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A cena é recorrente. A cada entrevista de Dunga, membros da comissão técnica e da diretoria entram ao seu lado na sala e se posicionam na primeira fileira de cadeiras para acompanhá-la. No último sábado, após a eliminação da Copa América, ela voltou a se repetir, porém, com a ausência mais uma vez de Marco Polo Del Nero. Ele garantiu, ainda assim, a permanência do treinador na seleção.
Em conversa por telefone, ao fim da derrota para o Paraguai nos pênaltis, no Estádio Municipal, em Concepción, o presidente da CBF prestou seu apoio ao comandante.
O cartola não esteve no Chile para a competição.
Com o seu nome ligado a investigações do FBI no escândalo de corrupção na Fifa e na mira de uma CPI no Senado, ele preferiu ficar no Brasil e deixou o secretário-geral Walter Feldman à frente da seleção.
Feldman também confirmou que Dunga seguirá no cargo.
"Não muda nada", disse, em contato com a reportagem do ESPN.com.br.
Dunga acumula 14 partidas em seu retorno ao comando da seleção, com 12 vitórias, um empate e uma derrota.
Esse foi o primeiro mata-mata disputado após o 7 a 1 no Mundial-2014.
Mais do que pelos resultados, o comandante sofreu na última semana com pedidos de demissão por causa de desabafo em que diz se sentir "um afrodescendente" de tanto que "apanhou" em sua carreira, ao comentar as cobranças sofridas por sua geração. Ele pediu desculpas posteriormente através do site da CBF.
Dunga avaliou a Copa América como "ótima" e ressaltou a experiência adquirida pela maioria dos atletas, ainda inexperiente no continente. A tabela das eliminatórias sul-americanas será conhecida em 25 de julho.
fonte: espn