Um dos grandes ídolos de uma geração vitoriosa do Vasco, Pedrinho pendura as chuteiras neste domingo contra a equipe holandesa. Craque acumula títulos e momentos históricos
Ao mesmo tempo em que o amistoso deste domingo contra o Ajax,
às 17h, em São Januário, é a chegada de alguns jogadores, será também o
capítulo final da história de Pedrinho no futebol. Trajetória que caso
se transformasse em livro, teria capítulos de muitas glórias, lutas e,
principalmente, amor. Amor a um clube que passou boa parte de sua vida.
Onde nasceu, cresceu e ajudou a se tornar ainda mais vitorioso.
Quis
o destino que a sua última imagem em São Januário fosse a de um choro.
Choro de um torcedor que teve a chance de defender o time de coração.
Mas quis a torcida que Pedrinho fosse eternizado com muita festa, algo
que durante alguns anos ele e os cruz-maltinos fizeram de mãos dadas. O LANCE!Net acompanhará o duelo lance a lance em tempo real!
Na
Colina desde os tempos de futsal, o menino Pedro Paulo ganhou o apelido
no diminutivo, mas foi capaz de se tornar um gigante. Além da qualidade
técnica, que rendeu, inclusive, convocação para a Seleção Brasileira,
os fãs de futebol torceram também para que a sua luta contra as lesões
tivesse um fim.
Querido não só pela torcida, mas também pelos
ex-companheiros. Prova disso são os elogios de outros ídolos vascaínos
como Edmundo, Felipe - a quem considera um irmão - e Juninho, que chega a
fazer um pedido.
– Parabéns por tudo que representa para o
futebol brasileiro e para o Vasco. Acho que ele poderia ficar mais seis
meses e jogar o Carioca. Não é só por merecimento, mas tem qualidade
para isso.
Que o jogo contra o Ajax possa fazer Pedrinho e torcida
viverem novamente a alegria de outrora, sabendo que a despedida não
será o fim, pois os ídolos são eternos.
Silêncio e embaixada contra maior rival
Em
toda sua trajetória com a camisa vascaína, Pedrinho teve uma passagem
marcante e que se tornou inesquecível para muitos torcedores. Em um
clássico com o Flamengo, na final da Taça Guanabara de 2000, o time de
São Januário vencia por 5 a 1 (placar final) quando Pedrinho recebeu a
bola no meio de campo e foi ao ataque controlando a bola no ar. Os
rivais acharam que a embaixadinha era um deboche e uma confusão teve
início.
Pouco antes, Pedrinho havia marcado o quinto gol em uma
cobrança de pênalti e comemorado com um sinal de silêncio em frente à
torcida rubro-negra. O gesto ficou eternizado e virou até uma bandeira.
Naquele jogo, Eurico Miranda, vice-presidente de futebol, distribuiu
ovos de Páscoa para a torcida vascaína, que provocou o Fla ao gritar
‘Uh, é chocolate’.
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PEDRINHO NO VASCO
Promoção
No Vasco desde os tempos de futsal, Pedrinho foi promovido aos profissionais em 1995, juntamente com o amigo Felipe.
No Vasco desde os tempos de futsal, Pedrinho foi promovido aos profissionais em 1995, juntamente com o amigo Felipe.
Tempos de glória
Pedrinho fez parte de uma das gerações mais vitoriosas do clube cruz-maltino. De 1997 a 2000, Pedrinho ajudou em conquistas como os Brasileiros de 1997 e 2000, além da Libertadores de 1998, quando fez gols importantes contra o Grêmio e garantiu a classificação às semifinais do torneio.
Pedrinho fez parte de uma das gerações mais vitoriosas do clube cruz-maltino. De 1997 a 2000, Pedrinho ajudou em conquistas como os Brasileiros de 1997 e 2000, além da Libertadores de 1998, quando fez gols importantes contra o Grêmio e garantiu a classificação às semifinais do torneio.
Lesão
Em setembro de 1998, em uma partida em São Januário contra o Cruzeiro, válida pelo Campeonato Brasileiro, após uma dividida, Pedrinho rompeu o ligamento cruzado do joelho direito, tendo de ficar sete meses afastado dos gramados. A lesão aconteceu apenas dois dias depois de Luxemburgo o ter convocado para para a Seleção, que enfrentaria a Iugoslávia. Havia sido a primeira convocação de Pedrinho.
Em setembro de 1998, em uma partida em São Januário contra o Cruzeiro, válida pelo Campeonato Brasileiro, após uma dividida, Pedrinho rompeu o ligamento cruzado do joelho direito, tendo de ficar sete meses afastado dos gramados. A lesão aconteceu apenas dois dias depois de Luxemburgo o ter convocado para para a Seleção, que enfrentaria a Iugoslávia. Havia sido a primeira convocação de Pedrinho.
Retorno
Pedrinho voltou ao Vasco em 2008, mas, com poucas oportunidades, pouco pôde fazer para evitar o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. O seu choro à beira do gramado foi uma das imagens mais marcantes daquele descenso, o primeiro da História do time cruz-maltino.
Pedrinho voltou ao Vasco em 2008, mas, com poucas oportunidades, pouco pôde fazer para evitar o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. O seu choro à beira do gramado foi uma das imagens mais marcantes daquele descenso, o primeiro da História do time cruz-maltino.
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DEPOIMENTOS
Juninho Pernambucano, ex-companheiro de Pedrinho
"Pedrinho,
como jogador e pessoa, é um fora de série. Jogador de grupo. É um
jogador excelente, que apesar das lesões sempre que se recuperou,
manteve o nível. Isso mostra a qualidade que tem. Por isso tudo, passou a
ser um exemplo. Sempre lutando contra as lesões. Mesmo sendo mais novo
do que eu, passou a ser um exemplo de luta."
Antônio Lopes, diretor do Atlético-PR e ex-técnico de Pedrinho
"Acompanhei-o
nas categorias de base e o subi quase junto com o Felipe. Habilidoso,
técnico, driblador e com bom chute, veio do futsal e se adaptou
rapidamente ao campo. Chegou fácil ao time titular. Foi alvo da
violência dos zagueiros e está se aposentando jovem. Ele ainda poderia
estar jogando."
Clóvis Munhoz, diretor médico do Vasco
"Passar
por uma cirurgia e ficar oito meses parado abala qualquer um. Ainda
mais para um jogador jovem, no auge da carreira. Lembro que, na época,
ele ficou muito triste. Não foi fácil. Ele se recuperou, jogou pelo
Palmeiras, no Fluminense, foi bem nos dois clubes. Lidou bem na
sequência da carreira."
Athirson, ex-rival de Pedrinho
"Fomos
rivais desde pequenos, o Pedrinho é um amigo que eu conheci no futebol.
Ele nunca teve a índole de zombar. Aquilo em 2000, contra o Flamengo,
foi um momento de empolgação. Eu não joguei esse jogo, mas sei que não
repercutiu bem no Flamengo. Até hoje brincamos sobre isso, são coisas do
futebol."
fonte: lance