Lateral-direito do Palmeiras comemora bom momento, sonha com retorno à seleção e relembra os sabores de seu país em restaurante
Quando criança, ele dividia o tempo entre as peladas nas ruas de Concepción, cidade a 500 km de Santiago, capital do Chile, os estudos e os trabalhos ora de empacotador, ora de vendedor de sorvetes. Nas brincadeiras, não tinha um ídolo específico ou pensava em ser jogador de um determinado clube. Limitava-se a jogar bola e a observar os goleiros das equipes profissionais. Mas Luis Pedro Figueroa, mesmo sem sonhar, passou pelos dois maiores times do seu país e chegou à equipe nacional. E não como arqueiro...
Entre as camisas da Universidad de Chile e do Colo Colo, Figueroa mata a saudade da sua terra com boa comida em um restaurante na zona oeste de São Paulo
No trajeto entre a sua casa e um restaurante chileno no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, o laretal-direito -que já foi volante- comentou sobre a vida e as diferenças entre Santiago, onde viveu durante o tempo em que defendeu Universidad de Chile e Colo Colo, e a capital paulista, que abriga o seu Palmeiras.
- A cidade é grande como Santiago, mas mais movimentada. Não gosto muito disso. Mas gosto bastante da gente brasileira. São pessoas afetuosas, calorosas. Já consegui perceber isso. Minha família e eu estamos bem adaptados e gostamos de viver aqui. Já até fui ao Parque do Ibirapuera com meus filhos em uma tarde – disse Figueroa, morador da capital paulista desde o início de agosto, ao GLOBOESPORTE.COM.
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Titular pela primeira vez no Palmeiras na partida contra o Atlético-PR, no último sábado, ele também conseguiu marcar seu primeiro gol. No último domingo, no clássico com o Santos, o chileno figurou novamente no time principal. Outra boa atuação e passe para o gol de Diego Souza, na vitória por 3 a 1 sobre os alvinegros. Com isso, ele vem desbancando o até então titular Wendel.
- A escolha é do Muricy. Se ele resolver me escalar, estou preparado. Mas respeito a decisão dele e, principalmente, o Wendel – disse.
Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM
Figueroa: empanadas e humitas ajudam a diminuir a distância entre Brasil e Chile
Entre uma garfada em uma humita (espécie de pamonha, só que salgada) e uma mordida na empanada (o pastel para os chilenos), ele comentou sobre a sua vontade de voltar a vestir a camisa da seleção chilena, comandada por Marcelo Bielsa.
- Tive uma lesão e isso me atrapalhou um pouco, mas espero voltar logo. Se tiver uma boa sequência pelo Palmeiras e ganhar títulos, acho que tenho chances de retornar em breve. A seleção está bem nas eliminatórias (ocupa a terceira posição), apesar de sofrer em alguns jogos. Mas é sempre assim: se não for sofrido, não é o Chile - comentou, olhando para a camisa da "La Roja", que enfeita o salão do restaurante.
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A casa onde encontrou as iguarias de seu país já é conhecida. Em 18 de setembro deste ano, data do aniversário da independência do Chile, Figueroa buscou na internet um local onde pudesse celebrar seu patriotismo e matar a saudade de casa. Encontro no "El Guaton", do compatriota Carlos Felipe, o ponto ideal. Só não esperava uma revelação.
- Nós torcemos para o Figueroa. Para que ele jogue no Corinthians! - afirmou, aos risos, Carlucho.
Espirituoso, Figueroa, o cliente, levou a brincadeira na esportiva.
- Eu estou bem no Palmeiras. Não vamos estragar o almoço - brincou.
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fonte: globo