Comandante do 1º Batalhão de Operações Especiais, Kleber Rodrigues Goulart diz que ocorrência será registrada na Polícia Civil
Por GLOBOESPORTE.COM
Porto Alegre
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A queda da grade no espaço da Geral do Grêmio na Arena, que feriu oito pessoas na partida contra a LDU nesta quarta-feira, será investigada pela Polícia Civil. O comandante do 1º Batalhão de Operações Especiais, Kleber Rodrigues Goulart, disse à Rádio Gaúcha que a ocorrência será registrada na Polícia Civil, que investigará o episódio. Nesta quinta-feira, o Intituto Geral de Perícias (IGP) irá ao local.
De acordo com o comandante, o fato de a Arena ter apenas laudos provisórios pode contribuir para uma nova proibição da comemoração conhecida como avalanche. Antes da inauguração, em dezembro, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros haviam pedido o veto a essa manifestação. O Grêmio recorreu e conseguiu a liberação, colocando gradis na metade superior do espaço.
- Pode haver a interdição deste local. A Brigada Militar sempre se posicionou para que esse espaço fosse ocupado por cadeiras. Não podemos esperar que tragédias corroborem com nossas opiniões.
O presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, externou preocupação com o acidente ocorrido instantes depois do gol de Elano contra a LDU, na noite desta quarta-feira, quando uma grade de proteção da Arena cedeu e torcedores acabaram caindo no fosso. O dirigente promete para esta quinta-feira uma reunião com os engenheiros responsáveis pela obra. Eles analisarão o local do episódio.
- É uma questão de engenharia. Nos preocupa, precisamos corrigir o que temos de problemas. Precisamos de um local 100% seguro. Faremos um estudo técnico - avisou.
Antonini ressalta que o problema não estava no número de pessoas no local. O dirigente informa que vendeu mil ingressos a menos do que a capacidade total do espaço da Geral, que é de 10 mil pessoas. No entanto, vê como uma das saídas a instalação de gradis em todo o setor.
- Existem os gradis na parte superior do espaço. Daqui a pouco, podemos colocar os gradis em todo o espaço - argumenta.
Aos 16 minutos do segundo tempo, torcedores localizados atrás da baliza defendida por Marcelo Grohe correram arquibancada abaixo, comemorando o gol de Elano. Pelo menos oito ficaram feridos na queda e receberam atendimento médico. Em razão do incidente, a partida ficou seis minutos paralisada.
Dos oito feridos, cinco foram levados ao Hospital Cristo Redentor e mais dois ao Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre. Todos tinham ferimentos leves. O outro ferido, que apenas mancava, acabou voltando às arquibancadas para assistir à partida.
Avalanche chegou a ser proibida
A comemoração da avalanche foi centro de polêmica antes mesmo da inauguração da Arena. Só foi permitida após acordo do Grêmio com a Polícia Militar do Rio Grande do Sul. A ação havia sido proibida inicialmente pela autoridade policial por questões de segurança. O duelo contra a LDU é a segunda partida do Grêmio no estádio. A avalanche foi liberada na abertura contra o Hamburgo, no dia 8 de dezembro.
O projeto inicial da Arena destinou um espaço justamente para a realização da avalanche, onde fica a torcida Geral. O espaço tem capacidade para dez mil torcedores em pé, mas também há a possibilidade da instalação de cadeiras no local, reduzindo a capacidade para cinco mil.