Ex-diretor de Seleções diz que não foi comunicado da demissão de Mano Menezes e que não foi perguntado sobre a contratação de Felipão
Por SporTV.com
Rio de Janeiro
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Andrés Sanches deixou o cargo de diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) chateado com a maneira como foi conduzida a demissão do técnicoMano Menezes. Nesta quarta-feira, ele foi à sede da CBF, no Rio de Janeiro, para entregar a carta de seu desligamento da instituição e explicou os motivos que o levaram a sair. A reclamação principal foi não ter sido perguntado nem sobre a demissão de Mano, tampouco da contratação de Luiz Felipe Scolari, que terá seu anúncio oficial feito nesta quinta-feira.
- Todo mundo já sabe. Eles decidiram mandar o treinador embora sem me comunicar. E me comunicaram só no dia da demissão. Pelo o que a imprensa vem falando e pessoas próximas das pessoas que estão sendo contactadas, eles já tiveram reunião com o outro treinador. Eu estou fora do negócio, então. Não quero ser "rainha da Inglaterra", não preciso me sujeitar a isso, mas saio torcendo muito pela seleção brasileira. Espero que o torcedor, que é o mais importante, esteja ao lado da Seleção independentemente do que acontecer daqui para frente. Vamos torcer junto igual ao torcedor, igual ao brasileiro - disse Andrés.
Andrés foi voto vencido na reunião da última sexta-feira que definiu a demissão de Mano. Segundo o ex-diretor de Seleções, prevaleceu a vontade do presidente José Maria Marin, que queria 'novos métodos' na equipe. O ex-presidente do Corinthians queria a permanência de Mano, porque tanto ele quanto a imprensa e os torcedores viam uma evolução no trabalho do treinador.
- Isso é o que grande parte da imprensa e o torcedor sabe, mas quem define isso aqui é o presidente da CBF. Ele definiu por aquilo (saída do Mano) e temos que acatar - lamentou.
O cargo exercido por Andrés deixará de existir para a volta da função de coordenador técnico. Quem exercerá esse papel será Carlos Alberto Parreira, técnico do tetracampeonato mundial, em 1994, e que também comandou a Seleção na Copa do Mundo de 2006.
