Primeira audiência do litígio acontece no TRT do Rio, sem Patricia Amorim. Meia do Galo cobra R$ 55 mi e tentativas recentes de consenso falharam
Por Vicente Seda
Rio de Janeiro
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A primeira audiência do litígio entre Ronaldinho Gaúcho e Flamengo será realizada na manhã desta quinta-feira, na sede do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ). Será uma tentativa de conciliação entre as partes, em duas ações que, somadas, chegam a R$ 55 milhões. O processo com valor de R$ 40 milhões se refere à rescisão unilateral dos contratos de trabalho e de cessão da imagem do jogador, que cobra multa por quebra do acordo. A outra ação busca R$ 15 milhões por danos morais, em função de declarações dadas por dirigentes do clube e que o atleta, hoje no Atlético-MG, considerou ofensivas à sua imagem após sua saída do Rubro-Negro, no dia 31 de maio. A presidente Patricia Amorim não comparecerá à audiência. O departamento jurídico estuda o nome de um representante.
A advogada que está à frente do processo de quebra de contrato é Gislaine Nunes, que atua ao lado de Aldo Giovani Kurle. A ação por danos morais está sob responsabilidade de Sérgio Queiroz. Na última semana, segundo Gislaine, ocorreu a última tentativa de acordo entre as partes antes da audiência. Sem sucesso. Mas a advogada diz considerar possível o consenso. Ronaldinho Gaúcho estará presente no tribunal.
- Será uma audiência de instrução. As partes serão ouvidas, as defesas apresentadas, estaremos todos lá, incluindo Ronaldinho e Assis (irmão e empresário do jogador). Houve várias tentativas de acordo até a semana passada, o que acho até louvável por parte do Flamengo. Se tudo correr bem, acredito que até tenha possibilidade de acontecer - disse Gislaine.
Consultado, o vice-presidente jurídico do Flamengo, Rafael de Piro, preferiu não se pronunciar, alegando que o processo corre sob segredo de Justiça. Limitou-se a dizer que as tentativas de acordo partiram de ambos os lados, e não apenas da Gávea. Se a audiência não levar a um entendimento entre as partes, deverá ser marcado o julgamento do caso.
FONTE: GLOBO