Meia aciona escritório de advocacia para buscar a rescisão unilateral na Fifa. Ele pretende defender um clube paulista na próxima temporada
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
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Três meses depois de sua chegada ao Al Ittihad, da Arábia Saudita, o meia Diego Souza entrou em contato no fim da última semana com o escritório de advocacia de Marcos Motta, especialista em direito esportivo, para tentar a rescisão unilateral de seu compromisso com os sauditas. O jogador ainda não recebeu salários no novo clube e pretende voltar imediatamente ao Brasil. O primeiro passo foi notificar os árabes para um possível acordo. Se não acontecer, a Fifa será acionada. Segundo pessoas próximas ao camisa 10, ele já negocia e deve acertar com uma equipe paulista para a próxima temporada.
Irritado com a falta de pagamento, Diego pediu para ficar fora da segunda partida da semifinal da Liga dos Campeões da Ásia, nesta quarta-feira, entre Al Ittihad e Al Ahli. Prioridade do clube na temporada, a competição oferece uma vaga ao campeão no Mundial de Clubes, que será disputado em dezembro. O clube, no entanto, acabou eliminado.
- Eu não posso falar sobre esse assunto agora. Realmente é uma situação delicada. Estou blindado e, por isso, não posso me pronunciar - afirmou o jogador ao GLOBOESPORTE.COM.
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O Al Ittihad pagou apenas o acordo de luvas quando Diego foi contratado. Depois disso, o jogador não recebeu um centavo sequer e sua paciência se esgotou com os sauditas, que tampouco pagaram o que devem ao Vasco e à Traffic pela negociação. O clube carioca teria direito a receber, com a cotação, cerca de R$ 5 milhões da negociação (33,3%), que totalizou aproximadamente R$ 14,4 milhões, mas o departamento jurídico cobra na Fifa ainda uma multa de 20% do total por causa do atraso no pagamento. No dia 8 de novembro expira o prazo para que o time local se posicione à entidade.
O jogador não gostou do discurso da diretoria vascaína de que ele só deixou o clube em julho porque quis e, por isso, já revelou a amigos que não há hipótese de voltar a São Januário. Na última terça-feira, o presidente Roberto Dinamite tornou a tocar no assunto e afirmou que o clube tem um limite para tentar evitar a saída de um jogador que pensa em se transferir.
Como rescindiu seu contrato, nada mais o liga ao Vasco. Mesmo que os advogados cruz-maltinos consigam o ganho de causa na Fifa, o que só deve acontecer em 2013, a disputa pelo dinheiro é só com o Al Ittihad, e Diego poderia jogar normalmente por outro clube.
FONTE: GLOBO