De volta ao grupo, artilheiro explica como se adaptou às mudanças do futebol, diz que pode melhorar, e sua convocação prova ausência de preconceito religioso na Seleção
“Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo, tempo, tempo, tempo”
A letra da música poderia contar a história de Ricardo Oliveira, atacante cujo destino parece ter sido composto pelo tempo. Há oito anos, ele se converteu pastor evangélico. Também há oito anos, vestiu pela última vez a camisa da Seleção, ao substituir Vagner Love na vitória por 1 a 0 sobre Gana. Aos 34 anos, teve negado pelo Santos contrato de um ano. O motivo? Oito meses de inatividade. Logo depois, seu vínculo foi prorrogado por dois anos e meio. O motivo? Gols.
Ricardo Oliveira pode voltar a atuar pela seleção brasileira após oito anos de ausência (Foto: Leo Correia / Mowa Press)
Aos 35, Ricardo Oliveira está de volta à Seleção depois de oito anos, uma lacuna absolutamente incomum. O desempenho no Santos e a experiência adquirida levaram o atacante a ser, mais uma vez, convocado por Dunga, assim como havia sido em março de 2007 para o amistoso contra Gana. Mais uma brincadeira do tempo, do destino, do passar de meses e anos.
Artilheiro do Campeonato Brasileiro com 17 gols, o jogador não deverá ser titular de Dunga contra o Chile, nesta quinta-feira, na estreia da Seleção nas Eliminatórias. Mas, com a sabedoria de quem já enfrentou obstáculos espinhosos, desde a infância difícil até a perda da Copa do Mundo de 2006, por lesão, Ricardo Oliveira esbanja segurança ao garantir que se adaptou às mudanças que o futebol moderno exige para um centroavante, e que tem totais condições de ajudar o Brasil a começar bem a disputa por uma vaga no Mundial de 2018, na Rússia.
fonte: globo