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Com o dólar em alta e a crise financeira se arrastando por todo o país, a Rede Globo acenou aos clubes com um possível 'socorro' para que coloquem suas contas em dia. Na tentativa de prorrogar o contrato de TV do Brasileiro que se encerra em 2018 até 2020, o executivo de esportes da emissora, Marcelo Campos Pinto, ofereceu a eles possibilidade de antecipação de R$ 20 milhões em cotas.
O total varia de acordo com os direitos de transmissão de cada um, mas esse é o valor inicial disponibilizado e pode ser maior dependendo do time.
A Globo se esforça para seduzir ainda com as condições para a antecipação: o dinheiro seria 'descontado' ao longo dos cinco anos de contrato, sem cobrança de juros ou mesmo correção.
Até aqui, ela não tem tido sucesso em sua estratégia.
Ao longo dos últimos meses, Campos Pinto se reuniu com os dirigentes, em separado, carregando em suas visitas a proposta financeira para renovação e também estudos mostrando que não existe uma suposta 'espanholização' no futebol brasileiro.
Em sua maioria, os cartolas não receberam com entusiasmo a oferta realizada pelo executivo.
O presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, confirmou em contato anterior com a reportagem que a consulta feita às equipes não envolve, mesmo, luvas e sim a possibilidade de antecipação da verba de TV. "Na verdade, não são luvas. É um dinheiro que teríamos direito a antecipar. Teve a oferta, mas não negociamos. Não temos prazo ou mesmo pressão para isso", afirmou ao ESPN.com.br.
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Ao todo, 18 times contam com acordo com a emissora por mais três temporadas: Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Grêmio, Inter, Atlético-MG, Cruzeiro Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Bahia, Vitória e Sport.
O principal receio da emissora é a promessa da Sul-Minas-Rio de se tornar, de fato, embrião de uma liga nacional. Os cartolas, ainda assim, asseguram que, em nenhum momento, o assunto foi mencionado por Marcelo Campos nos encontros.
No fim do mês passado, em visita ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, os dirigentes chegaram a fazer um pedido especial antes de entrar em sua sala: não queriam que o executivo da Globo, que também se encontrava no prédio, participasse da discussão sobre o novo campeonato.
O novo contrato do Brasileirão entra em vigor a partir de 2016 e tem duração até 2018.
FONTE: ESPN