diz que fica sem comer, dormir, e admite que acaba até descontando para cima da família e dos amigos. Se pudesse aceleraria tudo tudo para alcançar seu sonho, que é um pouco diferente do caminho que tomou seu espelho, Diego Costa.

Jonathas, o novo Diego Costa (Foto: Cassio Barco)Jonathas aproveita a rotina em Elche (Foto: Cassio Barco)
- Meu sonho mesmo é o Brasil, jogar com a Seleção. Estou trabalhando forte. Sei que primeiro tenho que me destacar aqui na Espanha para um dia ter uma oportunidade.

Enquanto busca sua próxima grande meta, Jonathas ainda comemora a última vitória conquistada, que descreve com a maior de sua vida. O jogador se tornou pai de uma menina, há dois meses. A mais nova moradora da casa tem o ajudado a se concentrar e se manter mais calmo - embora a ideia de ver a filha o namorar, mesmo ainda tão cedo, já comece a mexer com ele mais uma vez: "Esse genro vai olhar pra mim e dar meia volta", brinca.

Alice entrou no gramado no último jogo do Elche nos braços do pai. Em campo, Jonathas foi o autor do gol de empate no 2 a 2 contra o Córdoba, ainda que a noite não tenha sido de tanta festa, e sim de passar em claro de novo, já que o atacante não se perdoou por ter perdido um pênalti no início do jogo. Nesta sexta-feira, ele terá outra chance de mostrar seu valor, para a torcida do Elche, para Alice, e para Dunga. Jonathas está escalado para o jogo contra o Real Sociedad, fora de casa, pela 13ª rodada do Espanhol.

Jonathas, o novo Diego Costa (Foto: Cassio Barco)Jonathas com a filha Alice e a família (Foto: Cassio Barco)FONTE: GLOBO