segunda-feira, 1 de junho de 2009

Internacional segue 100%, Obina quebra jejum, e Imperador tem reestreia de gala


Reservas do Colorado garantem liderança isolada, e os do Corinthians perdem na Vila. São Paulo vence bem a prévia da Taça Libertadores



A quarta rodada do Campeonato Brasileiro chegou ao fim em um domingo cheio de emoções, e se houve apenas um resultado realmente surpreendente - a derrota do Coritiba para o Goiás no Couto Pereira - alguns personagens ganharam com justiça as manchetes esportivas (assista a todos os 28 gols do fim de semana no vídeo ao lado). Há três rodadas usando uma equipe formada basicamente por reservas, o Internacional tem nos seus coadjuvantes o destaque natural da competição. São eles que vêm mantendo o Colorado na liderança, agora com 12 pontos, três a mais que o Vitória, que derrotou o Grêmio no Barradão.

O clube dá prioridade à Copa do Brasil, o atalho para chegar à Taça Libertadores. Com o caminho sendo bem trilhado no mata-mata - está muito próximo de garantir uma vaga na final, e para isso pode perder para o Coritiba por até um gol de diferença, na próxima quarta-feira, na capital paranaense - o técnico Tite viu a força do seu elenco ficar comprovada mais uma vez na vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, no Beira-Rio. O Inter continua com 100% de aproveitamento e ainda se isolou na ponta do Brasileirão. Além disso, iguala a marca que o Fluminense conseguiu em 2006. Na era de pontos corridos, são as duas únicas equipes que venceram nas quatro primeiras rodadas.

Adriano leva massa rubro-negra à loucura, e Obina finalmente desencanta

Mas se Talles Cunha e Alecsandro, que garantiram mais três pontos para o time gaúcho, ainda não conseguem uma projeção individual, uma estrela de grandeza internacional brilhou no Maracanã. Depois de quase quatro meses longe dos gramados, Adriano se reencontrou com a bola e a torcida do Flamengo. Diante do Atlético-PR, que frequenta a parte de baixo da tabela, o resultado acabou sendo o esperado: mais de 70 mil pessoas foram ao estádio prestigiar o Imperador, que não decepcionou e, atuando os 90 minutos, marcou o segundo gol da vitória do tricampeão carioca sobre o Furacão.

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Outro atacante teve motivos para sorrir, mas a satisfação acabou sendo apenas pessoal. Em sua estreia pelo Palmeiras, Obina, emprestado pelo Flamengo ao clube do Palestra Itália até dezembro, fez as pazes com o gol após um jejum que já durava seis meses. O baiano abriu o placar para o Alviverde contra o Barueri, e Keirrison - que não marcava havia quatro jogos - ampliou, mas a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo perdeu a oportunidade de ganhar moral após o empate em casa com o Nacional, do Uruguai, na partida de ida pelas quartas de final da Libertadores. Alguns minutos de pane, e Pedrão, artilheiro do Campeonato Paulista, tratou de igualar o marcador.

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No Morumbi, o São Paulo teve uma dose extra de fôlego para começar a semana em que decide sua vida na Libertadores. Ironicamente, o teste foi contra o adversário pela vaga nas semifinais do torneio sul-americano. O Cruzeiro, que venceu por 2 a 1 a partida de ida, no Mineirão, foi derrotado por 3 a 0, placar que daria com sobras a classificação aos paulistas - mas para valer mesmo será o confronto na próxima quarta-feira, novamente no estádio do Tricolor. O time de Muricy Ramalho, aliás, voltou ao trilho que leva às vitórias, pois estava há quatro jogos sem saber o que era um resultado positivo.

As atenções no domingo também estavam voltadas para a Vila Belmiro, mas o clássico entre Santos e Corinthians perdeu em sua rivalidade graças à Copa do Brasil. Se do lado do Peixe havia um sentimento de revanche pela perda do título estadual, nas bandas do Parque São Jorge a preocupação é a mesma do Internacional: conseguir chegar à final da outra competição nacional. Sem os titulares, poupados para o jogo de volta contra o Vasco, quarta, no Pacaembu, o Timão foi derrotado por 3 a 1. Os santistas, que nada têm a ver com isso, alcançaram o objetivo de terminar a rodada no G-4.

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Sábado de mais um tropeço do Botafogo no campeonato

Depois de trocar o noticiário esportivo pelo policial, graças à invasão de torcedores nas Laranjeiras, episódio que resultou em agressão no volante Diguinho, aparição do segurança de Fernando Henrique armado no gramado - o goleiro acabou punido com afastamento por uma partida - e jogadores tendo de comparecer à delegacia para depor, o Fluminense não conseguiu trazer um pouco de tranquilidade do Aflitos. Ao permitir o empate do Náutico já nos acréscimos, o Tricolor carioca não afasta a crise, e o técnico Carlos Alberto Parreira terá uma semana de cobranças antes de enfrentar o Botafogo, domingo que vem, no Maracanã.

E os dias que antecedem ao clássico também não serão dos mais leves para o Alvinegro de General Severiano. O treinador Ney Franco havia estipulado uma primeira meta: conquistar sete pontos nas três primeiras rodadas, e o time somou apenas dois. Com três jogos seguidos em casa, incluindo o Fluminense, o segundo objetivo traçado nem chegava a ser tão ambicioso: vencer todos eles e chegar a 11 pontos no Brasileirão. Ney terá de pensar em outro plano. Na reestreia de Lucio Flavio, após uma rápida e apagada passagem pelo Santos, o Glorioso sofreu para arrancar, no Engenhão, um empate em 2 a 2 com o Sport, que chegou a abrir vantagem de dois gols na primeira etapa. As vaias da torcida apenas anteciparam aquilo que o fim da rodada confirmou: o Botafogo voltou à zona de rebaixamento.

Confira como foi a quarta rodada do Brasileirão:

Sábado (30/05)





Domingo (31/05)









fonte: globo