Associação propõe acordo para solucionar atraso de salários, entre outras reinvindicações. Caso não haja consenso, competição vai parar no dia 16
O Barcelona de Messi pode não fazer o clássico catalão com o Espanyol, pela 33ª rodada, devido à greve dos jogadores
A associação de jogadores de futebol da Espanha (AFE) anunciou nesta segunda-feira, que promoverá uma greve no futebol profissional entre os dias 16 e 19 de abril se não houver um grande pacto que atenda a suas reivindicações. A greve do futebol espanhol afetaria a 33ª rodada da primeira divisão espanhola, que tem jogos como Real Madrid x Valencia e o clássico catalão entre Espanyol e Barcelona.
A nova junta diretora da AFE, que assumiu em 9 de março, explicou por meio de um comunicado que mantém a rodada de negociações e quer um acordo com todos os envolvidos (governo, Liga de Futebol Profissional e Federação Espanhola de Futebol) que satisfaça suas reivindicações.
E as reinvidicações são o pagamento das dívidas da segunda divisão B da temporada 2008/09; o cumprimento das garantias econômicas dos clubes da primeira e segunda divisões declarados em situação de intervenção na administração; e a ampliação da cobertura do fundo de garantia salarial para a segunda divisão B e a criação de um para a terceira divisão. A AFE chegou a cogitar a greve para o próximo fim de semana, coincidindo com o clássico Real Madrid e Barcelona.
- Nossos direitos, garantias e salários devem ser exigidos. A situação atual é a mais difícil dos últimos 20 anos. Somos conscientes de que uma greve não é uma medida positiva, mas também não é a situação de centenas de jogadores que estão há um ano sem receber salários. Por isso, não resta alternativa a não ser forçar o que achamos que é justo: o cumprimento dos acordos assinados até o ano passado - afirma o texto.
A última greve no futebol espanhol aconteceu em setembro de 1984 durante as rodadas do dia 9, que foi disputada com jogadores das divisões de base, e do dia 16, na qual não houve jogos depois que a Justiça proibiu a escalação dos atletas mais novos. Em 18 de setembro, os jogadores puseram fim à greve depois que os clubes acataram seus pedidos, entre elas a cobrança de dívidas, a modificação das normas sobre licenças federativas e a participação dos jogadores nas negociações sobre direitos de televisão.