Ex-dirigente do Fluminense afirma que esperou até o último momento para colocar o clube das Laranjeiras na Justiça e se diz atingido moralmente
Agência/Fotocom.Net
Depois de dois anos como coordenador de futebol, Branco dá adeus às Laranjeiras
O ex-coordenador de futebol do Fluminense Branco realizou uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, nas Laranjeiras, para explicar os motivos que levaram a diretoria tricolor a optar pela sua saída do clube.
E a principal razão foi a ação judicial que Branco moveu contra o clube por causa de uma dívida que já tem mais de dez anos, no valor de R$ 7,3 milhões: em 1996 o Fluminense não repassou o valor ao então jogador, isso depois de ter recebido o dinheiro da CBF, incluindo o pagamento pelo título da Copa do Mundo de 1994. Ele entrou em acordo, mas nenhuma parcela foi paga.
- A situação jurídica ficou insustentável. Não queria que isso fosse à Justiça e esperei até o último dia. Mas não tive outra alternativa. Demorei dois anos para tomar esta atitude. O dinheiro não era do Fluminense, e eu não sou e nunca fui mercenário – explica.
Na coletiva, Branco não escondeu a mágoa por causa das insinuações de que estaria tirando proveito do Fluminense, uma vez que entrou na Justiça pela segunda vez, penhorando parte dos direitos econômicos dos jogadores Tartá e Maicon.
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Saiba o que Branco falou a respeito de sua saída
MOTIVOS
Estou saindo por um motivo e tenho de deixá-lo bem claro para o torcedor do Fluminense, que sempre me apoiou. Não estou saindo por incompetência ou falta de vitórias. As razões são jurídica e política. Isso que estão falando afeta a minha moral. Tenho família, esposa e dois filhos. A dívida e o processo já existiam antes de me contratarem. Não sou o vilão da história. Tive a boa vontade de sentar, fazer acordo, diminuir a dívida e parcelar. Esse acordo não foi cumprido, e a situação ficou insustentável. Eu entendo o lado do clube, mas as pessoas precisam entender o meu lado também. Fico triste quando colocam as coisas de maneira errada. Mas o Fluminense continua com ou sem o Branco. Moralmente estou sendo afetado. Não estou saindo pela porta dos fundos. Não sou mercenário e nunca fui, mas sempre vou lutar pelos meus direitos.
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Depois de dois anos como coordenador de futebol, Branco dá adeus às Laranjeiras
O ex-coordenador de futebol do Fluminense Branco realizou uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, nas Laranjeiras, para explicar os motivos que levaram a diretoria tricolor a optar pela sua saída do clube.
E a principal razão foi a ação judicial que Branco moveu contra o clube por causa de uma dívida que já tem mais de dez anos, no valor de R$ 7,3 milhões: em 1996 o Fluminense não repassou o valor ao então jogador, isso depois de ter recebido o dinheiro da CBF, incluindo o pagamento pelo título da Copa do Mundo de 1994. Ele entrou em acordo, mas nenhuma parcela foi paga.
- A situação jurídica ficou insustentável. Não queria que isso fosse à Justiça e esperei até o último dia. Mas não tive outra alternativa. Demorei dois anos para tomar esta atitude. O dinheiro não era do Fluminense, e eu não sou e nunca fui mercenário – explica.
Na coletiva, Branco não escondeu a mágoa por causa das insinuações de que estaria tirando proveito do Fluminense, uma vez que entrou na Justiça pela segunda vez, penhorando parte dos direitos econômicos dos jogadores Tartá e Maicon.
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MOTIVOS
Estou saindo por um motivo e tenho de deixá-lo bem claro para o torcedor do Fluminense, que sempre me apoiou. Não estou saindo por incompetência ou falta de vitórias. As razões são jurídica e política. Isso que estão falando afeta a minha moral. Tenho família, esposa e dois filhos. A dívida e o processo já existiam antes de me contratarem. Não sou o vilão da história. Tive a boa vontade de sentar, fazer acordo, diminuir a dívida e parcelar. Esse acordo não foi cumprido, e a situação ficou insustentável. Eu entendo o lado do clube, mas as pessoas precisam entender o meu lado também. Fico triste quando colocam as coisas de maneira errada. Mas o Fluminense continua com ou sem o Branco. Moralmente estou sendo afetado. Não estou saindo pela porta dos fundos. Não sou mercenário e nunca fui, mas sempre vou lutar pelos meus direitos.
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MÁGOAS
Fiquei sabendo da minha saída do clube pelo telefone. Mas isso é normal no futebol. Renato Gaúcho e Cuca também foram comunicados desta forma. Isso não magoa tanto. O que me magoou foi o motivo dado para a minha saída. Se o Fluminense não recebeu pela venda do Thiago Neves, a culpa não é minha. Lutei muito pela permanência dele. Quando foi contratado estava na segunda divisão do Japão. Acreditamos nele. Mas não podemos misturar os lados jurídico e financeiro do clube. Tinha mais um ano de contrato, mas chegou num ponto insustentável na parte política. As pessoas podem até ficar chateadas por eu ser a pedra no sapato deles. Mas comigo as coisas não são apenas sérias, são muito sérias.
ATUAL DIRETORIA
Agradeço e muito a oportunidade que tive de trabalhar como coordenador de futebol. Admiro o presidente Roberto Horcades, que é uma pessoa correta e se portou muito bem comigo nesses dois anos. O doutor Celso Barros me deu muito apoio e um suporte incrível para montar o elenco. Isso foi determinante para as boas campanhas. O patrocinador do Fluminense é o melhor da América do Sul.
DOIS ANOS DE TRABALHO
Foi um trabalho extremamente vencedor, árduo e difícil, mas que compensou. Fico alegre por ter recolocado o Fluminense no cenário internacional, lutando por títulos e sendo uma equipe competitiva. Nesses dois anos foram negociados R$ 18 milhões em transferências, um recorde na história do clube. Jogadores apareceram na vitrine e foram negociados. O clube voltou a ser respeitado.
FUTURO
Já recebi alguns telefonemas, e isso é natural no mundo do futebol. Mas vamos ver o que acontece daqui para frente. O Fluminense me projetou e agora pode estar me lançando para a carreira de dirigente. Vou descansar nessas férias, porque eu mereço, e resolver o meu futuro.
fonte: globo