sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Luan vinga foguetório cruzeirense com título: "Mais pilhado ainda"

Um dia depois de ganhar Copa do Brasil, com medalha no peito, atacante do Galo pede desculpas a torcedores rivais por dizer que Cruzeiro treme contra o Atlético

Por Belo Horizonte

Luan parece a personificação daquela imagem, comum em filmes americanos ou desenhos animados, do anjinho e do diabinho soprando orientações diferentes no ouvido do protagonista. No dia seguinte à conquista da Copa do Brasil sobre o Cruzeiro, a impressão é de que um deles diz ao atacante: “Pare com isso, menino, não fique cutucando o rival”. E que o outro discorda: “Continua! Continua! A torcida adora isso, cara!”. Fato é que Luan, encerrada a partida desta quarta-feira, disse que a Raposa treme quando enfrenta o Atlético-MG. Também é fato que, horas depois, com a medalha de campeão pendurada no pescoço, ele se diz arrependido pela provocação. Será?
O lance é que Luan estava bufando de vontade de vencer o Cruzeiro. Por todos os motivos gerais que fazem um jogador querer bater o rival, mas também por uma razão particular. É que como o Galo aboliu a concentração para seu elenco, os atletas dormem em casa nas vésperas de partidas. E cruzeirenses aproveitaram a situação para soltar fogos na residência do atacante. Luan entrou em surto. Afinal, é pai de Lara, uma bebê de cinco meses que teve o sono prejudicado pelo barulho.

- Algumas declarações minhas foram um desabafo. Jogaram muitos fogos na frente da minha casa na terça-feira. Tenho uma criança pequena. Fiquei muito chateado. Isso me deixou mais pilhado ainda – disse o jogador.

Luan Atlético-MG, medalha Copa do Brasil (Foto: Alexandre Alliatti)Luan beija medalha de campeão da Copa do Brasil um dia depois da conquista (Foto: Alexandre Alliatti)

Foi por isso que Luan disse que o Cruzeiro treme diante do Galo – foram sete clássicos em 2014, e a Raposa não venceu. Estava soltando sua irritação. Mas também houve outro elemento: declarações de jogadores cruzeirenses incomodaram o atleticano.
FONTE: GLOBO