Apesar de paraibano, relação com o clube pernambucano se intensificou desde a mudança para o Recife, em 1937. Escritor e dramaturgo não resistiu a um AVC
Por Elton de Castro
Recife
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Um dos maiores romances de Ariano Suassuna foi vivido, não escrito. A morte do escritor e dramaturgo, aos 87 anos, põe fim a uma relação de amor que brotou ainda na infância, no início dos anos 30, e o acompanhou pela vida inteira. O Sport Club do Recife foi parte importante da vida do paraibano.
Ariano deu entrada no Hospital Português às 20h desta segunda-feira e passou por uma cirurgia depois de sofrer uma hemorragia cerebral, mas não resistiu e faleceu nesta quarta-feira. A saúde estava debilitada desde agosto de 2013, quando foi vítima de infarto e, posteriormente, aneurisma cerebral.
SAIBA MAIS
Nascido em João Pessoa, mudou-se para o Recife dez anos depois, em 1937. Na capital pernambucana, incentivado pelo irmão Marcos, jogador de basquete do Sport, alimentou ainda mais o sentimento de torcedor nutrido desde menino, no sertão da Paraíba. Nos últimos tempos, costumava aparecer vestido com o tradicional traje vermelho e preto, batizado pelo próprio de “Sport Fino”.
Ariano fazia questão de destacar a importância do clube em sua vida. E não aceitava que alguém colocasse o Sport em segundo plano.
Ariano Suassuna tinha uma relação de amor com o Sport (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)FONTE: GLOBO