terça-feira, 31 de julho de 2012

Árbitro de Flu x Atlético-MG relata invasão de campo e arremesso de copo


Rodrigo Braghetto declarou ainda ter sido xingado por roupeiro do Fluminense. Clube ainda não enviou representação

Fluminense x Atlético-MG - Campeonato Brasileiro - Fred (Foto: Alexandre Loureiro) Jogadores do Fluminense reclamaram muito após a anulação do gol de Fred (Foto: Alexandre Loureiro)
LANCEPRESS!
Publicada em 30/07/2012 às 17:59 
Rio de Janeiro (RJ)

As ações relatadas pelo árbitro Rodrigo Braghetto podem complicar o Fluminense. O responsável pelo jogo do último domingo, contra o Atlético-MG, colocou na súmula que houve invasão de campo por parte do roupeiro do Flu, Denílson, após o fim da partida. Além disso, o árbitro paulista contou que um copo com água foi arremessado em direção ao trio de arbitragem - o objeto teria vindo das arquibancadas do Engenhão.
Braghetto ainda relatou que foi xingado por Denílson e que nenhum membro do clube quis identificá-lo, por ordem da diretoria tricolor. O copo d'água lançado no árbitro e no bandeirinha não atingiram ninguém e o torcedor autor da agressão não foi identificado.
Após a partida contra o Galo, o vice-presidente de futebol do Fluminense, Sandro Lima, disse que só não adentrou o gramado porque foi contido. Ainda em entrevista coletiva, declarou que o clube entrará com uma representação junto à CBF e à Comissão de Arbitragem contra o trio do último jogo no Engenhão. Porém, essa medida ainda não ocorreu.
A polêmica toda aconteceu após o bandeirinha Vicente Romano Neto anular erradamente um gol de Fred, que garantiria a vitória sobre o atual líder do Brasileirão. O Flu acabou empatando em 0 a 0.

FONTE: LANCE

Turbulência diária e sobrevivência: Cristóvão se define como equilibrista


Perto de completar um ano à frente do Vasco, técnico acredita estar perto do primeiro título e comemora sucesso do trabalho

Por Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
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cristovao borges vasco treino (Foto: Jorge William / Agência O Globo)
Cristóvão celebra equilíbrio em meio a turbulências
(Foto: Jorge William / Agência O Globo)


As declarações são fortes. Cristóvão Borges fala temendo soar como soberba. Mas a maneira serena de se expressar mostra que tudo não passa de autoconfiança. Perto de completar um ano como técnico titular do Vasco – após substituir Ricardo Gomes, afastado em 28 de agosto por problema de saúde –, o baiano de 53 anos tomou gosto pelo desafio, pela pressão e pelo sucesso. Embora líder de uma campanha quase impecável no Campeonato Brasileiro, ele ainda não é unanimidade no clube, principalmente com a torcida. Em sua trajetória, os bons resultados estão lado a lado com problemas a serem resolvidos.
Cristóvão garante lidar com tudo isso da melhor maneira possível. Mesmo com a saída quase simultânea de Romulo, Diego Souza, Fagner e Allan, ele se orgulha de manter o Vasco competitivo e imune ao que define como “turbulências diárias”. Em pouco tempo como treinador, entendeu que precisa se alimentar das cobranças e responder a elas com bons resultados. Até o momento, sua missão é um sucesso.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Cristóvão admite que temeu pelo seu trabalho com a debandada de jogadores no Vasco. Por outro lado, comemora como um título o que, segundo ele, foram três semanas de provação no momento seguinte à negociação dos quatro jogadores. Por fim, define o seu trabalho à frente de um time de grande expressão.
- Treinador deveria se chamar equilibrista - resumiu.
A habilidade mostrada em pouco tempo de carreira dá a Cristóvão a confiança de acreditar que o carimbo de campeão está perto:
- Se não for agora, vai ser daqui a pouco.
GLOBOESPORTE.COM - O Vasco faz uma excelente campanha no Brasileiro, com sete jogos de invencibilidade e cinco sem sofrer gols, apesar das recentes perdas de jogadores importantes. Como foi possível manter o alto nível?
Cristóvão Borges - Desde o início da temporada venho buscando o equilíbrio da equipe. Sabia que em algum momento isso aconteceria. No fim do ano passado nós trocamos alguns jogadores e chegaram outros com características diferentes. Por isso, o time precisou ser refeito. O Vasco sempre teve vocação ofensiva, mas agora tem mais força física. Aliás, a excelente preparação física é a base dessa reorganização tática. Está ficando do jeito que eu quero.
Que mudanças foram essas?
A Copa Sul-Americana e a Libertadores me confirmaram que havia a necessidade de aumentar nossa dinâmica e a intensidade do jogo. O grande alerta foi ver e jogar contra o Universidad de Chile. Falta essa dinâmica e essa intensidade no futebol brasileiro. Atualmente isso acontece aqui apenas em jogos pontuais. Estou muito feliz, porque os resultados vieram e a equipe se mantém sem levar gols. Um grande teste foi o clássico contra o Botafogo. Foi uma partida de alta intensidade, como imagino que deva ser o futebol brasileiro. Fomos bem e vencemos uma grande equipe.
As negociações de Romulo, Allan, Diego Souza e Fagner surpreenderam?
cristovão borges vasco x Botafogo (Foto: Wallace Teixeira / Agência Estado)
Cristóvão orienta o Vasco: sonho do carimbo de
campeão (Foto: Wallace Teixeira / Agência Estado)
Sabia que as saídas eram inevitáveis. Terminamos a última temporada em alto nível, tivemos jogadores convocados para a Seleção e fomos para outro patamar. Eu contava com a saída do Romulo e do Dedé. Em relação ao Dedé, o que me aliviava era seu desejo de permanecer no Brasil. Mas tinha certeza de que o Romulo não ficaria. Meus amigos que moram fora do Brasil só falavam do Romulo. Todo europeu que vinha ver o Vasco jogar só falava dele.
Chegou a temer pelo futuro do seu trabalho no Vasco quando viu tantos jogadores deixarem o clube quase ao mesmo tempo?
Sabia que teria de achar soluções para as perdas. Desde o início do ano trabalhei pensando nisso. Mas nesse período me preocupei muito e tive dúvidas sobre a sequência do trabalho, sim. As últimas três semanas foram desafiadoras. Poderia acontecer o que aconteceu ou o trabalho poderia ter sido quebrado. Vínhamos de um jogo contra o Atlético-GO que foi o pior do Vasco sob o meu comando, apesar da vitória por 1 a 0. Naquela partida fizemos muitas coisas ruins. Foi assustador, mas serviu como alerta.
Como é possível manter o Vasco no rumo do sucesso convivendo com problemas como a desconfiança da torcida e a insatisfação declarada de jogadores com o banco de reservas?
Minha resposta é estar no Vasco esse tempo todo com um trabalho regular"
Cristóvão Borges
Mesmo com essa boa campanha, vivemos turbulências diárias. Isso não é fácil. Por isso, vejo a gente sobrevivendo. E qualquer turbulência, dependendo da administração dela, pode atrapalhar o trabalho. Por exemplo, nem sei explicar como sobrevivi a essa insistência de Juninho e Felipe não jogarem juntos. Inflaram algo que é simples de resolver e durante um tempo isso virou uma verdade. Isso não tem qualquer proveito para nós, mas tem proveito para as redes sociais e para enquetes. Também não tenho problemas com a insatisfação de jogadores, mas tem muita gente que valoriza demais. Nos grandes clubes, qualquer um pode ser reserva. É normal Juninho, Felipe e Diego Souza não ficarem satisfeitos. Mas isso acaba virando um monstro e se não for bem administrado, pode quebrar tudo. Claro que precisa ser noticiado, mas a repercussão acaba sendo a repercussão, e não o fato. Do jeito que nós sobrevivemos a isso, podemos fazer coisas boas.
Deve ser complicado em pouco tempo de carreira conseguir trabalhar todas essas situações...
Treinador deveria se chamar equilibrista. Todo dia alguém dá um beliscão na corda. Mas não reclamo, porque sou treinador do Vasco. Caso contrário, como diz o Felipão, deveria treinar o Bambala. O pior é quando você vai para a guerra de revólver. Mas quando você tem uma artilharia, tudo bem. Eu tenho um grande time. Então, apesar de qualquer problema, eu levo fé. O diferencial é o grupo de jogadores, que é sensacional. Tenho apoio e já mostrei que tenho capacidade. Então, estou pronto.
Por conta de tudo isso, acredita que ainda falta reconhecimento?
Não reclamo de nada. Minha resposta é estar no Vasco esse tempo todo com um trabalho regular. Acho difícil que haja algum outro time com a regularidade do Vasco neste período de um ano. Com 76% de aproveitamento no Brasileiro, vou reclamar de quê? Mas para mim é pouco. Eu quero mais. Eu quero muito.
Um título de campeão brasileiro serviria para consolidar sua carreira como treinador?
A carreira precisa de um carimbo de campeão. Estou no caminho. Se não for agora, vai ser daqui a pouco. Se mantiver esse ritmo, acho que vou chegar. Mas sei que isso custa, é trabalhoso. É difícil até para os experientes.
FONTE: GLOBO

Roma gasta cerca de R$ 50 mi para trazer atacante que quase foi à Euro


Acordo por Mattia Destro, ex-Siena, envolve compra após empréstimo e direitos de outros dois atletas. Jogador foi cortado em última lista da Itália

Por GLOBOESPORTE.COM
Roma
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Mattia Destro Itália (Foto: Getty Images)
Mattia Destro em entrevista coletiva na seleção da
Itália: ele custará R$ 47,3 milhões ao Roma (Getty)


O Roma anunciou nesta segunda-feira a contratação de mais um reforço para a temporada 2012/2013. E trata-se do mais caro até o momento: Mattia Destro, jovem promessa de 21 anos que quase foi à Eurocopa 2012 com a seleção italiana, deixa o Siena em um acordo que envolve € 19 milhões (cerca de R$ 47,3 milhões).
O montante será dividido em alguns detalhes. O Roma arcará de imediato com € 11,5 milhões (R$ 28,6 milhões), enquanto pagará € 4,5 milhões (R$ 11,2 milhões) ao fim da temporada, como uma compra após empréstimo. O restante (R$ 7,2 milhões) é referente aos direitos de dois atletas: Giammario Piscitella e Valerio Verre.
Destro assinou com o Roma pelos próximos cinco anos. Ele chegará credenciado por ter participado de toda a fase preparatória da Azzurra para a Eurocopa, competição na qual foi vice-campeã para a Espanha. Ao lado do zagueiro Andrea Ranocchia, o jogador foi o último cortado antes da lista final do técnico Cesare Prandelli.
No time da capital, Destro encontrará quatro brasileiros: o lateral-esquerdo Dodô, o zagueiro Leandro Castán, e os meio-campistas Lucca, Marquinho e Rodrigo Taddei.
Mattia Destro e Mario Balotelli Itália (Foto: Getty Images)Mattia Destro e Balotelli em treino: atacante foi cortado na última lista do técnico Prandelli (Getty Images)FONTE: GLOBO

Cristiano Ronaldo: ‘open house’ com a família em Portugal


Cristiano Ronaldo já inaugurou sua nada modesta casa de férias no Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Portugal. O jogador esteve por lá com toda a família: mãe, irmãs, a namorada Irina Shayk, e o filho Cristianinho. O atacante foi à mansão de barco e não teve sua presença notada pelos moradores locais. Para chegar à região, ele usou um avião privado. A construção é avaliada em quatro milhões de euros.
Nos dias por lá, ficou clara a sintonia entre CR7, Irina e o filho do craque. O jogador não parou de mimar os dois entre banhos de piscina e descanso no sol.
Irmã do jogador postou visão da casa
FONTE: GLOBO

Carroll se recusa a ser emprestado ao West Ham, e negócio pode melar


Segundo jornal inglês, atacante só concordaria deixar o Liverpool para retornar ao Newcastle, clube que o revelou

Por GLOBOESPORTE.COM
Liverpool, Inglaterra
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Andy Carroll parece der colocado areia em seu empréstimo para o West Ham. De acordo com informações do diário "Mirror", o atacante do Liverpool não concorda com o negócio, só aceitando deixar os Reds para uma volta ao Newcastle, clube que o revelou em 2008.
Andy Carroll Liverpool (Foto: Getty Images)'Big' Andy Carroll não quer trocar o Liverpool pelo West Ham (Foto: Getty Images)
Maior contratação da história do Liverpool, o centroavante seria emprestado ao recém-promovido West Ham. O jogador de 1,91m, que custou £ 35 milhões (R$ 93 milhões à época) aos cofres do clube inglês, foi negociado por apenas £ 2 milhões (R$ 6,3 milhões), com opção de compra em £ 17 milhões (R$ 54,2 milhões) ao fim da temporada 2012/13. Anteriormente, a direção dos Reds recebera oferta de £ 13 milhões (R$ 20,4 milhões) do Newcastle, porém rejeitada.
Andy Carroll estreou pelo Liverpool em fevereiro de 2011. Ao todo, disputou 56 partidas e marcou apenas 11 gols, ocupando por boa parte do tempo o banco de reservas. Mesmo com desempenho irregular, acabou convocado para a última Eurocopa, anotando um tento pelo English Team que caiu nas quartas de final para a Itália na disputa de pênaltis.
Para a temporada que está por iniciar, Carroll perdeu ainda mais espaço após a chegada de Fabio Borini, ex-Roma. A contratação do novo reforço para o ataque abriu as portas para a saída de Big Andy.
FONTE: GLOBO

Ronaldinho 'de BH': meia recebe título de Cidadão Honorário da cidade


Honraria foi concedida nesta segunda-feira, na Câmara Municipal da capital, que se transformou numa verdadeira arquibancada preta e branca

Por Léo Simonini
Belo Horizonte
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O plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte virou uma verdadeira arquibancada de estádio de futebol. Graças à presença de Ronaldinho Gaúcho, que recebeu o título de Cidadão Honorário da capital mineira, mesmo tendo chegado há menos de dois meses. Dezenas de torcedores do clube, que lotaram o espaço destinado ao público, compareceram para acompanhar a solenidade. Bastou R49 aparecer para sentar-se à mesa diretora para que os torcedores começassem a entoar gritos de apoio ao jogador alvinegro.
Ronaldinho Gaúcho, cidadão mineiro (Foto: Aluísio Gonzaga / Globoesporte.com)Ronaldinho Gaúcho e o diploma de cidadão mineiro (Foto: Leonardo Simonini / Globoesporte.com)
Ronaldinho se sentou ao lado de autoridades municipais e do presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil. Quem também compareceu ao evento foi o cantor mineiro Vander Lee, que cantou o Hino Nacional. Em seguida, o também músico Wilson Sideral, atleticano declarado, tocou a melodia do hino alvinegro na guitarra.
Na sequência, o presidente do Atlético-MG falou sobre a importância de se fazer a homenagem. Como sempre, não mediu palavras, dando uma resposta aos que criticaram a iniciativa. Além disso, também ironizou o rival Cruzeiro, dizendo que a “maioria do povo de Belo Horizonte” legitima a honraria.
Trouxemos o maior ídolo do futebol brasileiro"
Alexandre Kalil
- A inveja é uma m... A todos que desrespeitosamente criticaram sem o menor motivo uma expressão legítima da maioria do povo de Belo Horizonte, uma homenagem. Ele tem correspondido a todo momento. Nós trouxemos o maior ídolo do futebol brasileiro, nós colocamos o inimaginável no nosso CT, e isso nos faz o que sempre fomos, grandes, e isso incomoda muita gente. Larguem a inveja, homenagear um grande ídolo não faz mal a ninguém. Parabéns, Ronaldo! Você passa a ser de uma cidade maravilhosa, aconchegante e vai demorar muitos anos para sair daqui.
Logo depois, Ronaldinho recebeu o diploma de cidadão belo-horizontino e, com poucas palavras, agradeceu pela homenagem recebida, a primeira em solo brasileiro.

- Quero somente agradecer o carinho, por ser tratado dessa forma em tão pouco tempo. Hoje entendo porque todo mundo quer vir para cá e fica com BH no coração. Deus me deu a sorte de vir jogar aqui e conviver com uma torcida que é mais que apaixonada. Convivo com isso diariamente. Mas não só no futebol, outros torcedores me tratam bem também, estou feliz de estar aqui, conhecendo tanta gente legal. Espero levar o nome de BH o mais alto possível, muito obrigado à torcida do Atlético-MG.

FONTE: GLOBO

Bota solicita interdição do gramado do Engenhão por duas semanas


Clube alega que piso pode provocar lesões graves e solicita mudança do local dos jogos de Flamengo e Fluminense já a partir deste fim de semana

Por Thales Soares
Rio de Janeiro
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Ronaldinho Gaucho, Atlético-mg e Fluminense (Foto: Rudy Trindade / Agência Estado)
Ronaldinho: reencontro com o Fla pode não ser no
Engenhão (Foto: Rudy Trindade / Agência Estado)


O Botafogo enviou para a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) um ofício pedindo a interdição imediata do gramado do Engenhão pelas próximas duas semanas. Alega que a decisão é para preservar a integridade física dos atletas pela condição atual do piso, que está com excesso de buracos e poderia provocar graves lesões.
O relatório foi assinado pelo agrônomo Artur Melo, responsável pelo gramado. Nas próximas duas semanas, de acordo com o documento, o jogo entre Botafogo e Palmeiras, no dia 8 de agosto, seria o único a ser realizado no estádio. Se o pedido for acatado, a CBF mudará os locais de Flamengo x Atlético-MG, no próximo sábado; Flamengo x Náutico, no dia 11 de agosto; Fluminense x São Paulo, no dia 9 de agosto; e Fluminense x Palmeiras, no dia 12 de agosto.
- Encaminhei o ofício para a CBF e comuniquei pelo telefone o fato a Manuel Flores, gerente de operações da entidade, pois seria importante que recebessem ainda hoje (segunda-feira) esse documento. Acredito que o Botafogo será atendido nas suas solicitações, só não tenho certeza sobre o jogo entre Flamengo x Atlético-MG, que está marcado para sábado - disse Marcelo Viana, diretor de competições da Ferj.
Lei indica que qualquer mudança no local do jogo precisa de dez
dias de antecedência, mas abre brecha ao citar 'motivo de força maior' como exceção
O questionamento é sobre o fato de o jogo estar a menos de dez dias de sua realização, o que impediria a mudança de local de acordo com o Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF. No entanto, o Botafogo se apoia na decisão da CBF em adiar o seu jogo contra o Corinthians no prazo menor do que especificado pela legislação. Na letra D do número 2 do artigo 13 do RGC, o texto dá margem para a mudança do local dos jogos ao dizer que "o prazo de 10 dias não é observado em caso de motivo de força maior, quando óbvia e universalmente reconhecido como tal".
Pedido causa indignação no Flamengo
A decisão do Botafogo causou surpresa e indignação no Flamengo. O assessor especial da presidência, Eduardo Moares, o Vassoura, diz que o clube aguarda um posicionamento da CBF sobre o caso, contesta a atitude e ataca Maurício Assumpção, presidente do Botafogo.

- Essa decisão fere o Estatuto do Torcedor, já que faltam menos de dez dias para o jogo. Fere o regulamento do campeonato. A venda de ingressos para a torcida do Atlético-MG em Belo Horizonte estava programada para começar nesta terça-feira (cerca de 1.800 unidades) e para os torcedores do Flamengo aqui no Rio também. Vou parar tudo. Na hora em que ele (Maurício Assumpção) tem uma semana de folga para o gramado, quer cancelar o nosso jogo? Diz que o estádio é dele e não entra ninguém? Pelo que sei, o estádio é da Prefeitura. O Flamengo tem um contrato que exige que jogue o mínimo de jogos lá. Se o Flamengo quiser, pode tirar alguns, mas não ele. É uma decisão muito fácil de se tomar para quem está fora. Para a torcida dele não muda nada, vão três mil pessoas, quatro mil. Mas as torcidas de Flamengo e Atlético são enormes. Não dá para alojar em qualquer lugar. Precisa de aval dos Bombeiros, da Polícia Civil, Polícia Militar - afirmou Vassoura, que citou ainda a questão da segurança necessária no jogo que envolve o reencontro entre Flamengo e Ronaldinho Gaúcho.

No contrato, o Botafogo estabelece que o Flamengo tem de jogar dez partidas no Engenhão, mais os três clássicos. O compromisso com o Fluminense tem uma cláusula indicando quais jogos - os de maior apelo - não podem sair do Engenhão.
Fluminense prefere não criticar rival
No Fluminense, o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano também citou o acordo com o Botafogo, mas preferiu não criticar a atitude.
- Temos um contrato com o Botafogo para o uso do Engenhão e ainda não fomos comunicados. Se for uma determinação da Ferj, teremos que achar uma solução. Existe, sim, um pedido da federação para mandarmos alguns jogos em Volta Redonda, e isso deverá ser feito no futuro. Mas não há nada programado para esses jogos em questão, contra Palmeiras e São Paulo.
Existe, sim, um pedido da federação para mandarmos
alguns jogos em Volta Redonda,
e isso deverá ser feito no futuro. Mas não há nada programado
para esses jogos em questão"
Rodrigo Caetano, diretor do Fluminense
O caso mais recente de lesão no Engenhão foi o do volante alvinegro Lucas Zen, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo ao ser driblado por Nilton, no clássico contra o Vasco. Após o jogo entre Fluminense e Atlético-MG, nesse domingo, Victor e Ronaldinho Gaúcho fizeram duras críticas ao gramado.
- O campo é horrível, não tinha chance de fazer jogada ou tentar tabela. Só com bola aérea - reclamou Ronaldinho.
Se houver alteração de local, os jogos de Flamengo e Fluminense não poderão ser disputados fora do estado do Rio de Janeiro, a não ser que haja autorização da Ferj, que já se manifestou contrária a isso em outras oportunidades. Assim, restariam São Januário, Macaé e Volta Redonda como principais opções.
Colaboraram Edgard Maciel de Sá e Richard Souza
FONTE: GLOBO