O Botafogo lutou para contratar Andrezinho e não parece disposto a abrir mão do meia facilmente. A proposta feita pelo Al Ahli, da Arábia Saudita, seduziu o jogador, que completa 29 anos na próxima segunda-feira, mas o clube decidiu continuar sua briga para mantê-lo no grupo. Com contrato até o fim de 2014, ele deve receber um aumento salarial e até mesmo uma prorrogação de seu vínculo para permanecer.
Tratado como fundamental no grupo, Andrezinho ficou no banco de reservas em apenas um jogo nesta temporada, justamente o último, quando deu lugar a Seedorf na derrota por 1 a 0 para o Grêmio. Nesta terça-feira, ele voltou ao time titular no treinamento na véspera do clássico com o Vasco, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro.
- Contratualmente, a maioria dos clubes tem a sua proteção. As questão contratuais normalmente vão nortear a relação com o jogador. Mas, se às vezes, entende que não é o melhor caminho a ser seguido, não pode se apegar apenas a isso, pois gera um processo de desgaste. Se algo extremamente positivo não esta sendo dado ao jogador, existe a possibilidade de compensar com um equilíbrio financeiro, prorrogação contratual, em razão disso que conquistou aqui, mas dentro de um padrão bem normal - disse o gerente de futebol do Botafogo, Anderson Barros.
Como atleta e como homem, é uma das referências do nosso elenco"
Anderson Barros, gerente do Bota
Quando chegou ao clube, Andrezinho foi muito festejado como novo camisa 10 do time e recebido de braços abertos pelo técnico Oswaldo de Oliveira, que já o conhecia do tempo em que trabalhou no Flamengo. Seu comportamento fora de campo e seu desempenho nos jogos fizeram o clube ter a certeza de ter feito um bom investimento. O Botafogo pagou ao Internacional R$ 1,2 milhão por 50% de seus direitos econômicos. O restante pertence ao Nova Iguaçu.
- Como atleta e como homem´, é uma das referências do nosso elenco. Andrezinho é importante para tudo o que pensamos ao longo da temporada e para vários objetivos traçados - comentou Anderson.
O dirigente criticou a forma como a negociação foi iniciada pelo Al Ahli, sem que o Botafogo fosse consultado. Anderson, no entanto, elogiou o empresário Jorge Moraes, que representa Andrezinho e já havia trabalhado em outras ocasiões com o clube, como na venda de Cortez para o São Paulo no fim do ano passado.
- As entidades internacionais precisam porocurar o clube. Não é simplesmente procurar o atleta e seu representante. A responsabilidade maior é do Botafogo. Não só no caso do Andrezinho, mas em outras situações, é preciso haver esse respeito para que as coisas possam evoluir. Se alguém quiser comprar alguma coisa sua não pode ser através de terceiros. Os clubes precisam se posicionar desta forma ou fica complicado gerir um departamento de futebol - avisou Anderson.
FONTE: GLOBO