Força em casa, apoio da torcida, capacidade de contratação, comprometimento tático e aposta em estrutura física ajudam a explicar soberania dos clubes do estado
Os dois últimos anos colocaram Minas Gerais no epicentro do futebol brasileiro. Em 2013: Atlético-MG campeão da Libertadores, Cruzeiro campeão brasileiro; em 2014: Cruzeiro perto do bicampeonato nacional, ambos na final da Copa do Brasil. É um momento histórico para os dois gigantes de Belo Horizonte – e um fenômeno que certamente não é ocasional. Para chegar lá, foram respeitadas algumas leis do futebol, algumas regras que, quando combinadas, aproximam os clubes do mandamento que eles mais buscam: serás campeão.
Abaixo, estão listadas algumas qualidades que, com maior ou menor intensidade, influenciam no sucesso recente dos dois clubes. São apostas em comum de Cruzeiro e Galo: força como mandante, identificação com a torcida, metodologia em contratações, continuidade, aposta em estrutura física, consideração com as categorias de base, confiança em referências dos torcedores, o mínimo de paz política, profissionalização do departamento de futebol e modernidade tática.
Não há nenhuma descoberta da roda nesses elementos. São pontos de conhecimento do universo do futebol. O que tem diferenciado os mineiros de boa parte de seus concorrentes é a capacidade de colocá-los em prática, como observa o técnico do Cruzeiro e ex-profissional do Atlético-MG, Marcelo Oliveira:
- O que acontece é uma combinação de aspectos positivos. São dois clubes tradicionais, de grande torcida, com bons estádios para jogar, com estrutura física muito boa, entre os três ou quatro melhores do Brasil nesse aspecto. Isso gera receita para formar bons grupos de jogadores, bons elencos, e tudo isso aliado a administrações seguras, equilibradas, que investem bem no futebol.
FONTE: GLOBO