Caso série da final contra o Flamengo chegue à última partida, time do Distrito Federal não poderá jogar no Nilson Nelson, palco da confusão
Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do basquete interditou nesta segunda-feira, preventivamente e por tempo indeterminado, o ginásio Nilson Nelson, onde, no domingo, torcedores invadiram a quadra e se envolveram em uma confusão com jogadores do Flamengo após a vitória do Brasília no jogo 3 da final do NBB.
Caso a série chegue à quinta e última partida, o Brasília - vence por 2 a 1 -, terá de jogar em outra cidade, já que a opção no Distrito Federal é o ginásio da ASCEB. A capacidade - de 3 mil pessoas (de acordo com o site oficial do time) -, porém, é incompatível com o regulamento do NBB.
- Aleguei no pedido que houve uma falta de ordem e que o caso é análogo ao do Coritiba na última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado. O ginásio não tem condições de receber uma final. Antes da denúncia ser elaborada, entramos com essa medida cautelar para que o estádio seja interditado imediatamente - explicou o procurador-geral do STJD do basquete, Marcelo Jucá.
A Liga Nacional de Basquete (LNB) marcou para esta terça-feira, às 14h, uma reunião para saber o que será feito caso a série chegue ao jogo 5. Os times farão a partida 4 nesta quinta-feira, às 16h, na Arena da Barra, no Rio de Janeiro.
A LNB enviou o relatório do jogo, a súmula e as provas de vídeo ao procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) designado para a Comissão Disciplinar. A previsão é que o julgamento seja marcado para ainda esta semana.
- O que aconteceu foi um erro sim, que não pode acontecer. Foi um desleixo da segurança que permitiu a entrada de pessoas além das crianças que normalmente entram para pegar autógrafos. Foi uma das coisas mais lamentáveis que já vi. A responsabilidade é de Brasília em termo da segurança. Existe um problema que foi a falta de segurança - disse o presidente da LNB, Kouros Monadjeni.
PMs no corredor de acesso ao vestiário do
Flamengo, no Nilson Nelson (Foto: Danielle Rocha)
Durante a confusão, o pivô Wagner, do Flamengo, foi atingido por uma lata na cabeça e saiu do ginásio com o rosto sangrando. O supervisor do time, André Guimarães, teve de ser levado para um hospital depois de ter sido atingido na barriga por cassetetes e, no rosto, por gás de pimenta, usado para conter a briga.
O diretor de basquete do Flamengo, Arnaldo Szpiro, disse que o time sofreu com péssimas condições desde a chegada a Brasília.
- Sentimos que o despreparo e amadorismo da organização era gritante. Nos treinos, não tinha gelo, não tinha água, não tinha bola. Tive que ligar pessoalmente para o Lula para ele providenciar isso. No jogo anterior, o Marcelinho estava dando entrevista no final do jogo, e tinha dois ou três torcedores xingando ele a três metros de distância. A gente vinha avisando à Liga da falta de organização, da falta de segurança - disse Arnaldo Szpiro.
FONTE: GLOBO