sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Robinho brilha na Vila Belmiro e garante vitória santista sobre o Azulão


Xará do Rei das Pedaladas entra no intervalo, marca dois gols e leva o Alvinegro de volta para o G-4 do Paulistão



Robinho teve uma noite de gala na Vila Belmiro, nesta quinta-feira à noite, quando o Santos venceu o São Caetano por 2 a 0, pelo Paulistão. Calma, torcedor. O Rei das Pedaladas segue lá na Inglaterra, defendendo o Manchester City. Quem roubou a cena dessa vez é o garoto Robinho, que chegou ano passado do Mogi Mirim, teve dificuldades para se firmar por causa de lesões, mas, enfim, aproveitou a chance que ganhou. Ele entrou no intervalo, no lugar de Lucio Flavio, e resolveu um jogo que estava muito complicado para o Alvinegro.

Com o resultado, o Peixe volta ao G-4 do Paulistão. Está em quarto lugar, com dez pontos, empatado com o São Paulo. Já o Azulão, caiu para o sétimo lugar, com nove pontos.

SIMULE A CLASSIFICAÇÃO DO PAULISTÃO NA TABELA DINÂMICA

Azulão domina primeira etapa

Parecia que a história ia se repetir para o Santos. Logo aos dois minutos de jogo, Roni recebeu de Madson, após rápida jogada pela direita, e acertou um chute forte. A bola bateu nas duas traves e não entrou. Contra o Ituano, domingo passado, contra o Ituano, o Alvinegro acertou o poste seis vezes e acabou derrotado. A história iria se repetir?

Para piorar, o São Caetano era melhor: com um trio de volantes, marcava bem no meio-de-campo e pressionava as saídas de bola, provocando erros do Peixe. Entre os 29 e 32 minutos, o Azulão armou uma blitz na área santista e não abriu o placar por muito pouco. Primeiro, numa cobrança de escanteio, Tobi tentou, Marco Aurélio, também. Mas em ambos os lances, Pará, que entrou aos 18 minutos no lugar de Luizinho, machucado, salvou praticamente em cima da linha. Em seguida, Vandinho, mandou uma bomba de fora e Fábio Costa teve trabalho para espalmar.

O Santos estava perdido em campo. Os jogadores não sabiam o que fazer com a bola, porque não havia aproximação, o que provocou vários erros de passe. Madson pegava a bola, procurava alguém para passar e não achava. Lucio Flavio ainda arriscava lançamentos, mas errava demais. Tanto que a torcida começou a pedir a entrada de Molina a partir dos 40 minutos. Leo, que fazia sua re-estreia, mostrava vontade e até chegou à linha de fundo para cruzar, mas não conseguiu dar jeito, pois Kléber Pereira e Roni, isolados um do outro, mal conseguiam o domínio.

O São Caetano, por sua vez, se mostrava muito mais organizado, tocando melhor a bola e envolvendo o Peixe. Dava a impressão de que o time do ABC tinha mais jogadores em campo. Ao final do primeiro tempo, vaias na Vila Belmiro.

Robinho, o outro, resolve para o Peixe

O técnico Márcio Fernandes resolveu atender ao pedido da torcida santista no intervalo, mas parcialmente. Ele tirou Lucio Flavio, que foi muito mal na primeira etapa, e, em vez de colocar Molina, como pedia a galera, resolveu apostar em Robinho, que foi muito bem nos treinamentos durante a semana.

Agência/Agencia Estado
Robinho faz a festa na Vila Belmiro
E o garoto que veio de Mogi Mirim resolveu a parada. Xará do craque que deixou saudades, ele teve uma noite de craque. Com sua entrada, o Peixe melhorou muito. O time passou a ter armação no meio-de-campo. Os volantes tinham opções, já que Robinho se movimentava abrindo espaços. Com o crescimento do Santos, o São Caetano se encolheu e praticamente não ameaçou no segundo tempo.

Robinho começou a brilhar aos 20, quando recebeu bom passe de Roni dentro da área, e bateu de esquerda na saída do goleiro Luiz, abrindo o placar. O Peixe passou a mandar no jogo. Robinho e Madson, apoiados por Roni, trocavam de posições e confundiam a defesa do Azulão. Agora quem estava pedido era o time visitante, que deixou abrir uma clareira em sua intermediária aos 27 minutos. Foi por ali que Robinho entrou livre para receber excelente passe de Madson. O meia teve calma para esperar o goleiro cair e apenas rolou no canto direito.

O clima mudou compleamente na Vila Belmiro. Após um primeiro tempo apreensivo, com vaias, o jogo terminou com aplausos e ola dos santistas. Nem a expulsão infantil de Pará, no último minuto, apagou o brilho da vitória santista. Graças a Robinho.


fonte: globo