Splitter diz que Magnano deve decidir; Alex Garcia, no entanto, volta a criticar Nenê: 'Em 11 anos, acho que só estivemos no mesmo grupo duas vezes'
A derrota na final para a Argentina pouco importa. Com o sentimento de dever cumprido, a seleção masculina de basquete desembarcou na noite desta segunda-feira, em São Paulo, trazendo o principal na bagagem: a vaga para as Olimpíadas de Londres, no ano que vem. De volta à competição após quatro edições, os jogadores trouxeram no rosto o orgulho da conquista, mas preferiram fugir da polêmica sobre o retorno de Nenê, Leandrinho e Anderson Varejão, que pediram dispensa antes da Copa América.
- Não nos cabe discutir sobre esse assunto. Eles são amigos nossos, mas é o técnico quem deve definir isso. Cada um é livre para dizer o que quiser, mas não é o momento de tomar nenhuma posição. Mas é sempre bom ter o máximo de potência possível, e eles são grandes jogadores - disse Tiago Splitter, único brasileiro da NBA que disputou a competição com a seleção brasileira.
Alex, no entanto, não pensa bem assim. Um dos destaques do Brasil na competição, o armador voltou a dizer que o caso de Anderson Varejão e Leandrinho, que alegaram lesões, são diferentes, mas que não conta com o retorno de Nenê.
- Em 11 anos de seleção, eu acho que só estive no mesmo grupo do Nenê duas vezes. Leandrinho e Varejão são casos diferentes, estavam lesionados. Temos que respeitar o motivo de cada um, mas eu sou só um jogador.
Único brasileiro presente na seleção do campeonato, Marcelinho Huertas também preferiu não comentar a polêmica.
- Não chegamos a conversar sobre isso. Cada um teve o seu motivo. Mas o mais importante é que nós estejamos lá representando o país. Eu não mando em nada, só estou ali para jogar.
Para Guilherme Giovannoni, a decisão precisa ser tomada pela CBB e pelo técnico Rubén Magnano, que ficou na Argentina por conta de suas férias.
- Não conversamos sobre isso. Não cabe a nós decidir nada, mas, sem dúvida, CBB e o Rubén vão tomar a decisão sensata. Como não sou eu quem decide, qualquer coisa que eu falar não terá sentido.
A hora, no entanto, é de começar a pensar na preparação para Londres. A opinião dos jogadores é a mesma: com um bom preparo, a seleção poderá fazer bonito nas Olimpíadas.
- A gente acredita em trabalho duro. Nada vem de graça. Acredito que teremos um ano para nos prepararmos e espero um grupo mais forte, com a volta dos jogadores da NBA – disse Marquinhos.
Grupo para o Pan segue indefinido
Os jogadores também falaram sobre a convocação para o Pan-Americano de Guadalajara, em outubro. Segundo os atletas, Magnano reuniu o grupo para saber quem estaria disposto a disputar a competição. Splitter, que segue sem jogar por seu clube, o San Antonio Spurs, por conta do locaute da NBA, se colocou à disposição.
- Ele me perguntou. Obviamente, o Pan vem fora de hora, mas depende do time liberar ou não. Se eu não tiver oposição nenhuma, quero jogar – afirmou.
Marcelinho Huertas, no entanto, já afirmou que não poderá disputar a competição.
- Para mim é impossível, infelizmente. Ele conversou com todos e eu já expliquei a ele que eu não poderia. Mas espero que o Brasil lute por medalhas lá também.
fonte: globo