Confira bastidores da decisão que aqueceu de vez a reta final do Brasileiro
LANCEPRESS!
Publicada em 20/10/2010 às 09:00
A votação que decidiu pelo retorno do G4 do Brasileirão foi uma goleada. Os dez representantes dos países que integram a Confederação Sul-Americana de Futebol(Conmebol) acolheram a proposta levada por Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na reunião ocorrida na segunda-feira em Luque, no Paraguai, na sede da entidade.
A decisão contrariou votação anterior (derrota brasileira por 9 votos a 1). O LANCE! também apurou que a opção pelo G3 - aprovada em abril - apenas foi homologada em setembro, tornando-se assim oficial. Daí a reclamação dos clubes pela mudança da regra com o Brasileiro em curso, visto que o torneio começou em maio.
– Não recebemos ofício da CBF após a decisão de abril, pois tínhamos uma sinalização de que a reviravolta era possível – disse Duda Kroeff, presidente do Grêmio.
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O pleito da última segunda-feira definiu que o país do campeão da Copa Sul-Americana terá, automaticamente, um posto à Libertadores retirado de seu campeonato nacional. Antes, o campeão da Libertadores era o responsável por ficar com uma destas vagas. Agora, os
postulantes à quarta vaga devem,além de pontuar no Brasileiro, torcer contra Atlético-MG, Avaí,Goiás e Palmeiras, ainda no páreopela Sul-Americana.
– Todos entenderam que seria prejudicial, não houve oposição à ideia do Ricardo – revelou Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e membro do Brasil no executivo da Conmebol,presente na reunião, justificando que a decisão de abril passou sem ser notada e isso gerou a polêmica.
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Como você entende que foi construída a vitória na Conmebol? | Foi fruto do requerimento da CBF. A partir desta exposição, o presidente da CBF teve sua razões assimiladas pelos votantes. |
Em nenhum momento houve alguma contraproposta por parte de algum dos integrantes ? | Não. Ocorreram ajustes. A Conmebol demonstrou-se sensível. Todos entenderam que deveríamos caminhar para um novo lado. |
Como foi a decisão pela perda da vaga na reunião de abril? | Não se comentou que se perderia esta vaga. Foi a diretoria executiva da entidade que apresentou a proposta ao comitê executivo. Na hora ninguém percebeu que seria prejudicial para o país do campeão. |
Com a palavra Francisco Novelleto PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO GAÚCHA |
Fui muito pressionado por parte do Grêmio Apresentei uma alternativa mas o Ricardo preferiu usar a dele. Tivemos dois encontros sobre o tema, pois o Grêmio pressionou por um posicionamento. No fim das contas, a justiça foi feita, pois o país do campeão da Libertadores não foi punido. Estive algumas vezes em reuniões da Conmebol, posso afirmar que aquilo é uma verdadeira guerra. Os países menores têm mágoa do Brasil, eles se sentem inferiorizados perante a nós. A tese acolhida era totalmente lógica. |
fonte: lance