quinta-feira, 27 de maio de 2010

Conheça os dez bigodudos mais marcantes da história das Copas

Do árabe Owairan a Rivellino, veja uma lista com jogadores de bigodes, de todos os tipos e tamanhos, que são sempre lembrados


Em cada edição da Copa do Mundo é possível conhecer diversos jogadores de diversos países. O visual ajuda muito na hora de lembrarmos de alguns deles. Seja por um cabelo diferente ou pela falta do mesmo, pela beleza ou feiúra de um atleta. São diversas referências que se pode ter. E dessa vez, o GLOBOESPORTE.COM escolheu o bigode. A lista traz aqueles jogadores bigodudos que são lembrados por sua grande habilidade, por um momento especial dentro de uma Copa do Mundo ou apenas pelo estilo e densidade do apetrecho que fica sob o nariz.

10 – Na Copa de 94, nos Estados Unidos, a Arábia Saudita, como é de costume, não foi muito longe, sendo eliminada nas oitavas de final. Mas um jogador em especial entrou para a história dos mundiais com um golaço. Saeed Al-Owairan garantiu a vitória sobre a Bélgica ao marcar o único gol do jogo. Um golaço que começou ainda no campo de defesa. Ele avançou deixando vários adversários para trás e chutando na saída do grande goleiro Michel Preud’homme. Foi no dia 29 de junho, no RFK Stadium, em Washington. Owairan ainda esteve em campo em 98, na França. No total, foram seis jogos disputados com duas vitórias e quatro derrotas.

9 – Na década de 80, a lateral-esquerda do Brasil tinha um dono de muito talento. Júnior foi o titular da posição nas Copas de 82, na Espanha e 86, no México. O Maestro cultiva até hoje um bigode de respeito, sempre bem aparado. Em seu segundo mundial, ele ainda adicionou uma barba também muito bem cuidada. Júnior participou de 10 jogos de Copa do Mundo com oito vitórias, um empate e uma derrota. O único gol que marcou foi contra a Argentina, na Espanha em 82, na segunda fase. O Brasil venceu aquele jogo no dia 2 de julho por 3 a 1.

8 – O zagueiro americano Alexi Lalas não chamava a atenção por ser um grande marcador ou ladrão de bola. Seu visual roqueiro, com bigode e uma barba ou às vezes apenas o cavanhaque, era mais chamativo. Mas Lalas, que realmente tocava guitarra e tinha uma banda, não era um péssimo zagueiro, afinal de contas foi à duas Copas do Mundo. Em 94, jogou em casa e ajudou os Estados Unidos a chegarem às oitavas de final. Mas acabaram eliminados pelo Brasil, ao perderem por 1 a 0, gol de Bebeto, no dia 4 de julho. Na França, quatro anos depois, os americanos não passaram da primeira fase, ao sofrerem três derrotas. Lalas disputou ao todo quatro jogos de Copa, vencendo um, empatando outro e sofrendo duas derrotas. Nunca marcou um gol.

7 – O maior jogador africano de todos os tempos não ostentava um bigodão e por isso perde espaço em nossa lista. Se fosse levado em conta apenas o futebol, Roger Milla com certeza teria um lugar de maior destaque nessa relação. Milla é até hoje o jogador mais velho a entrar em campo em uma partida de Copa do Mundo. Em 94, nos Estados Unidos, aos 42 anos e 39 dias, ele ainda marcou o único gol de Camarões na derrota por 6 a 1 para a Rússia. Oleg Salenko fez cinco e Dmitri Radchenko completou o placar para os russos no dia 28 de junho. Milla disputou ainda as Copas de 82, na Espanha e 90, na Itália. Ele também é lembrado pela dança junto à bandeirinha de escanteio depois de marcar um dos gols sobre a Colômbia, nas oitavas de final da Copa de 90 e garantir a vitória camaronesa por 2 a 1. Roger Milla disputou nove jogos de mundiais. Foram três vitórias, três empates e três derrotas com quatro gols marcados.

6 – A seleção holandesa da Copa de 90 tinha diversos craques, mas o meio-campo Ruud Gullit era uma das principais referências. Com muita habilidade, ele comandava toda parte criativa da Laranja Mecânica. Seu bigode era humilde, nada de muito chamativo, ainda mais se comparado ao seu talento. Gullit só disputou a Copa da Itália, na qual a Holanda decepcionou e acabou eliminada nas oitavas de final pela Alemanha, que foi campeã poucos dias depois. A partida no dia 24 de junho terminou 2 a 1 para os alemães, gols de Klinsmann e Brehme com Koeman descontando para os holandeses. Ruud Gullit jogou os quatro jogos daquela campanha, que teve três empates e a derrota para a Alemanha. Ele fez um gol contra a Irlanda no dia 21 de junho, no empate por 1 a 1, ainda na fase de grupos.

5 – Rudi Vöeller foi um atacante de muito sucesso na seleção alemã. Jogou as Copas de 86 no México, 90 na Itália e 94 nos Estados Unidos. Seu bigode, sempre bem cuidado, parecia combinar com seu cabelo loiro e encaracolado. Era sua marca registrada, e que ele cultiva até hoje. Vöeller fez 15 jogos pela seleção alemã em Copas, vencendo oito, empatando quatro e perdendo três. Ele marcou oito gols em mundiais. Sua estreia foi no México, em 86, contra o Uruguai, dia 4 de junho, no empate por 1 a 1. Sua última partida foi na eliminação da Alemanha nas quartas de final da Copa de 94 para a Bulgária por 2 a 1, no dia 10 de julho.

4 – O atacante uruguaio Alcides Ghiggia conservava um bigode charmoso, bem típico da década de 50. Ghiggia entrou para a história das Copas de uma forma triste para o Brasil. Foi ele o autor do gol do títutlo do Uruguai na Copa de 50, na decisão contra o Brasil em pleno Maracanã. Aquela era a primeira vez que uma seleção anfitriã da Copa era derrotada em uma final. Aquele mundial foi o único que Ghiggia participou e fez uma campanha irretocável. Participou dos quatro jogos de sua seleção, dos quais venceu três e empatou um. Ele fez quatro gols na competição, contra a Bolívia, Espanha, Suécia e o Brasil.

3 – Mestre Didi foi um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos. Com um bigodinho bem conservado, ele ditava o ritmo do jogo na seleção nas Copas de 54 na Suíça, 58 na Suécia e 62 no Chile. Didi foi um líder do time brasileiro dentro de campo. Em 15 jogos de mundiais, venceu 11, empatou três e perdeu apenas um, contra a Hungria, nas quartas de final de 54, por 4 a 2. Inventor do chute conhecido como “Folha Seca”, Didi marcou três gols em Copas. Na Suíça, fez um contra o México, na vitória por 5 a 0 e contra a Iugoslávia garantiu o empate por 1 a 1. Em 58, fez um dos gols na goleada por 5 a 2 sobre a França, nas semifinais.

2 – O zagueiro alemão Paul Breitner já merecia um lugar de destaque na lista só pelo bigode avantajado. O estilo dele era ousado e unia as costeletas e o bigode em uma coisa só, lembrando um pouco o estilo do imperador brasileiro Dom Pedro I. Mas Breitner també tem uma campanha de destaque em Copas do Mundo. Ele jogou duas, sendo campeão em casa, em 74 e ficando com o vice, oito anos depois, na Espanha. No mundial da Alemanha, foi ele quem cobrou o pênalti que deu início a reação de sua equipe depois de sair perdendo para a Holanda na decisão, no dia 7 de julho. Gerd Müller fez o gol da virada e do título. No total, Breitner jogou 14 partidas em Copas do Mundo, somando nove vitórias, dois empates e três derrotas. Ele marcou quatro gols com a camisa alemã.

1 – Rivellino jogou três Copas do Mundo pelo Brasil. Em 70, no México, era mais um dos inúmeros craques daquela seleção. Em 74, na Alemanha, era o principal nome do time que acabou ficando na 4ª colocação e na Argentina, em 78, contundido, pouco atuou. Habilidade e talento de sobra e um bigodão de respeito, marca registrada de Rivellino. O ídolo de Corinthians e Fluminense jogou 15 partidas de Copas do Mundo. Conquistou 10 vitórias, teve ainda três empates e duas derrotas. Ele marcou seis gols em suas participações. Seu primeiro gol foi também em seu primeiro jogo: Brasil 4x1 Tchecoslováquia, no dia 3 de junho de 70. O último foi na partida contra a Argentina, no quadrangular semifinal da Copa de 74. A seleção brasileira venceu por 2 a 1 no dia 30 de junho.
fonte: globo