Dewson Fernando Freitas descreve na súmula do jogo insultos do diretor de futebol do Tricolor, Fernando Simone, que pode ser denunciado pela Procuradoria do STJD
Juiz aplicou oito cartões amarelos e dois vermelhos, todos para o Flu (Foto: Michel Filho / Ag. O Globo)
Além dos jogadores do Fluminense, o árbitro Dewson Fernando Freitas foi motivo de revolta de dirigentes tricolores na derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, no último domingo, na Arena Palmeiras, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Na súmula da partida, o juiz relatou ofensas que recebeu na saída do estádio do diretor executivo de futebol Fernando Simone, que o teria acusado de armar o resultado do jogo. Com isso, o cartola pode ser denunciado pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por desrespeito à arbitragem e corre o risco de ser suspenso.
Confira abaixo o relato do árbitro:
"Após o término da partida, quando me direcionava ao vestiário passando pela zona mista, o sr. fernando augusto simone rg-85.450.880 irj função diretor executivo de futebol da equipe do fluminense f.c. que foi identificado pela polícia militar proferiu a mim as seguintes palavras: "ta satisfeito por tu ter arrumado o resultado", após pedir para a polícia militar identificá-lo o mesmo continuou: "quer saber meu nome, pergunta a tua mãe"."
Trecho da súmula de Palmeiras x Fluminense onde árbitro relata ofensas de dirigente tricolor (Foto: Reprodução)
Dewson causou revolta no Fluminense pelo número de cartões distribuídos na partida, todos para jogadores do Tricolor: foram oito amarelos, incluindo os dois que resultaram na expulsão de Gum, e dois vermelhos, um para o zagueiro e outro direto para Magno Alves. Na súmula, o juiz explicou as punições a Pierre, Marcos Junior, Gum e Diego Cavalieri foram por reclamação, seguindo orientação da CBF este ano para coibir as ponderações com a arbitragem.
Recentemente, no Fla-Flu do dia 31 de maio, o presidente e o diretor executivo de futebol do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello e Rodrigo Caetano, respectivamente, foram denunciados pela Procuradoria do STJD por desrespeito a Sandro Meira Ricci. O árbitro relatou na súmula que foi ofendido no intervalo da partida pela dupla, que alegou que ele teria sido mandado pelo Rubens Lopes, presidente da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), desafeto da diretoria rubro-negra, e que no final do jogo ele e seus assistentes foram chamados de "ladrões" pelo mandatário do clube. Julgados, Caetano levou apenas uma advertância, enquanto Bandeira foi suspenso por 15 dias sem poder assinar contratos de futebol e acompanhar o time em áreas de competição, como campo e vestiário.
fonte: globo