Atacante acredita ter tomado decisão certa ao trocar Arsenal pelo Shakhtar e diz que ambiente no clube é como no Brasil
Eduardo Silva em ação pelo Shakhtar (Foto: AFP)
Eduardo da Silva ainda era adolescente quando trocou o Rio de Janeiro pela Croácia. Lá virou jogador profissional, naturalizou-se e depois se transferiu para a Inglaterra. Foi somente aos 27 anos que ele sentiu o gostinho de jogar futebol brasileiro. Em Donetsk, na Ucrânia.
- O Shakhtar é a equipe mais brasileira em que já atuei como profissional. São oito jogadores, contando comigo. É por causa do sucesso dos brasileiros que a equipe tem conquistado importantes resultados nos torneios europeus - diz Eduardo, de 28 anos.
Na conta dele estão ainda os atacantes Luiz Adriano e Marcelo Moreno, este com cidadania boliviana, além dos meias Fernandinho, Willian, Douglas Costa, Jadson e Alex Teixeira. É tanta gente que não há espaço para todo mundo no time. Mas Eduardo garante que a disputa pela vaga de titular não influencia no ambiente fora de campo.
- Aqui não tem ciúme, nós somos profissionais e sabemos que cada um está lutando para conquistar seu lugar. Estamos sempre juntos na concentração e nos treinamentos, é como se estivéssemos no Brasil.
Esta é a primeira temporada de Eduardo na Ucrânia. Apesar de ter deixado a Premier League por uma liga menos importante, o atacante acredita ter tomado a decisão certa ao trocar o Arsenal pelo Shakhtar.
- Eu estou me sentindo bem, estou gostando. Eu precisava jogar, então foi melhor para mim a vinda para cá. Mas o futebol aqui é difícil. São todos contra o Shakhtar, todos tentam nos parar, jogam fechados e é complicado encontrar espaço para fazer um gol - afirma.
No ano que vem, enquanto os outro brasileiros do elenco estiverem de férias, Eduardo tem grandes chances de passar o mês de junho novamente na Ucrânia. A seleção croata está em boa situação nas Eliminatórias da Eurocopa. A equipe ocupa o segundo lugar do Grupo F, um ponto atrás da líder Grécia. Mas Eduardo diz que ouve muitas queixas em seu país de adoção.
- Na Croácia, assim como no Brasil, o pessoal parece que nunca está satisfeito. Mas, na minha opinião, estamos bem. Se continuarmos assim, vamos nos classificar para a Eurocopa.
Ao contrário do Brasil, porém, na Croácia ninguém discute se um jogador vai sumir de vista ao se transferir para o Campeonato Ucraniano. Um dos principais nomes da seleção, o atacante do Shakhtar é acompanhado de perto.
- Os torcedores e a imprensa entenderam a minha escolha, a opção que fiz de vir para o Shakhtar. Mas querem sempre me entrevistar, estão sempre de olho. Já vi que os ucranianos são mais tranquilos, mas os croatas são mais quentes, são bem como os brasileiros mesmo.
FONTE: GLOBO