quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ronaldinho Gaúcho no Verdão: sonho continua

Milan avisa que empresta Ronaldinho Gaúcho por bolada e Palmeiras não desiste do atacante


Sonho do Verdão de contar o craque do time italiano ainda persiste

Sonho do Verdão de contar o craque do time italiano ainda persiste (Crédito: Agência EFE)

Thiago Salata
Thiago Salata SÃO PAULO
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Ronaldinho Gaúcho continua sendo um sonho difícil da diretoria do Palmeiras. Mas o clube, que já considerou a possibilidade como impossível há alguns dias, segue com esperanças de transformar em realidade aquela que seria uma das maiores contratações do futebol brasileiro.

Por meio de Assis, empresário e irmão de Gaúcho, o Verdão foi informado de que o Milan (ITA) aceitaria liberá-lo por empréstimo, até o fim de 2011, mas mediante a uma bolada: 8 milhões de euros (R$ 18,4 milhões). Com a ajuda de investidores, o Alviverde já havia chegado quase à metade do valor.

O atacante tem contrato até o meio do ano que vem, mas negocia uma renovação até o fim de 2014. Para a estratégia vingar, primeiro, o atleta tem de bater o martelo com os italianos.

O Verdão começou a negociar com Assis em março deste ano, mesmo período em que iniciou a procura por parceiros dispostos a ajudar. O clube acertou salários com Ronaldinho (cerca de R$ 1 milhão). A metade seria paga pelo Palmeiras, enquanto que o restante por patrocinadores, inclusive a Parmalat, que também ajuda com Luiz Felipe Scolari.

- Valdivia, Lincoln, Kleber e Ronaldinho. É esse o ataque que planejamos. Até o Felipão entrou na negociação do Gaúcho - disse uma pessoa influente da diretoria alviverde.

Em julho, o Milan bancou a permanência do atacante na Itália. Muitos membros da cúpula palmeirense acreditaram que Assis usou clubes brasileiros (Flamengo e Palmeiras) para barganhar melhores condições contratuais ao irmão.

Nos últimos dias, o Palmeiras foi informado da possibilidade do empréstimo milionário. O Verdão não tem o dinheiro, mas tenta batalhar investidores. A questão é convecê-los a gastar uma fortuna com retorno que só viria por meio de ações de marketing do Gaúcho no Palestra Itália.

Oficialmente, a postura da diretoria palmeirense será a mesma: negar tratativas, para não alimentar o sonho da torcida. Mas desde março, Luiz Gonzaga Belluzzo faz esforços. É o mesmo presidente que já viabilizou Felipão, Kleber e Valdivia, alvos impensados no clube no passado.

Com o meia e o atacante, o Palmeiras levantou cerca de R$ 20 milhões para as contratações.