Clube projetou arrecadar em 2011 R$ 22 milhões com publicidade na camisa. Valor pode chegar a R$ 21,8 milhões
Eduardo Mendes
Publicada em 16/08/2011 às 20:59
Rio de Janeiro (RJ)
Depois do acerto do patrocínio master com a Procter & Gamble, o Flamengo encaminhará ao Conselho Fiscal duas propostas de uso de um espaço no ombro da camisa e no calção. Os acordos poderão gerar uma receita de R$ 4,8 milhões até o fim deste ano.
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As novas parceiras são a Mobil, empresa multinacional de petróleo e gás dos Estados Unidos, e a Brasil Brokers, grupo de vendas de imóveis na América Latina.
A primeira terá a marca estampada do lado direito do calção e desembolsará R$ 2,8 milhões ao clube. Já a segunda pagará R$ 2 milhões para usar o espaço do ombro da camisa.
Apesar de boa parte do conselho ser contra o loteamento da camisa, as novas propostas deverão ser aprovadas para cumprir o cronograma traçado para este ano, que previa R$ 22 milhões em arrecadação com publicidade na camisa.
Caso os contratos sejam aprovados, o clube terá uma receita total de R$ 21,8 milhões até dezembro, tendo seis logomarcas expostas em todo o uniforme.
Para 2012, porém, o cenário será diferente. A Traffic, parceira do clube na captação de patrocínios, e a P&G, patrocinadora master até o fim deste ano, desejam exclusividade de marcas na camisa.
OPINE: Você é a favor de que o uniforme do Fla seja 'fatiado'?
A solução, então, seria usar as outras modalidades do clube como receptoras de patrocínios. A sugestão partiu do Conselho Fiscal do clube.
Pelo acordo feito com o Rubro-Negro no início do ano, a Traffic passa a ter lucro a partir de contratos superiores a R$ 30 milhões. O grupo não participou das negociações com a P&G. O acordo foi costurado e intermediado por meio da 9ine, empresa de marketing esportivo de Ronaldo.
Receitas próximas de dois clubes paulistas
Só pelos acordos fechados no segundo semestre, o Flamengo arrecadará R$ 10,8 milhões em quatro meses, o que renderá R$ 2,7 milhões por mês. Proporcionalmente, o valor colocaria o clube na condição de terceiro maior patrocínio do país, sendo superado apenas por Corinthians e São Paulo.
Com R$ 21,8 milhões que entrarão nos cofres do clube até o fim deste ano, porém, o Flamengo irá se tornar o sexto clube do país com a maior receita gerada por meio de patrocínios.
Mesmo antes de acontecer a aprovação dos contratos com a Mobil e a Brasil Brokers nos próximos dias, o clube já recebeu cerca de R$ 6 milhões da Procter & Gamble, dona das marcas Gillette e Duracell, outros R$ 9 milhões do Banco BMG pelo espaço ocupado na manga da camisa e mais R$ 2 milhões da TIM, que estampa a sua logomarca dentro do número.
O Flamengo estava sem patrocínio master desde 31 de janeiro, quando havia se encerrado o contrato do clube com a Batavo.
Maiores patrocínios do futebol brasileiro (total em 2011)
Corinthians
R$ 47,5 milhões - TIM, Fisk e Hypermarcas
São Paulo
R$ 40 milhões - BMG, TIM, Copagaz, Yázigi e Ale
Palmeiras
R$ 30 milhões - Fiat, Skill, TIM e Unimed Seguros
Santos
R$ 25,5 milhões - BMG, Netshoes, Seara e CSU CardSystem
Vasco
R$ 23 milhões - Eletrobras, Banco BMG e Ale
Flamengo
R$ 21,8 milhões - Gillette, Duracell, BMG, TIM, Mobil e Brasil Brokers
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