Colorado está a um empate de repetir 2006 e ser outra vez o dono do continente. Título pode consolidar ascensão do clube gaúcho
da América nesta quarta (Foto: Vipcomm)
E se Kleber (Jorge Wagner) bater uma falta, o goleiro Michel (Rogério Ceni) falhar, Índio (Fabiano Eller) der um toque de leve e Alecsandro (Fernandão) aparecer para completar? E se um pouco depois Alecsandro (Fernandão) cabecear, Michel (Rogério Ceni) defender, Alecsandro (Fernandão) cruzar e Tinga (Tinga mesmo!) completar? E se acontecer tudo de novo, num xerox daquele 16 de agosto de 2006, a mesma explosão de euforia, o mesmo orgulho de ser colorado? Aí terá valido a pena tanto sofrimento nos anos 80 e 90, tanta esperança na nova década, tanto sonho. Às 22h desta quarta-feira, o Gigante espera uma multidão vermelha para fechar a festa. Vale o bicampeonato da América, vale a consolidação de um clube que não cansa de crescer. Basta um empate contra o Chivas.
Basta um empate porque o jogo de ida, no México, terminou com vitória vermelha por 2 a 1. O Inter tem tudo para dar um ponto final mais tranquilo em uma Libertadores tumultuada, marcada por classificações sempre no limite do saldo qualificado – foi assim contra Banfield, Estudiantes e São Paulo. A torcida vive momentos de euforia, contando os segundos para a decisão; os atletas vivem dias de alerta, lembrando que nada está ganho. E do outro lado tem o Chivas, que já surpreendeu o Universidad de Chile em Santiago, que sonha alcançar uma façanha sem tamanho no Beira-Rio.
É um jogo para a história. O Gigante estará abarrotado de torcedores. Todos os ingressos foram vendidos em um intervalo de uma hora. O GLOBOESPORTE.COM acompanha cada segundo de tensão em Tempo Real. A TV Globo e o SporTV transmitem a decisão ao vivo.
Para aumentar o otimismo: Inter completo
jogar no Gigante (Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)
Sandro joga. Guiñazu joga. Tinga joga. Alecsandro, se tudo der certo, também joga. A semana começou com preocupações no Beira-Rio. Quatro titulares dos mais importantes tinham problemas: um beliscão na coxa aqui, uma dor na musculatura ali, um tornozelo inchado acolá. Mas o quarteto se recuperou. Nesta terça, o técnico Celso Roth já deixou claro que conta com todos eles para a finalíssima. A situação do centroavante, porém, ainda requer cuidados.
Ter todos eles significa ter time completo. Como explicar que Giuliano, melhor jogador do Inter na Libertadores, autor de cinco gols, seja reserva? Como explicar que Rafael Sobis, herói em 2006, não tenha um pingo de chance de começar o jogo? É que não tem ninguém para sair. Completo, do goleiro ao centroavante, com todo mundo pronto: o Inter vai com tudo para cima do Chivas.
Vai com tudo para confirmar um título que não dá como certo. Dizem que o seguro morreu de velho. É o lema do Inter: segurança, precaução, sem oba-oba.
- O Inter não é campeão de nada. Se temos essa vantagem, é porque somos profissionais. Profissionalismo é o que diferencia a paixão de outras situações. O torcedor tem o direito de fazer o que quiser, dentro das situações normais. Pode dizer que o time dele é o melhor ou o pior. O profissional, não. Precisa levar as coisas e saber que vai ter um adversário diferente do que foi no México, com jogadores de qualidade muito grande – disse o técnico Celso Roth.