sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Conselho Deliberativo aprova novo patrocinador master do Flamengo

Clube já vai estampar as marcas da P&G na partida contra o Figueirense, no domingo. Rubro-Negro receberá R$ 6,6 mi por contrato até o fim do ano

Por Richard SouzaRio de Janeiro

Desde o fim de janeiro sem patrocinador master, o Flamengo aprovou na noite desta quinta-feira, por unanimidade no Conselho Deliberativo, o novo contrato de patrocínio com as marcas da P&G - Duracell e Gillette.

Com um investimento de R$ 6,6 milhões, o contrato, com vigência até dezembro de 2011, dá direito à presença das logomarcas nos uniformes de jogo, de treino, no backdrop do clube e em placas de publicidade no Centro de Treinamento. O time já usará a nova camisa na partida deste domingo contra o Figueirense, às 16h, em Florianópolis.

A negociação com a P&G foi intermediada pela agência 9ine, que tem Ronaldo Fenômeno como sócio. Do valor total, 15% irão para a empresa do Fenômeno como comissão, e R$ 5,6 mi ficarão com o clube.

Patrícia Amorim, presidente do Flamengo (Foto: Márcia Feitosa / Vipcomm)Após sete meses de busca, o Flamengo terá um patrocinador principal (Foto: Márcia Feitosa / Vipcomm)

- Estamos dando mais um passo importante na valorização da marca Flamengo. É o início de uma grande parceria que tem tudo para ser duradoura. Teremos em nossa camisa mais uma marca com o tamanho e com a grandeza que o Flamengo merece - disse a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, via comunicado oficial do clube.

Com o acerto com a Procter & Gamble, o Flamengo contabiliza R$ 16,6 milhões em patrocínios (já possui R$ 8 milhões do BMG nas mangas e R$ 2 milhões da TIM no número da camisa).

Foram sete meses sem um patrocínio master, o que gerou mal-estar e questionamentos internos. Inicialmente, o Flamengo pedia cerca de R$ 30 milhões para o patrocinador principal. Diante da dificuldade em encontrar interessados, o departamento demorou, mas passou a trabalhar com a ideia de “fatiar” o uniforme. Alguns poderes do clube, em especial do Conselho Fiscal, condenaram a intenção sob justificativa de que a camisa seria transformada em macacão de Fórmula 1. O que só gerou indecisão, perda de tempo e de dinheiro. No primeiro semestre, o clube rejeitou uma proposta de R$ 16 milhões até o fim do ano de uma montadora de carros. O prazo para fechar com uma empresa chegou a ser estipulado para o fim de março, o que não ocorreu.

Parceira do clube na contratação de Ronaldinho Gaúcho, a Traffic decidiu monitorar as negociações com a P&G de perto. A preocupação da empresa se explica. O retorno da parceria com o Flamengo por R10 é totalmente baseado na geração de receitas do departamento de marketing. Não há no contrato, por exemplo, garantias que envolvam percentuais de direitos econômicos de atletas do clube.

No entanto, a negociação com a P&G não passou pela Traffic. Do valor que irá entrar nos cofres do Rubro-Negro com o novo contrato, nenhum centavo irá para a conta da empresa. O contrato entre as partes considera como ponto de partida os R$ 30 milhões recebidos no ano passado (soma dos contratos com Batavo - R$ 22 milhões - e BMG – R$ 8 milhões) e prevê a divisão da quantia excedente da seguinte forma: 50% para Ronaldinho; 30% para o Flamengo e 20% para a Traffic, que também pode trabalhar como intermediária na captação de patrocinadores e faturar 15% de comissão de agência.

Alto valor de comissão veta o Felicidade Urbana

Também estava prevista para a reunião desta quinta a votação da proposta de patrocínio do site de compras coletivas Felicidade Urbana, no valor de R$ 5,2 milhões por 12 meses. O contrato, no entanto, saiu da pauta por decisão da presidente Patricia Amorim. Os principais entraves para o acerto foram a forma de pagamento - duas parcelas de R$ 100 mil e outras dez de R$ 500 mil - e o alto valor da comissão a ser paga à agência que intermediou a negociação. Esse valor seria de um total de R$ 800 mil divididos em duas parcelas, com os pagamentos sendo feitos no início da vigência do contrato. Para se ter uma ideia, a comissão paga sobre o contrato com a Batavo, em 2010, de R$ 22 milhões, não passou de R$ 700 mil.

fonte: globo